Pessoas com mais de 50 anos representam mais de 90% dos óbitos; desemprego também bate recorde e exige solidariedade
O Grande ABC chegou no final de setembro à marca de 200 dias de covid-19; ou seja, desde que os três primeiros casos da doença foram constatados, em 15 de março. De acordo com levantamento divulgado pela imprensa regional o vírus atingiu inicialmente as regiões centrais e depois as periferias das sete cidades, matando mais as pessoas acima dos 50 anos, com 2.272 (90,5%, ou nove a cada dez) dos 2.511 óbitos registrados até terça passada (29/09) pelo governo do Estado. O total de casos difere um pouco do apresentado pelo instituto ABC Dados, que divulga 2.545 mortes e 64.854 infectados até a mesma data.
Segundo o levantamento sobre faixas etárias a partir de 90 anos, a cada dez pessoas que pegam a doença, quatro não resistem. Entre 80 e 89 anos a taxa também é alta, de 32%. Já para os mais jovens, até 29 anos, apenas 0,2% morreram por conta da covid-19. Apesar de mais agressivo com os mais velhos – pela própria fragilidade imunológica, como apontam especialistas -, o coronavírus atingiu em maior quantidade pessoas entre 30 e 39 anos, responsáveis por 23,4% dos casos, assim como a faixa etária entre 40 e 49 anos, com 20,6%.
Crianças e os idosos, em geral com mais condição de se manter em quarentena e com distanciamento social, foram os menos afetados. Entre doentes com comorbidades a situação é mais complicada para quem tem cardiopatia (doenças relacionadas ao coração), quando a letalidade chega a 44,4%, seguida de portadores de diabete (32,5%).
Desemprego e solidariedade – A grande crise econômica agravada pela pandemia no Brasil também produziu um efeito colateral assustador para as famílias: a taxa de desemprego subiu para o recorde de 13,8% no trimestre encerrado em julho, atingindo 13,13 milhões de pessoas, com um fechamento de 7,2 milhões de postos de trabalho em apenas 3 meses. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada na quarta, 30, pelo IBGE.
É a maior taxa de desemprego da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Por isso, se puder, ajude os mais necessitados neste momento: a campanha de doações lançada pelo Sindicato continua recebendo roupas, alimentos, produtos de limpeza. Basta entrar em contato pelo telefone 99798-4732 e combinar a entrega ou retirada. No caso de depósito em espécie, deve ser efetuado na conta corrente 00001809-0 - agência 2075 da Caixa, operação 003. E pelo sistema PagSeguro, via internet, o valor fixo de doação é de R$ 50, com acesso pelo link https://pag.ae/7VZiouZb8