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O lucro líquido ajustado do Bradesco de R$ 5,921 bilhões no primeiro semestre de 2013, que significa um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado, é o maior da história do banco. Mesmo assim, a segunda maior instituição financeira do país fechou 2.580 postos de trabalho nos últimos 12 meses, dos quais 1.434 somente no primeiro semestre deste ano. "Não é admissível que um banco que apresenta o maior lucro da sua história ao mesmo tempo demita trabalhadores. Junto com o aumento real de salário e com o combate ao assédio moral e às metas abusivas, a conferência nacional que acabamos de realizar definiu a defesa do emprego como uma das prioridades da campanha dos bancários deste ano", diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Clique aqui para ver os principais dados do balanço, conforme análise do Dieese. No trimestre, o lucro líquido do Bradesco foi de R$ 2,9 bilhões, um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. O lucro extraordinário do Bradesco deve-se, principalmente, ao maior resultado operacional de seguros (aumento de 19,3%) e das receitas de prestação de serviços (15,0%). A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio foi de 18,8% (1,8 pontos percentuais) abaixo da rentabilidade de junho de 2012 e 0,7 ponto percentual menor que a rentabilidade no primeiro trimestre de 2013). A carteira de crédito expandida cresceu 10,3% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 402,5 bilhões (2,8% no trimestre). As operações com pessoas físicas cresceram 10,1% no mesmo período, chegando a R$ 123,6 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 279 bilhões, com elevação de 10,4% comparado a junho de 2012. Inadimplência cai, mas PDD aumenta O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,7%, com queda de 0,5 ponto percentual em relação ao 1º semestre de 2012 e 0,3 no trimestre. Por sua vez, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) atingiram um montante de R$ 7,083 bilhões, com crescimento de 1,9% em relação a junho de 2012. Na comparação entre o trimestre anterior, cresceu 0,5%. "Essa é outra contradição incompreensível. Como pode o banco aumentar a provisão para devedores, que aliás é maior que o lucro líquido, se a inadimplência está caindo? É uma maquiagem contábil que vai impactar negativamente na distribuição dos lucros", critica Carlos Cordeiro. Corte de 2.580 empregos em um ano O número total de empregados da holding em junho de 2013 foi de 101.951, com fechamento de 2.580 postos de trabalho em relação a junho de 2012 (queda de 2,5% no quadro de funcionários). Apenas no primeiro semestre de 2013, a redução foi de 1.434 postos de trabalho. Isso colaborou para que as despesas de pessoal crescessem apenas 5,5% em 12 meses, abaixo do índice de reajuste dos bancários na última campanha nacional, e para que a cobertura dessas despesas pelas receitas de prestação de serviços mais renda de tarifas passasse de 137,9% para 150,3%. Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco aceitou a proposta da Contraf-CUT, federações e sindicatos de não incluir funcionário afastado pelo INSS no programa de reabilitação profissional. Além disso, prometeu que irá estudar a sugestão de compartilhar o processo de reabilitação com entidades de defesa dos trabalhadores. O anúncio ocorreu nesta sexta-feira 5, em reunião entre representantes das entidades sindicais e o banco. O programa de reabilitação profissional faz parte da Campanha de Valorização dos Funcionários e está na pauta de reivindicações dos bancários. Na reunião, os dirigentes sindicais apresentaram propostas a partir das premissas que o banco havia previamente definido. Uma das principais exigências do movimento sindical foi atendida - os funcionários afastados pelo INSS e que, de acordo com o que determina a CLT estão com o contrato de trabalho suspenso, não serão o foco do programa, que deverá se ater só ao bancário que estiver retornando às suas funções. Gestão compartilhada  O Bradesco havia definido como premissa uma equipe multiprofissional para dar suporte médico ao profissional reabilitado, a fim de avaliar e adequar as condições do posto de trabalho e supervisionar e aprovar os locais para os quais os reabilitados serão deslocados. As entidades sindicais reivindicaram o acompanhamento da formação dessa equipe, bem como a gestão compartilhada de todo o programa, propostas que serão avaliadas pelo banco. Retorno progressivo  Outro ponto discutido foi a maneira como o bancário afastado será reinserido no ambiente de trabalho. Na reunião, o movimento sindical sugeriu um retorno progressivo, pois, muitas vezes o funcionário que está voltando ainda não se encontra em plenas condições de exercer a totalidade das funções que lhe competiam antes de se afastar. Às vezes, o bancário ainda está em recuperação e não consegue manter o mesmo ritmo de trabalho que tinha antes adoecer e se afastar, ou precisa fazer fisioterapia no horário de trabalho, por exemplo. Por isso, a categoria querr que o banco aplique o retorno progressivo do trabalhador até sua recuperação total. O Bradesco prometeu avaliar a questão. Isolamento Na reunião também foi manifestada a preocupação dos bancários com práticas que podem prejudicar psicologicamente a reabilitação do profissional. Chegam denúncias de que, ao retornar do afastamento, acabam sendo isolados pelos superiores e colegas, ou, ainda, têm suas funções, ou mesmo seus espaços físicos de trabalho, como mesa e computador, retirados. Foi manifestada a preocupação quanto a essas questões. Avaliação positiva  O Bradesco aceitou a proposta dos representantes dos trabalhadores de excluir o funcionário afastado pelo INSS do programa de reabilitação e concordou em aprofundar o debate sobre a participação do movimento sindical no programa de reabilitação profissional. Esses eram exatamente os dois principais pontos de discórdia. Novas reuniões foram agendadas para continuar discutindo a reabilitação profissional, nos dias 24 de julho e 7 de agosto. Campanha de valorização A Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Bradesco segue nas ruas de todo o Brasil desde o dia 7 de maio, com debates nos locais de trabalho e atividades de mobilização para pressionar o processo de negociação com o banco. No dia 4 de junho foi lançado o curta-metragem da campanha, que tem como mote "Bancário não é de lata, é gente como você, gente de verdade!" - alusão ao Homem de Lata, personagem do Mágico de Oz que queria ter um coração e ser visto como ser humano. Clique aqui para ver o curta-metragem. A produção foi idealizada para propagar as reivindicações dos trabalhadores nas redes sociais. O vídeo, em formato de cinema mudo, conta ainda com a participação de personagem inspirado em Carlitos, de Charlie Chaplin. Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

A Contraf-CUT, sindicatos e federações se reúnem nesta sexta-feira (5) com a direção do Bradesco para discutir o programa de reabilitação profissional dos trabalhadores do banco. Durante o último encontro, a instituição financeira entregou documento com propostas direcionadas ao processo de trabalhadores afastados por licença médica. Porém, os dirigentes sindicais observaram as propostas e pontuaram divergências que serão apresentadas na reunião desta sexta. A categoria espera que o banco reveja essas divergências para que possamos avançar nas negociações. Há pontos das premissas do banco que precisam ser aprofundados. A preocupação do movimento sindical é que, quando o bancário volte ao serviço, tenha plenas condições de desenvolver o seu trabalho, independentemente da função, contanto que ela seja digna e que leve em consideração a capacidade profissional e a reinserção no ambiente de trabalho, e esperamos avançar para isso. Para que essa reabilitação ocorra de forma apropriada e respeitosa, avalia-se que o funcionário deva contar com uma equipe multiprofissional especializada no seu problema de saúde e capacitada para analisar qual a melhor forma de reinserção nos quadros do banco. O movimento sindical considera que cada caso de reinserção é único e quer monitorar as reabilitações. O tema está na pauta específica de reivindicações dos bancários, entregue ao banco no dia 17 de abril e faz parte da Campanha de Valorização dos Funcionários, em andamento desde o início de maio. Fonte: Contraf-CUT