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Proposta da federação dos bancos prevê entre 63% e 72% de anistia dos dias parados

A Fenaban procurou o Comando Nacional dos Bancários, que estava em plantão neste sábado (24), para apresentar uma proposta global de encerramento da Campanha Nacional 2015. Além dos reajustes de 10% para os salários, para a PLR e para o piso e o de 14% para os vales refeição e alimentação, já ofertados na sexta-feira (23), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores, compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados. Na proposta inicial, que levou os bancários à greve, os banqueiros se negavam até mesmo a repor a inflação do período e tentaram reconstruir um modelo ultrapassado de abono salarial.

"A greve forte que realizamos levou os bancários a quebrar a resistência dos bancos que queriam impor uma derrota implantando, depois de anos, reajuste abaixo da inflação e arrochando salários com perdas irreparáveis. Os bancários demonstraram seu poder de mobilização e mesmo num cenário de recessão saem vitoriosos dessa Campanha Nacional", disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional.

Saúde – Os bancos apresentaram um termo de entendimento a ser assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo de reduzir as causas de adoecimento e afastamento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.

Públicos – Banco do Brasil inicia a negociação ainda neste sábado (24) e Caixa Federal ainda não tem retorno.

A nova proposta da Fenaban

Reajuste: 10 %.

Pisos: Reajuste de 10%.

- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62

- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10

- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa).

PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00.

PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58.

Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$2.021,79.  O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016.

Auxílio-refeição: de R$ 26 para R$29,64 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52

13ª cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52

Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 337,66 (para filhos até 83 meses).

Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70

Histórico

A entrega da minuta de reivindicações dos bancários aconteceu em 11 de agosto. A partir daí foram realizada cinco rodadas de negociações. Em 19 de agosto, foi debatido emprego. Nos dias 2 e 3 os temas foram saúde, condições de trabalho e segurança. Em 9 de setembro, Igualdade de oportunidades. A rodada extra do dia 15 de setembro discutiu adoecimento da categoria. E, no dia 16 de setembro, remuneração.

No dia 25 de setembro, a Fenaban não só frustrou, como agiu de forma desrespeitosa com os bancários, ao apresentar uma proposta para a categoria, com um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00

Depois de 16 dias de greve, no dia 20 de outubro, a Fenaban apresentou uma nova proposta, de 7,5% de reajuste. No dia seguinte, o índice foi de 8,75%. Ambos foram recusados na mesa.

Fonte: Contraf-CUT

No 18º dia de greve dos bancários em todo o Brasil bancos fazem proposta, mas querem compensação ou desconto dos dias parados

Reajuste de 10% para os salários, PLR e piso; 14% para os vales. Essa foi a proposta apresentada pela federação dos bancos (Fenaban) na manhã da sexta-feira (23), quando bancários de todo o Brasil chegaram ao 18º dia de greve. A proposta traz desconto dos dias parados ou compensação, à escolha do empregado. Segundo a Fenaban, foi rompida a resistência dos bancos, que tinham por objetivo reajuste abaixo da inflação.

O Comando pediu um tempo. Negociação será retomada em breve.

Depois de muita enrolação, a Fenaban adiou a negociação que estava marcada para a tarde desta quinta. Uma nova rodada foi agendada para as 9h30 de sexta, 23. "Os bancários estão organizados e a greve está fortalecida, no Grande ABC e no restante do Brasil. A Fenaban quer enrolar e ganhar tempo, mas nós queremos negociar e decidir. São os banqueiros que, mais uma vez, estão nos empurrando para a greve", destaca o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, criticando o descaso com os trabalhadores. Acompanhe no site e facebook do Sindicato novas informações sobre a rodada desta sexta. IMG-20151021-WA0021

11diadagreve (8)Após a reunião realizada em São Paulo ontem, aonde a Fenaban apresentou nova proposta de 8,75% para reajustar salários, piso, PLR, vales e auxílios, e sem abono – que representa perda de 1,03% e foi recusada pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa de negociação, a greve se intensificou nesta quinta-feira.

Na Região do ABC, neste 17º dia de greve, estão fechadas 351 agências com 6.085 bancários em greve. No País são mais de 12.600 postos de trabalho parados.

“Nossa meta é ampliar ainda mais as paralisações para que os banqueiros vejam que os trabalhadores não aceitam índice que não contemple aumento real”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato.

Hoje, a partir das 17h, haverá nova rodada de negociação.A Fenaban destacou que as margens de negociação estão estreitas, mas que iria consultar os bancos para continuar a rodada nesta quinta-feira 22. A princípio começaria às 14h, mas a pedido da Fenaban foi alterado para às 17h.

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Com a expectativa de se avançar nas negociações, os bancários de todo o País fortalecem ainda mais a greve nesta quinta, 22. Um novo tuitaço está marcado para ocorrer entre 13h e 15h, para pressionar os banqueiros: é só usar a hashtag #ExploraçãoNãoTemPerdão. Confira o panorama geral da greve em São Paulo até a noite da última quarta, 21:
  • Na base da FETEC-CUT/SP foram 1.858 locais paralisados, sendo 1.113 no interior.
  • Em São Paulo, Osasco e Região, ficaram fechadas concentrações do Santander (Vila Santander, Casa 1 e 3); do Bradesco (Prédio Paulista, Financiamento, Nova Central, Núcleo Alphaville e Telebanco Santa Cecília); do Itaú (ITM, CA Brigadeiro, CAT, CA Raposo, CTO e CA Pinheiros); da Caixa Federal, a CEPTI (antiga Rerop); e do Banco do Brasil (Superintendência, Complexos São João e Verbo Divino), além de agências em todas as regionais. Ao todo foram registrados em greve 745 locais, sendo 28 concentrações, com participação de 55 mil trabalhadores.
  • Na terça 20, data da retomada das negociações com a Fenaban, cerca de 600 bancários e 1,2 mil terceirizados da Central de Atendimento Telefônico da Caixa Federal (CRAT) no prédio do Brás, na capital paulista, também paralisaram suas atividades. O protesto foi nacional, durante o qual, os empregados de todas as CRATs do País reforçaram as reivindicações gerais da categoria, cobraram o fim da terceirização, mais contratações e defenderam o papel público da instituição.
  • Na base do Sindicato já são quatro municípios com 100% das agências fechadas: Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Caetano do Sul. Na quarta o movimento continuou crescendo em Santo André e São Bernardo do Campo, contabilizando na base 342 locais fechados, de um total de 400, e 5.950 bancários de braços cruzados. E prossegue forte nesta quinta.
  • Na base de Guarulhos a greve avança nos bancos privados, contabilizando um total de 103 agências paralisadas.
  • Em Araraquara, a greve segue firme com 44 locais paralisados.
  • Nas regiões de Assis, Barretos, Bragança Paulista estão fechadas respectivamente 46, 48 e 57 agências.
  • Na base de Catanduva, onde o número de agências paralisadas também cresce dia a dia, neste 16º dia de movimento, foram registradas 83 unidades fechadas.
  • Na região de Jundiaí, a greve avançou para 104 agências, o que representa 88% dos locais.
  • Na base de Limeira, o movimento estendeu-se para o Bradesco do município de Iracemápolis, contabilizando um total de 29 agências fechadas.
  • Na base de Mogi das Cruzes, foram 50 locais paralisados.
  • Nas regiões de Presidente Prudente, Taubaté e Vale do Ribeira mantiveram-se paralisados trabalhadores de, respectivamente, 97, 64 e 46 agências, na expectativa de que os banqueiros apresentem proposta decente.
Redação, com Fetec-CUT/SP

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu um reajuste de 8,75% na negociação realizada nesta quarta-feira (21), em São Paulo. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa e voltou a reafirmar que espera negociar aumento real. A negociação continua na quinta-feira (22), às 14h, em São Paulo. Na terça-feira, a Fenaban havia oferecido 7,5%, proposta também rejeitada no local de negociação pelo Comando Nacional. A orientação para a categoria é que a greve, que no seu 16º dia teve 12.603 agências e 35 centros administrativos com as atividades paralisadas, continua em todo o Brasil. " Os bancários e bancárias devem manter a greve e fortalecer nossa luta. Os bancos tem que demonstrar seriedade, nós construímos os resultados e merecemos ser reconhecidos por isso." afirma Belmiro Moreira , presidente do sindicato e membro do Comando Nacional Fonte: Contraf-CUT greve2