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Banco propõe fazer regularização dos cargos que passam a ter os mesmos direitos previstos para toda a categoria.
 
Somente em São Paulo estão 1.218 desses trabalhadores  que vão virar bancários.
O Bradesco anunciou em negociação com a Comissão de Empresa nesta quarta-feira 11 que fará o enquadramento como bancários de 2.012 comerciários que atuam no setor de financiamento de automóveis em 22 estados do país. Desses, 1.218 estão em São Paulo.
A proposta do banco foi apresentada após ação judicial movida pelo sindicato no Rio de Janeiro. Em São Paulo, já havia denúncias ao Ministério Público sobre o desvio de função desses profissionais. Diante disso, esses trabalhadores passariam a receber todos os direitos da categoria previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que tem validade nacional. Atualmente, 800 desses funcionários têm função administrativa e recebem somente a PLR da CCT.
Jornada
A jornada de 44 horas, cumprida atualmente de segunda a sábado, será reduzida e enquadrada na jornada dos bancários. De acordo com compromisso do banco, se trabalhar aos sábados e ou domingos, os trabalhadores receberão um valor chamado plantão e uma folga correspondente de no mínimo dois finais de semanas cheios, sábado e domingo, como é previsto pelo acordo do Telebanco. Remuneração – Como a base de remuneração desses profissionais é variável, o banco propõe incorporar a comissão média dos últimos 12 meses para que não tenham prejuízo.
Os trabalhadores passariam a fazer parte, também, do encarreiramento do banco. Outra conquista garantida seria a vale-cultura para todos. O auxílio-doença, atualmente de seis meses, passa a ser de 24 meses. Demissões – Os representantes dos trabalhadores na COE questionaram a respeito das dispensas que aconteceram nos últimos meses, mas os negociadores do Bradesco afirmaram não estar em curso nenhum processo de dispensas. 

Em mais um avanço nas negociações que a Contraf-CUT, federações e sindicatos vem desenvolvendo com o Bradesco, foi superado na rodada de negociação realizada nesta quarta-feira 31, em São Paulo, o problema do público-alvo que participará do programa de reabilitação profissional. Ficou acertada, além disso, a realização de mais uma rodada de negociação sobre reabilitação profissional no mês de agosto, em dia ainda a ser definido entre as partes. Nessa próxima reunião, o Bradesco assumiu o compromisso de apresentar os fluxos de trabalho, bem como mecanismos de avaliação e de repasse de informação para os sindicatos. O movimento sindical, por sua vez, também apresentará na reunião de agosto seus mecanismos de avaliação e acompanhamento do programa de reabilitação. Conseguimos superar essa questão do público-alvo, que vinha travando o bom andamento das negociações, e a partir de agora teremos de nos aproximar de um programa de reabilitação mais bem definido e concreto. O programa de reabilitação profissional faz parte da Campanha de Valorização dos Funcionários e está na pauta de reivindicações dos bancários. O público-alvo do programa Na rodada de negociação desta quarta-feira 31, ficou acertado com o Bradesco que o público-alvo do programa de reabilitação são: > Os funcionários que tenham cessação do benefício pelo INSS, após o afastamento por uxílio-doença (B31), ou por auxílio-doença acidentário (B-91), por qualquer período, e que, no exame de retorno ao trabalho, tenham sido considerados inaptos para o exercício da função imediatamente anterior ao afastamento. > Que tenham sido encaminhados para retorno ao trabalho, pelo INSS, em decorrência de suspensão da aposentadoria por invalidez, e que no exame de retorno ao trabalho forem considerados inaptos para o exercício da função exercida imediatamente anterior ao afastamento. > Tenham sido licenciados pelo INSS, independentemente do tempo de afastamento, por auxílio-doença (B-31) ou auxílio-doença acidentário (B-91), e encaminhados pelo INSS para reabilitação profissional. > Tenham realizado exame de retorno ao trabalho e considerados aptos, mas por não terem parecer favorável do médico assistente desejam agendar novo benefício previdenciário por se considerarem inaptos para o trabalho. Fonte: Contraf-CUT

Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) publicaram nos últimos dias os balanços do primeiro semestre de 2013, somando lucros astronômicos de R$ 15,905 bilhões, apesar do pequeno crescimento da economia brasileira.

No entanto, eles continuaram demitindo milhares de bancários, praticando rotatividade para reduzir custos e eliminando juntos 5.988 postos de trabalho, o que é inaceitável. A novidade é que o Santander é o novo campeão, pois cortou 2.290 empregos, ultrapassando o Itaú que eliminou 2.264 no semestre. O Bradesco extinguiu 1.434 vagas. Já nos últimos 12 meses os três bancos fecharam 10.254 empregos. Santander, corte de 2.290 empregos O Santander apurou um lucro gerencial de R$ 2,929 bilhões no 1º semestre de 2013. Enquanto isso, o banco espanhol fechou 2.290 empregos. Apenas no segundo trimestre, o banco ceifou 1.782 vagas. Com isso, o quadro que em junho de 2012 era de 54.918 funcionários caiu em junho de 2013 para 51.702, uma redução de 3.216 empregos nos últimos 12 meses. Itaú, corte de 2.264 empregos O lucro líquido do Itaú atingiu R$ 7,055 bilhões, o segundo maior lucro semestral da história dos bancos brasileiros, só ficando atrás de outro recorde do próprio banco no ano de 2011 (R$ 7,133 bilhões). Apesar disso, o Itaú continuou reduzindo postos de trabalho. Apenas no primeiro semestre de 2013, foram cortados 2.264 empregos, dos quais 1.556 no segundo trimestre. Já nos últimos 12 meses o enxugamento foi de 4.458 funcionários. Assim, em junho de 2013, o quadro caiu para 88.059 empregados. Bradesco, corte de 1.434 empregos O Bradesco obteve lucro líquido de R$ 5,921 bilhões, o maior da história do banco. Mesmo assim, o banco fechou 1.434 empregos no 1º semestre de 2013. Já nos últimos 12 meses o banco cortou 2.580 postos de trabalho. Com isso, o quadro que em junho de 2012 era de 104.531 funcionários caiu para 101.951. Milhões para executivos Mas enquanto os três bancos reduzem empregos, os altos executivos ganham salários e bônus milionários. Segundo levantamento do Dieese com base em dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada diretor do Itaú recebeu em média R$ 9,05 milhões em 2012, o que representa 234,27 vezes o que ganha o caixa do banco. No Santander, cada diretor embolsou em média R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E o Bradesco pagou em média R$ 5 milhões para cada diretor, uma diferença de 129,57 vezes a remuneração do caixa. Campanha Nacional dos Bancários O emprego é novamente uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários 2013. A pauta de reivindicações foi entregue na terça-feira (30) para a Fenaban e a primeira rodada de negociações com o Comando Nacional foi marcada para o próximo dia 8 de agosto. Mobilização contra PL 4330 Na próxima terça-feira, dia 6 de agosto, os bancários participam das manifestações que as centrais sindicais estão organizando em todos os estados contra o PL 4330, pressionando as confederações e as federações patronais. E nos dias 13 e 14 de agosto, a Contraf-CUT está organizando nova mobilização em Brasília para convencer deputados e senadores contra a precarização do trabalho e em defesa dos direitos dos trabalhadores. Fonte: Contraf-CUT

O lucro líquido ajustado do Bradesco de R$ 5,921 bilhões no primeiro semestre de 2013, que significa um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado, é o maior da história do banco. Mesmo assim, a segunda maior instituição financeira do país fechou 2.580 postos de trabalho nos últimos 12 meses, dos quais 1.434 somente no primeiro semestre deste ano. "Não é admissível que um banco que apresenta o maior lucro da sua história ao mesmo tempo demita trabalhadores. Junto com o aumento real de salário e com o combate ao assédio moral e às metas abusivas, a conferência nacional que acabamos de realizar definiu a defesa do emprego como uma das prioridades da campanha dos bancários deste ano", diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Clique aqui para ver os principais dados do balanço, conforme análise do Dieese. No trimestre, o lucro líquido do Bradesco foi de R$ 2,9 bilhões, um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. O lucro extraordinário do Bradesco deve-se, principalmente, ao maior resultado operacional de seguros (aumento de 19,3%) e das receitas de prestação de serviços (15,0%). A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio foi de 18,8% (1,8 pontos percentuais) abaixo da rentabilidade de junho de 2012 e 0,7 ponto percentual menor que a rentabilidade no primeiro trimestre de 2013). A carteira de crédito expandida cresceu 10,3% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 402,5 bilhões (2,8% no trimestre). As operações com pessoas físicas cresceram 10,1% no mesmo período, chegando a R$ 123,6 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 279 bilhões, com elevação de 10,4% comparado a junho de 2012. Inadimplência cai, mas PDD aumenta O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,7%, com queda de 0,5 ponto percentual em relação ao 1º semestre de 2012 e 0,3 no trimestre. Por sua vez, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) atingiram um montante de R$ 7,083 bilhões, com crescimento de 1,9% em relação a junho de 2012. Na comparação entre o trimestre anterior, cresceu 0,5%. "Essa é outra contradição incompreensível. Como pode o banco aumentar a provisão para devedores, que aliás é maior que o lucro líquido, se a inadimplência está caindo? É uma maquiagem contábil que vai impactar negativamente na distribuição dos lucros", critica Carlos Cordeiro. Corte de 2.580 empregos em um ano O número total de empregados da holding em junho de 2013 foi de 101.951, com fechamento de 2.580 postos de trabalho em relação a junho de 2012 (queda de 2,5% no quadro de funcionários). Apenas no primeiro semestre de 2013, a redução foi de 1.434 postos de trabalho. Isso colaborou para que as despesas de pessoal crescessem apenas 5,5% em 12 meses, abaixo do índice de reajuste dos bancários na última campanha nacional, e para que a cobertura dessas despesas pelas receitas de prestação de serviços mais renda de tarifas passasse de 137,9% para 150,3%. Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco aceitou a proposta da Contraf-CUT, federações e sindicatos de não incluir funcionário afastado pelo INSS no programa de reabilitação profissional. Além disso, prometeu que irá estudar a sugestão de compartilhar o processo de reabilitação com entidades de defesa dos trabalhadores. O anúncio ocorreu nesta sexta-feira 5, em reunião entre representantes das entidades sindicais e o banco. O programa de reabilitação profissional faz parte da Campanha de Valorização dos Funcionários e está na pauta de reivindicações dos bancários. Na reunião, os dirigentes sindicais apresentaram propostas a partir das premissas que o banco havia previamente definido. Uma das principais exigências do movimento sindical foi atendida - os funcionários afastados pelo INSS e que, de acordo com o que determina a CLT estão com o contrato de trabalho suspenso, não serão o foco do programa, que deverá se ater só ao bancário que estiver retornando às suas funções. Gestão compartilhada  O Bradesco havia definido como premissa uma equipe multiprofissional para dar suporte médico ao profissional reabilitado, a fim de avaliar e adequar as condições do posto de trabalho e supervisionar e aprovar os locais para os quais os reabilitados serão deslocados. As entidades sindicais reivindicaram o acompanhamento da formação dessa equipe, bem como a gestão compartilhada de todo o programa, propostas que serão avaliadas pelo banco. Retorno progressivo  Outro ponto discutido foi a maneira como o bancário afastado será reinserido no ambiente de trabalho. Na reunião, o movimento sindical sugeriu um retorno progressivo, pois, muitas vezes o funcionário que está voltando ainda não se encontra em plenas condições de exercer a totalidade das funções que lhe competiam antes de se afastar. Às vezes, o bancário ainda está em recuperação e não consegue manter o mesmo ritmo de trabalho que tinha antes adoecer e se afastar, ou precisa fazer fisioterapia no horário de trabalho, por exemplo. Por isso, a categoria querr que o banco aplique o retorno progressivo do trabalhador até sua recuperação total. O Bradesco prometeu avaliar a questão. Isolamento Na reunião também foi manifestada a preocupação dos bancários com práticas que podem prejudicar psicologicamente a reabilitação do profissional. Chegam denúncias de que, ao retornar do afastamento, acabam sendo isolados pelos superiores e colegas, ou, ainda, têm suas funções, ou mesmo seus espaços físicos de trabalho, como mesa e computador, retirados. Foi manifestada a preocupação quanto a essas questões. Avaliação positiva  O Bradesco aceitou a proposta dos representantes dos trabalhadores de excluir o funcionário afastado pelo INSS do programa de reabilitação e concordou em aprofundar o debate sobre a participação do movimento sindical no programa de reabilitação profissional. Esses eram exatamente os dois principais pontos de discórdia. Novas reuniões foram agendadas para continuar discutindo a reabilitação profissional, nos dias 24 de julho e 7 de agosto. Campanha de valorização A Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Bradesco segue nas ruas de todo o Brasil desde o dia 7 de maio, com debates nos locais de trabalho e atividades de mobilização para pressionar o processo de negociação com o banco. No dia 4 de junho foi lançado o curta-metragem da campanha, que tem como mote "Bancário não é de lata, é gente como você, gente de verdade!" - alusão ao Homem de Lata, personagem do Mágico de Oz que queria ter um coração e ser visto como ser humano. Clique aqui para ver o curta-metragem. A produção foi idealizada para propagar as reivindicações dos trabalhadores nas redes sociais. O vídeo, em formato de cinema mudo, conta ainda com a participação de personagem inspirado em Carlitos, de Charlie Chaplin. Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

A Contraf-CUT, sindicatos e federações se reúnem nesta sexta-feira (5) com a direção do Bradesco para discutir o programa de reabilitação profissional dos trabalhadores do banco. Durante o último encontro, a instituição financeira entregou documento com propostas direcionadas ao processo de trabalhadores afastados por licença médica. Porém, os dirigentes sindicais observaram as propostas e pontuaram divergências que serão apresentadas na reunião desta sexta. A categoria espera que o banco reveja essas divergências para que possamos avançar nas negociações. Há pontos das premissas do banco que precisam ser aprofundados. A preocupação do movimento sindical é que, quando o bancário volte ao serviço, tenha plenas condições de desenvolver o seu trabalho, independentemente da função, contanto que ela seja digna e que leve em consideração a capacidade profissional e a reinserção no ambiente de trabalho, e esperamos avançar para isso. Para que essa reabilitação ocorra de forma apropriada e respeitosa, avalia-se que o funcionário deva contar com uma equipe multiprofissional especializada no seu problema de saúde e capacitada para analisar qual a melhor forma de reinserção nos quadros do banco. O movimento sindical considera que cada caso de reinserção é único e quer monitorar as reabilitações. O tema está na pauta específica de reivindicações dos bancários, entregue ao banco no dia 17 de abril e faz parte da Campanha de Valorização dos Funcionários, em andamento desde o início de maio. Fonte: Contraf-CUT