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02-23-16-atividade-mercantil-1Está previsto para a próxima quinta-feira, 10, uma negociação entre os trabalhadores e o Banco Mercantil do Brasil sobre os vários problemas que os funcionários do banco vem enfrentando com sobrecarga e falta de condições de trabalho. “O banco promoveu demissões em nível nacional no ano passado deixando a situação, que já não era boa, pior ainda, pois a sobrecarga de trabalho dos funcionários está causando problemas, inclusive de saúde, dos bancários”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato. Essa situação piora ainda mais devido ao desvio de função. Além disso os funcionários também denunciam pressão e assédio moral. Outra situação preocupante que vem ocorrendo no banco é a falta de segurança que atinge principalmente o setor de auto atendimento, colocando em risco os funcionários, clientes e usuários do banco.  A questão da segurança é gravíssima, e já levou o banco a ser multado no começo desse ano. A área de autoatendimento fica sempre lotada e, sem estrutura de atendimento eficiente, vira uma bagunça que favorece os golpistas. O excesso de clonagem de cartões até levou o Mercantil a fechar o autoatendimento das 18h às 8h. Outro exemplo é a forma incorreta de abastecimento dos caixas, o que acaba colocando todos em perigo. “O movimento sindical tem reivindicado providências e denunciado a situação aos órgãos competentes e nessa semana, dia 10, nós vamos para essa negociação apresentar para o banco todos os problemas do Mercantil no ABC. Queremos que o banco tome providencias imediatas”, finaliza Belmiro. Atividade No dia 23 de fevereiro os diretores do Sindicato realizaram  atividades nas agências do Mercantil para alertar e cobrar providências sobre os problemas enfrentados por funcionários e clientes. A manifestação foi marcada pelo fechamento, durante todo o dia, das unidades que operam no Grande ABC – o banco está presente em seis das sete cidades da região, com exceção de Rio Grande da Serra. Durante o protesto foram distribuídos boletins informativos para esclarecer a população. Clique AQUI para ver mais fotos

Banco tem estrutura de atendimento e segurança deficientes, penalizando funcionários e clientes

02-23-16 atividade mercantil (1)Diretores do Sindicato realizaram nesta terça, 23, atividades nas agências do Mercantil para alertar e cobrar providências sobre os problemas enfrentados por funcionários e clientes. A manifestação foi marcada pelo fechamento, durante todo o dia, das unidades que operam no Grande ABC – o banco está presente em seis das sete cidades da região, com exceção de Rio Grande da Serra. Durante o protesto foram distribuídos boletins informativos para esclarecer a população.

Os bancários do Mercantil estão sobrecarregados de trabalho e convivem diariamente com a falta de segurança, assim como os usuários. “O banco promoveu demissões nacionalmente no ano passado, e a situação, que já não era boa, ficou ainda pior”, aponta o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, lembrando que com isso ocorre desvio de função e os clientes – muitos deles aposentados ou pensionistas - são penalizados com longas filas. Os funcionários do banco também denunciam pressão e assédio moral.

Insegurança - A questão da segurança é gravíssima, e já levou o banco a ser multado no começo desse ano. A área de autoatendimento fica sempre lotada e, sem estrutura de atendimento eficiente, vira uma bagunça que favorece os golpistas. O excesso de clonagem de cartões até levou o Mercantil a fechar o autoatendimento das 18h às 8h. Outro exemplo é a forma incorreta de abastecimento dos caixas, o que acaba colocando todos em perigo. “Os clientes precisam saber que correm riscos e que o péssimo atendimento não é culpa dos bancários, mas da ganância do Mercantil”, alerta o presidente do Sindicato. O movimento sindical tem reivindicado providências e denunciado a situação aos órgãos competentes.

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Na segunda rodada de negociação ocorrida nesta quarta-feira (12) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, em Belo Horizonte, o Banco Mercantil do Brasil (BMB) se negou a conceder qualquer pagamento a título de participação nos resultados (abono, prêmio ou bônus) aos seus funcionários, alegando que o banco não têm condições financeiras. 

A reivindicação havia sido encaminhada pelas entidades sindicais logo após o fechamento da Campanha Nacional dos Bancários 2014, uma vez que o banco mineiro apresentou prejuízo de R$ 93 milhões no primeiro semestre de 2014, o que o desobriga a pagar a antecipação da PLR.

Discriminação

No entanto, mesmo tendo registrado prejuízo, o BMB confirmou que irá pagar neste mês de novembro os valores do programa próprio que mantém para a área de negócios do banco.

Essa negativa de pagar qualquer valor ao conjunto dos funcionários soa como provocação. Não se trata de dizer que é injusto pagar o que havia sido anunciado anteriormente aos gerentes. O que é injusto é pagar 'somente' aos gerentes.

Alguns gerentes se manifestaram inclusive constrangidos diante da falta de um pagamento aos demais funcionários.

Na negociação, os dirigentes sindicais esclareceram que a proposta apresentada ao BMB nos moldes da conquistada junto ao HSBC - que também não apresentou lucro no primeiro semestre deste ano, mas negociou e vai pagar R$ 3 mil a todos os seus funcionários - era apenas uma referência e que os sindicatos estavam abertos a construir uma proposta que dialogasse com as condições específicas do BMB.

Mesmo assim o banco negou qualquer pagamento, como uma forma de valorizar e reconhecer os esforços dos funcionários, mesmo com o resultado contábil apurado no balanço.

As entidades sindicais vão analisar a possibilidade de denunciar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) esse tipo de prática discriminatória no banco.

Aumento da PDD não se justifica e reduz o lucro

Conforme análise dos últimos balanços do BMB, feita da Subseção do Dieese na Contraf-CUT, o que chama a atenção é uma evolução muito expressiva das provisões para devedores duvidosos (PDD). Em 2012 foi contabilizado o valor de R$ 471,45 milhões. Em 2013, o montante pulou para R$ 664,32 milhões. Somente no primeiro semestre de 2014 o banco lançou R$ 409,22 milhões.

> Clique aqui para ver a análise do Dieese.

As entidades sindicais indagaram o banco sobre esse comportamento porque a PDD é uma conta de despesa e reduz o lucro líquido das empresas e estranharam porque a carteira de crédito do banco vem se mantendo estável, em torno de R$ 9 bilhões, em queda, o que não ensejaria o aumento dessas provisões. O nível de inadimplência no sistema financeiro também se encontra muito baixo. O banco apresentou algumas justificativas para essa contabilização, inclusive a inadimplência em sua carteira de pessoa jurídica.

Os bancários irão estudar a possibilidade de recorrer ao Banco Central para buscar maior detalhamento desses registros, uma vez que é o BC que regulamenta a questão da PDD nos bancos, classificando os créditos em atraso, definindo entre zero a 100 o nível de constituição de garantias de acordo com o período de vencimento da operação financeira, definindo os valores mínimos para a constituição das reservas.

Fonte: Contraf-CUT

Em negociação realizada nesta terça-feira (14) com o Mercantil do Brasil, a Contraf-CUT, a Fetraf-MG e o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte reivindicaram o pagamento de Participação nos Resultados (PR) no valor de R$ 3 mil, sendo um adiantamento de R$ 2 mil no mês de outubro e R$ 1 mil em fevereiro de 2015. A reunião ocorreu na sede do banco, na capital mineira.

Na mesa de negociação, os dirigentes sindicais exigiram com veemência que o banco reconheça o esforço e a dedicação dos funcionários.

Os trabalhadores reforçaram que o resultado negativo do primeiro semestre é consequência, em grande parte, do aumento desproporcional do provisionamento de devedores duvidosos (PDD) realizado pelo Mercantil e que, portanto, os trabalhadores não podem ser responsabilizados.

O Mercantil do Brasil, de forma intransigente, negou o atendimento da reivindicação, alegando falta de condições financeiras. Além do resultado operacional negativo de R$ 93 milhões no primeiro semestre de 2014, o banco disse que terá despesa extra de R$ 5 milhões mensais na folha salarial.

Os representantes dos bancários insistiram que o Mercantil do Brasil tem obrigação de valorizar o empenho de bancárias e bancários e atender aos seus anseios por melhores condições de trabalho. 

Foi deixado claro que os bancários do Mercantil estão mobilizados e continuarão lutando por respeito e reconhecimento por parte do banco. Os trabalhadores fizeram sua parte e, agora, esperam a contrapartida do Mercantil do Brasil, que é o pagamento da participação nos resultados.

Uma nova rodada de negociação sobre o tema foi agendada para o dia 4 de novembro. Até lá, os sindicatos continuarão mobilizados para a realização de um Dia Nacional de Luta por valorização e melhores condições de vida e emprego para os funcionários do Mercantil do Brasil.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH

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