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Atividade coleta assinaturas em agências e no centro de Santo André e São Bernardo do Campo

O Sindicato promoveu na manhã desta sexta-feira, 07, atividade em defesa do emprego no HSBC e Bradesco. Os diretores colheram assinatura nas agências e corredores comerciais do Centro de Santo André e São Bernardo do Campo em um abaixo-assinado que reivindica a manutenção do emprego. Além disso distribuíram material sobre a atual situação do banco.

“Colhemos assinaturas dos bancários, clientes e usuários do Bradesco e HSBC em defesa da manutenção do emprego e dos direitos dos cerca de 115 mil trabalhadores dos dois bancos. Não aceitamos, em hipótese alguma, que milhares de pais e mães de família sejam prejudicados, pois o trabalho faz parte da dignidade do ser humano”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e funcionário do HSBC.

Belmiro lembra que várias ações vêm sendo promovidas para garantia do emprego no banco inglês e agora, também, no Bradesco. “Além das manifestações e abaixo assinado já foram realizados encontros com representantes dos bancos”, finaliza.

[caption id="attachment_8606" align="alignnone" width="300"]hsbc2 Santo André[/caption] [caption id="attachment_8605" align="alignnone" width="300"]hsbc1 São Bernardo do Campo[/caption]

[caption id="attachment_8564" align="alignright" width="300"]IMG-20150805-WA0024 Gheorge Vitti, coordenador do COE Bradesco e diretor do Sindicato participa da reunião[/caption]

Os representantes das comissões de organizações dos funcionários (COE) do HSBC e do Bradesco se reuniram nesta quarta-feira (5), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para discutir os impactos do anúncio da aquisição do HSBC pelo Bradesco e a organização dos bancários a partir de agora.

No início do encontro, Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, falou sobre a reunião de terça-feira (4), na qual as direções dos bancos garantiram que não haverá demissões em massa. "O banco afirmou que o Bradesco, entre os que se apresentaram como interessados na compra do HSBC, é o que apresenta maior complementariedade em relação a produtos, serviços e rede de agências, gerando menos atritos e mais oportunidades", completou o presidente da Contraf-CUT. "Isso ajuda a negociação pela manutenção dos empregos nos dois bancos". Os representantes do Bradesco disseram ainda que em todos os negócios deste tipo comandado pelo banco houve total transparência nos diálogos com o movimento sindical.

Roberto von der Osten avaliou o encontro entre os sindicalistas como positivo. "As duas comissões nunca tinham se encontrado, as pessoas não se conheciam. Então, foi uma reunião de acolhimento. As pessoas se trataram como companheiros, como gente que vai trabalhar no mesmo banco, futuramente, e, principalmente, que vai lutar junto. Vão lutar por emprego, vão lutar por direitos, por isonomia nos dois bancos. Por isso, essa primeira reunião foi fundamental. Foi de muita qualidade técnica. Mostrou que as duas comissões de empresas conhecem profundamente seus bancos, as suas contradições e dificuldades. O que tinha que avançar em cada um, agora terá que juntar em direção à negociação com o banco numa mesma pauta unificada, que privilegiará a questão do emprego e da isonomia."

Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, enalteceu a participação de dirigentes sindicais de todo o País, que conhecem muito bem os dois bancos. "Tiramos um plano de luta para enfrentar essa conjuntura difícil nos próximos anos. Se o banco fica mais seis meses com o HSBC, nós temos de garantir que não faça demissões. Por isso, vamos acompanhar. Depois vamos acompanhar o Bradesco. É muito importante o movimento sindical se organizar, com campanhas e material conjuntos. E mapear o que tem diferente nos dois bancos para reivindicar isonomia."

Gheorge Vitti, coordenador do COE do Bradesco e diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, concorda. "O sentimento é de unidade. A gente sabe que ainda temos um longo caminho a percorrer. E, somente juntos, vamos conseguir atravessar essa fase. O emprego é prioridade. A isonomia é outra bandeira importante e o nivelamento das discussões tem de ser por cima. Estou muito confiante que vamos fazer um grande trabalho, vamos conseguir unificar a luta. A partir de agora, a gente já começa a perceber que não são só os empregos do HSBC que estão em risco, é de todos", lembrou.

Para Cristiane Zacarias, coordenadora do COE HSBC, é um momento de muita calma. "Essa reunião em conjunto com o Bradesco, é um momento para conversar, colocar todas as diferenças dos bancos sobre a mesa e entender o que faremos a partir de agora. Essa união é de muita valia, pois vai trazer tranquilidade para o bancário entender que o movimento sindical seguirá unido fazendo a luta pelo emprego", afirmou. 

Fonte: Contraf-CUT

A Bradesco anunciou lucro líquido de R$ 8,778 bilhões, no primeiro semestre de 2015, um crescimento de 20,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O número vai de encontro com o balanço das demissões no mesmo período. O número de empregados na holding em 30 de junho de 2015 foi de 93.902, o que representa um corte de 5.125 postos de trabalho, queda de 5,2% no quadro de funcionários, em doze meses. Uma parte da explicação, segundo o relatório do Banco, está no fato de que em novembro de 2014, ocorreu a transferência de 2.431 funcionários da Scopus Tecnologia para a IBM Brasil, que foi vendida.
Foram fechadas 52 agências e 34 PA's em doze meses, contudo, foram abertas 1.856 unidades do correspondente bancário Bradesco Expresso.

Em relação apenas ao segundo trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 4,473 bilhões, com alta de 5,4% em relação ao trimestre anterior. O retorno anual sobre o Patrimônio Líquido médio foi de 21,9% e registrou crescimento de 1,2 pontos percentuais em doze meses.

As operações de crédito cresceram 6,5% em doze meses, mantendo-se estável no trimestre num montante de R$ 463,4 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 6,2% em relação a março de 2014, chegando a R$ 143,5 bilhões, enquanto as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 320,0 bilhões, com elevação de 6,2% em doze meses, mas apresentando queda de 0,4% no trimestre.

O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,7% com alta de apenas 0,2 pontos percentuais no período. Mesmo assim, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 15,7% que atingiram, aproximadamente, R$ 8,0 bilhões.

O crescimento do resultado com títulos e valores mobiliários (TVM) foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e dos índices de preços, com alta de 44,8% em doze meses, perfazendo um total de R$ 20,1 bilhões.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 13,4% em doze meses, totalizando R$ 11,8 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram apenas 5,0%, chegando a R$ 7,1 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 167,2% no 1º semestre de 2015 (12,3 pontos percentuais a mais que em junho de 2014). 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Representantes da Contraf-CUT, dos sindicatos dos bancários de São Paulo e de Curitiba e da Fetec-PR se reuniram nesta terça-feira (4) com a direção dos bancos Bradesco e HSBC para garantir a manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores, após aquisição do banco inglês.

O encontro serviu para os dirigentes sindicais conhecerem detalhes da negociação, como o fato de o comando das operações só serem transferidos em janeiro de 2016. "A reunião nos tranquiliza porque eles garantiram que não haverá demissão em massa, mas vamos ficar atentos e acompanhando os desligamentos dos dois bancos", afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. 

"O banco também afirmou que o Bradesco, entre os interessados pela compra do HSBC, é o que apresenta maior complementariedade em relação a produtos, serviços e rede de agências, gerando menos atritos e mais oportunidades", completou o presidente da Contraf-CUT. "Isso ajuda a negociação pela manutenção dos empregos nos dois bancos". 

Os representantes do Bradesco disseram que em todos os negócios deste tipo comandado pelo banco houve total transparência nos diálogos com o movimento Sindical. Os dois bancos dizem que não haverá demissão em massa e reiteram a disposição de diálogo com o movimento sindical. Até que saia a aprovação da venda, que pode durar até seis meses pelos órgãos responsáveis, a gestão será do HSBC e o compromisso dos dois bancos é de manter a transparência com os sindicatos e os trabalhadores.

Fusões aumentam concentração do sistema bancário

O número total de empregados do HSBC no País, em dezembro de 2014, era de 20.165 trabalhadores e o número de agências bancárias no Brasil era de 853 unidades. O setor bancário brasileiro já vive um oligopólio. Em 2014, os seis maiores bancos (BB, Itaú-Unibanco, Bradesco, CEF, Santander e HSBC) passaram a concentrar 82,5% do Ativo Total do Sistema Bancário Brasileiro. Em 1999 esse mesmo índice era de 59%. Com relação às operações de crédito observa-se a mesma tendência: enquanto em 1999 os seis maiores bancos possuíam pouco mais de 60% do total de operações de crédito do setor, em 2014 essa participação chegou a 84%.

Os cinco maiores bancos, antes da aquisição, concentravam 80% dos ativos, 84% do crédito, 87% dos depósitos à vista, 95% dos depósitos de poupança e 87% das agências. Depois da aquisição do HSBC, concentram 83% dos ativos, 86% do crédito, 92% dos depósitos à vista, 96% da poupança e 91% das agências. 

Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_8564" align="alignright" width="300"]IMG-20150805-WA0024 Gheorge Vitti, coordenador do COE Bradesco e diretor do Sindicato participa da reunião[/caption]

Representantes das comissões de organizações dos funcionários (COE) do HSBC e do Bradesco e representantes das federações se reuniram nesta quarta-feira (5), às 10h, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para discutir os impactos do anúncio da aquisição do HSBC pelo Bradesco e a organização e as lutas dos bancários dos dois bancos a partir disso.

Ontem a Contraf-CUT, o Bradesco e o HSBC se reuniram para discutir como ficará a questão dos empregos a partir desta venda. A reunião foi solicitada pela Contraf-CUT que quer garantias de que a mudança não signifique corte de postos de trabalho e demissões em nenhum dos dois bancos. O resultado desta reunião também será analisado pelos bancários.

Luta pela manutenção do emprego deve ser intensificada

Foi confirmada nesta segunda-feira, 03, a venda da unidade brasileira para o Bradesco por US 5,2 bilhões. De acordo com o comunicado, HSBC e Bradesco chegaram a um acordo na sexta-feira, 31 e, neste final de semana foram acertados os detalhes. O valor ficou acima do esperado pelo mercado que projetava uma proposta de até US$ 4 bilhões. O valor da compra ainda está sujeito a ajustes e o negócio deve passar por aprovação regulatória que deve ocorrer até o segundo trimestre de 2016.

Essa venda preocupa os trabalhadores do HSBC que temem demissões. São mais de 20 mil funcionários em todo o Brasil. “Durante todo esse processo, desde o anúncio da intenção de venda do banco, os trabalhadores se mobilizaram para a manutenção do emprego e, agora, mais que nunca, devemos intensificar essa luta cobrando do Bradesco  a garantia de emprego para os funcionários do HSBC e, também, do próprio Bradesco”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e funcionário do HSBC. “A maior preocupação do banco tem que ser com os funcionários pois são eles que geram os lucros e esse processo de venda não pode prejudicar os trabalhadores”, conclui Belmiro.

O maior interesse do Bradesco está na clientela de alta renda do HSBC, sexta maior instituição financeira do país em ativos. O banco tem cerda de 10 milhões de clientes, uma rede de 853 agências e receitas da ordem de R$ 10,6 bilhões.

Junto com o anúncio da venda ao Bradesco, o HSBC divulgou seu balanço global que apresentou lucro líquido de R$ 4,36 bilhões, queda de 3,96% comparado ao mesmo período do ano passado.

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