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O Banco Bradesco obteve lucro líquido ajustado de R$ 8,274 bilhões, no 1º semestre de 2016. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), este resultado significou uma redução de 5,7% em relação ao 1º semestre de 2015. No 2º trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 4,161 bilhões, com crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. O retorno anual sobre o Patrimônio Líquido médio foi de 17,4% e registrou redução de 3,4 p.p. em doze meses.

Segundo o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco e diretor do Sindicato, Gheorge Vitti, o lucro continua exorbitante e os postos de trabalho diminuindo, o que significa um contrassenso. “Vamos continuar cobrando do banco sua responsabilidade social, pois o setor financeiro continua com os lucros nas alturas e com uma postura intransigente, pois ao invés de contratar mais, desemprega”, destacou.

Ainda de acordo com a análise do Dieese, as Operações de Crédito diminuíram 3,43% tanto em doze meses quanto em relação ao trimestre anterior, alcançando um montante de R$ 447,6 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 0,8% frente ao trimestre anterior e 3,8% em doze meses, chegando a R$ 148,9 bilhões, enquanto as operações com pessoas jurídicas alcançaram a cifra de R$ 298,5 bilhões, o que representa uma redução de 5,3% em relação ao trimestre anterior e 6,7% em doze meses.

Inadimplência

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 4,6% com alta de 0,9 p.p. no período. Mesmo assim, o banco elevou de maneira expressiva suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 33,3% que alcançaram o patamar de R$ 10,6 bilhões.

Outros resultados

O resultado com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) teve alta de 4,2% em doze meses, perfazendo um total de R$ 20,4 bilhões. Esse movimento pode ser explicado, em parte, pela estabilização da taxa Selic em 14,25% a.a., desde 29 de julho de 2015, após uma série de altas desde 2014.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 10,4% em doze meses, totalizando aproximadamente R$ 13 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 8,1%, chegando a R$ 7,6 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 170,7% no 1º semestre de 2015 (3,5 p.p. a mais que em junho de 2015).

Cortes em postos de trabalho

Mesmo com o lucro nas alturas, o número de empregados na holding em 30 de junho de 2016 foi de 89.424, com corte de 4.478 postos de trabalho. O que significa uma queda de 4,8% em doze meses. Foram fechadas 145 agências e 9.590 correspondentes denominados Bradesco Expresso, contudo, abertos 22 Postos de Atendimento (PA’s).

Clique aqui para ver a íntegra da análise do balanço do Bradesco feita pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT e Dieese

Em mesas específicas de negociações, GT’s discutem retorno ao trabalho e cláusula de melhoria nas condições de trabalho

_JAI5126Em rodada de negociação específica, realizada nesta terça-feira (26), entre os representantes dos trabalhadores e do Bradesco, foram debatidos os temas relacionados à saúde e condições de trabalho.

No período da manhã, foi abordado o tema sobre retorno ao trabalho. Este assunto faz parte de um acúmulo de discussões feitas anteriormente, do qual será construído um documento para um possível acordo com o banco. A preocupação com este tema está relacionada com o fato de quando o trabalhador se encontra adoecido e quando o mesmo precisa voltar ao local de trabalho. “Quando este fato acontece, o trabalhador não se sente acolhido pelo banco e muitas vezes os gestores não sabem atuar em tal situação”, explicou o coordenador da COE do Bradesco e diretor do Sindicato, Gheorge Vitti. Neste processo de discussão, vários pontos foram abordados, como a garantia de participação e acompanhamento do programa pelo movimento sindical, bem como o conhecimento de onde estão os trabalhadores e quem são. “Entre outros pontos, foi destacado também a questão de como ficará a jornada deste trabalhador quanto ao seu retorno, ou seja, será feita de forma gradativa, assim como as metas?”, indagou a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e membro do GT de Saúde, Sandra Regina. Outra questão destacada sobre o assunto foi a de que o programa seja de caráter voluntário e de que somente os trabalhadores que estão de alta do INSS, e que não estejam em processo de reabilitação, possam fazer parte do mesmo. Para ser melhor avaliado a viabilidade do programa foi proposto que sejam realizadas reuniões semestrais. Diante dos apontamentos, o banco ficou de verificar com as áreas atinentes ao tema e o GT dará continuidade no assunto em data oportuna. “Foi importante a retomada do GT que discutiu sobre o retorno ao trabalho, pois o funcionário, quando adoece, precisa se sentir fortalecido no ambiente de trabalho, até mesmo porque, às vezes a origem de seu adoecimento se deu lá”, frisou Ademir Vidolin, membro do GT e da COE do Bradesco. Cláusula 57 Na parte da tarde, foi a vez do GT que discutiu o desenvolvimento de programas para a melhoria contínua das relações de trabalho nos bancos. O banco fez uma apresentação aos membros do GT sobre as questões que acredita que contemplam as premissas desenvolvidas na cláusula 57, que são: comunicação, saúde e ambiente de trabalho. Também discorreu sobre a incorporação dos temas nas soluções existentes, bem como criou um módulo específico para lideranças. Dentro das soluções existentes apresentadas pelo banco, se encontram cursos presenciais e a distância, contendo temas como saúde mental; comunicação; liderança; organização do trabalho; feedback; cartilhas de ‘LER/DORT’; técnicas de liderança; autogestão para líderes; entre outros. Já no módulo específico, o banco apresentou temas como capital humano; a importância da saúde para alavancar os resultados e sustentabilidade do negócio; desenvolver e cuidar das pessoas; refletindo sobre o dia a dia; fortalecendo o vínculo e confiança; entre outros. “O trabalhador deve ser visto pela empresa, não apenas como ferramenta de seu lucro, mas sim como parte integrante no aprimoramento constante das melhorias no método de produção”, explicou Gustavo Moreno Frias, diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Campinas e membro do GT. De acordo com os dirigentes sindicais este GT é importante uma vez que aborda os principais problemas que afetam a saúde do trabalhador bancário, pois dialoga desde às condições no ambiente de trabalho até a forma de cobrança das metas. Assim como no GT de retorno ao trabalho, uma nova data será marcada em breve para o GT referente a cláusula 57.

Fonte: Contraf-CUT

COE Bradesco debate retorno ao trabalho e cláusula de melhoria nas condições de trabalho

A Contraf-CUT, Federações, Sindicatos e a Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco (COE) do Bradesco, voltam à mesa de negociação com o banco, nesta terça-feira (26), em Osasco, na região metropolitana de São Paulo.

A primeira parte da reunião será destinada ao debate sobre retorno ao trabalho.  Os bancários apontam que o programa do banco, além de conter inúmeros problemas em relação às legislações vigentes, prioriza a adaptação do trabalhador ao local de trabalho e não prevê a mudança do ambiente estrutural e das condições de trabalho para receber o bancário que ficou afastado.

“Falta acolhimento adequado para quem está voltando da licença saúde. O bancário fica perdido, com a falta de direcionamento da atividade e de adaptação das condições de trabalho. Há muitas falhas, que podem piorar o quadro de saúde ou acarretar outros problemas”, afirmou o coordenador da COE do Bradesco e diretor do Sindicato, Gheorge Vitti.

A mesa de negociação com o banco também irá discutir a cláusula 57ª da Convenção Coletiva de Trabalho, que dispõe sobre o desenvolvimento de programas para a melhoria contínua das relações de trabalho nos bancos, e representa uma importante conquista da categoria bancária na Campanha Nacional do ano passado.

A cláusula 57ª determina que a Fenaban institua, em cada banco, uma comissão paritária, constituída por representantes das COE’s (Comissão de Organização dos Empregados), da Contraf-CUT e do empregador, para acompanhamento e implementação de políticas que intervenham nos ambientes de trabalho, com objetivos de melhorar as relações e condições de trabalho. Os princípios já estão definidos pela cláusula 56ª da CCT – que trata da prevenção de conflitos no ambiente de trabalho e de combate ao assédio moral – assinados com os bancos desde janeiro de 2011.

“Outro ponto que vamos discutir é referente a questão das metas. Os bancos sempre apresentam que os abusos estão relacionados ao gestor, mas precisam debater a formulação das metas e o Bradesco, em especial, tem fugido deste debate”, lembrou Gheorge.

A dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de São Paulo, oriunda do HSBC, Liliane Fiuza, destacou que o Bradesco precisa detalhar e sanar muitas dúvidas em relação à cláusula 57ª da CCT. O período de transição, após a incorporação do HSBC, pelo Bradesco, começou em julho. O processo, deve ser finalizado no dia 7 de outubro, quando haverá a integração de todo o sistema.

“No HSBC já tínhamos conquistado um departamento específico de apuração dos casos de assédio moral. Era um departamento independente, ligado ao RH, e não às diretorias comerciais, para evitar interferência dos assediadores. Esperamos avançar neste debate dentro do Bradesco”, explicou Liliane.

“Com a aquisição do HSBC, o Bradesco passa a ser uma das maiores empresas no país, em número de funcionários. Por isso, a nossa constante preocupação com o tema sobre retorno ao trabalho, de modo com que a instituição cumpra sua responsabilidade social”, concluiu Ademir Vidolin, secretário de Saúde da Fetec/PR e membro da COE do Bradesco.

A COE do Bradesco está reunida nesta segunda-feira (25), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para aprofundar as pautas a serem debatidas.

Fonte: Contraf-CUT

Durante a reunião foram criados grupos temáticos com o objetivo de aprofundar os debates sobre as cláusulas da minuta com o banco

coes-do-bradesco-e-hsbc-debatem-pautas-especificas-nesta-qua_ea691ba600821f59db785815c3f7e355Na última quarta-feira, 6, as COE’s do Bradesco e do HSBC se reuniram, em São Paulo, com o objetivo de aprofundar e aproximar as pautas de reivindicações específicas dos bancos. Mais de 30 dirigentes do Bradesco e do HSBC com representação nacional estiveram presentes com a finalidade de continuar o processo de integração entre as duas COE’s.

De acordo com o coordenador da COE do Bradesco, Gheorge Vitti, além da discussão da minuta de reivindicações, na ocasião houve um relato das negociações anteriores “Relembramos a reunião do dia 23, onde cobramos garantia de emprego para todos os funcionários do HSBC e do Bradesco, devido ao processo de incorporação, além da isonomia de direitos. Também discutimos cláusulas da minuta de reivindicações econômicas e sociais do Bradesco, tais como remuneração total, licença paternidade, auxílio educação, adiantamento do parcelamento de férias, taxa para empréstimo dos trabalhadores, licença adoção, abono assiduidade, PCCS, entre outros”, destacou Vitti.

Segundo o diretor da Contraf-CUT e integrante da COE HSBC, Sergio Siqueira, a reunião foi bastante positiva, mas o alerta continua, para que nenhum trabalhador seja prejudicado. “Vamos ter muita luta pela frente. Não devemos esquecer o mote principal dos trabalhadores do Bradesco e do HSBC, que é o emprego”, ressaltou.

Confira aqui a minuta de reivindicações específicas dos empregados do banco Bradesco.

Na oportunidade, foram criados grupos temáticos com o objetivo de aprofundar os debates sobre as cláusulas específicas com o banco. Entre eles estão:

1-    Saúde/ Retorno ao Trabalho – O objetivo deste grupo é o de resgatar as discussões feitas sobre o tema, junto com o banco para que o mesmo dê uma solução referente ao retorno ao trabalho.

2-    Saúde/ Cláusula 57 – Este grupo irá tratar sobre o aprofundamento da formatação das metas.

3-    Ponto Eletrônico/ Trilha carreira – Este grupo tem a finalidade de aprofundar a vinculação do Ponto Eletrônico com a Plataforma/ Estação de Trabalho e conhecer o Projeto Trilha, que diz respeito às oportunidades de carreira dentro do banco.

Outros destaques abordados na reunião foram as discussões sobre o mote da campanha específica e mobilização. Os dirigentes sindicais também apontaram a necessidade da realização de um Seminário Nacional com o objetivo de unificar as pautas de reivindicações dos bancos, além de organizar o funcionamento da COE.

Agenda de reuniões

As próximas reuniões com os grupos temáticos serão:

15/07 – Ponto Eletrônico/ Trilha e carreira

19/07 – Saúde/ Retorno ao Trabalho

26/07 – Saúde/ Cláusula 57

Além das reuniões já agendadas, ainda será cobrado do Bradesco, o retorno referente às pautas específicas tais como parcelamento do adiantamento de férias, licença adoção, taxa de crédito referente à empréstimo e movimentação de valores entre o Vale Alimentação e o Vale Refeição.

Período de transição

O período de transição já teve início no dia 1º de julho, em que se desvincula o HSBC Brasil do resto do grupo HSBC ficando sobre administração do Bradesco. Este processo, deve ser finalizado no dia 7 de outubro, quando haverá a integração de todo o sistema.

Fonte: Contraf-CUT

mb_gheorgeO coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco e diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Gheorge Vitti, participou nesta segunda, 27 de junho, do programa Momento Bancário, transmitido ao vivo via TV web pelo site do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Gheorge abordou o tema “Incorporação do HBC pelo Bradesco”, com ênfase à situação dos trabalhadores dos dois bancos.

Durante o programa, os convidados desmistificaram a falsa ideia de que a incorporação ajudaria a repor as 1.446 vagas fechadas no Bradesco, uma vez que trabalhadores das duas instituições sofrem com a sobrecarga de trabalho. E ainda ressaltaram que a grande luta é pela manutenção dos empregos.

Clique AQUI para assistir o programa

Assista ao vivo e participe do Momento Bancário, que tem a presença do coordenador da COE e diretor do Sindicato, Gheorge Vitti O coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco e diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Gheorge Vitti, participa nesta segunda, 27 de junho, do programa Momento Bancário, transmitido ao vivo via TV web pelo site do Sindicato dos Bancários de São Paulo – www.spbancarios.com.br. Gheorge vai abordar o tema “Incorporação do HBC pelo Bradesco”, com ênfase à situação dos trabalhadores dos dois bancos. Além do representante da COE, participa a coordenadora do coletivo do HSBC do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Liliane Fiuza. O programa é mediado pela presidenta daquela entidade, Juvândia Moreira, e vai ao ar a partir das 20h. O público pode participar com perguntas enviadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou via Twitter e Facebook do Seeb SP,  usando #MBemDebate. Compra - A compra do HSBC Brasil pelo Bradesco foi anunciada em agosto do ano passado, mas só no começo deste mês autorizada pelo Conselho Nacional de Defesa Econômica (Cade).  A partir do próximo dia 1º os quase 20 mil bancários do HSBC passam a ser funcionários do Bradesco, que hoje tem 93 mil trabalhadores. A manutenção do emprego e dos direitos é ponto prioritário para o movimento sindical.

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