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A direção do Bradesco anunciou nesta quinta 29 a data do crédito dos valores referentes à segunda parcela da PLR e do valor adicional. Os bancários do Bradesco receberão a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no dia 6 de fevereiro.

O banco pagará a PLR cheia, correspondentente a 2,2 salários, limitado a R$ 21.691,82. Desse montante, serão descontados os valores pagos antecipadamente em 2014, logo após a Campanha Nacional.

Já o valor adicional, que é pago sem desconto da PLR, equivalerá à distribuição de 2,2% do lucro líquido entre todos os trabalhadores da empresa, limitado a R$ 3.675,98, também descontado o que foi antecipado no ano passado.

Lucro - O Bradesco informou  que teve lucro líquido de R$ 15,089 bilhões, valor 25,6% superior aos R$ 12 bilhões registrados em 2013.

No quarto trimestre, os ganhos somaram R$ 3,993 bilhões, depois de atingir R$ 3,875 bilhões nos três meses anteriores - um aumento de 3%. Já em relação ao mesmo período de 2013, a alta foi de 29,7%.

O índice que mede a inadimplência dos clientes superior a 90 dias ficou estável nos últimos 12 meses, e encerrou o ano em 3,5%.

No último trimestre de 2014, a despesa de provisão para devedores duvidosos (valor separado pelo bando contra possíveis calotes) atingiu R$ 3,307 bilhões, queda de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, essa despesa mostrou alta de 11,7%.

Em 31 de dezembro de 2014, o valor de mercado do Bradesco era de R$ 145,536 bilhões, uma expansão de 13,6% em relação ao registrado no final do ano anterior.

Os ativos totais do banco conjunto de bens, valores e créditos que formam o patrimônio da empresa) registraram saldo de R$ 1,032 trilhão, crescimento de 13,6% em relação à dezembro de 2013.

A previsão do Bradesco é de que sua carteira de empréstimos terá expansão de 5 a 9% em 2015.

No segmento corporativo, a previsão do banco é de aumento de 4 a 8% neste ano, enquanto para pessoa física, a estimativa é de 8 a 12% de incremento. O banco também projetou evolução de 8 a 12% na receita com tarifas e serviços neste ano.

Protestos já atingiram cinco cidades do Grande ABC neste mês de dezembro. Hoje (18) é dia de Ribeirão Pires receber a atividade em defesa dos direitos de clientes e usuários bancários promovida pelo Sindicato. É a quinta cidade da região em que o protesto ocorre neste mês. O objetivo é denunciar a prática discriminatória e ilegal que alguns bancos vêm adotando ao tentar impedir o acesso a clientes e usuários dentro das agências. As atividades estão centralizadas nas agências do Bradesco, porque, embora todos os bancos promovam essa ´seleção´, a situação é pior nesta instituição financeira, que coloca até balcões antes das portas giratórias para facilitar o processo de filtragem de quem entra ou não na agência. Os clientes que movimentam menos dinheiro acabam ´empurrados´ para as máquinas de autoatendimento e correspondentes bancários, onde a insegurança é maior, o que configura verdadeiro apartheid social e econômico. Tentar impedir o acesso do consumidor bancário à agência fere a resolução 3.694 do Banco Central. As atividades do Sindicato repercutem junto à sociedade e imprensa local, e são muitos os clientes que aproveitam para denunciar a discriminação. Além de performance teatral para dialogar com clientes e usuários, o Sindicato também utiliza como canal de comunicação o Jornal do Cliente. Também é possível acessar a publicação, que traz informações sobre direitos do consumidor bancário e canais de reclamação, no site do Sindicato: www.bancariosabc.org.br

Manifestações iniciadas no começo de dezembro já atingiram quatro cidades do Grande ABC.

O Sindicato dá prosseguimento nesta quarta, 17, às mobilizações em agências bancárias do Bradesco para alerta e defesa dos direitos dos clientes e usuários. As atividades acontecem em unidades do banco na região central de Diadema e no bairro Nova Gerti, em São Caetano. Até agora foram realizados cinco dias de protestos, atingindo quatro cidades – Santo André, São Bernardo, Diadema e São Caetano. O objetivo é denunciar a prática discriminatória e ilegal que alguns bancos vêm adotando ao tentar impedir o acesso a clientes e usuários dentro das agências.

A ´seleção´ segue parâmetros econômicos, já que são os clientes que movimentam menos dinheiro os ´empurrados´ para as máquinas de autoatendimento e correspondentes bancários, onde a insegurança é maior.  No Bradesco há até a instalação de balcões antes das portas giratórias para facilitar o processo de filtragem de quem entra ou não na agência.

Repercussão - As atividades têm sido recebidas positivamente pelos clientes e resultado em boa repercussão na imprensa local. Muitos clientes e usuários aproveitam para desabafar e fazer críticas aos bancos, como o segurança Rogério Fernandes Azevedo, que declarou à reportagem do jornal Repórter Diário: “Vim na agência tirar dinheiro e tentei pagar minha conta de luz, mas o caixa me informou que não pode mais receber contas de telefone, água e luz. Me mandou procurar outros lugares como mercado, lotérica etc. Eu fico indignado! Já estou na boca do caixa e vou ter que ir em outro lugar, pegar fila de novo, para fazer o pagamento do que já poderia ter sido feito com o caixa”.

A tentativa de impedir o acesso aos caixas das agências também tem motivado muitas reclamações em sites da internet. Numa delas Graziele de Jesus Pestana relata que a mãe foi barrada em agência do Bradesco de Diadema. "Minha mãe foi atrás dos direitos dela(...). Voltou na agência e disse que ia chamar a polícia, e a deixaram entrar”, registrou. Tentar impedir o acesso do consumidor bancário à agência fere a resolução 3.694 do Banco Central.

É a quarta realizada neste mês de dezembro para denunciar prática ilegal e discriminatória que impede acesso às agências; protestos atingiram agências do Bradesco

O Sindicato dos Bancários do ABC realiza nesta terça-feira, 16, mais uma atividade em defesa dos clientes e usuários dos bancos. O objetivo é denunciar a prática discriminatória que as instituições financeiras vêm adotando na hora de   permitir ou não o acesso aos caixas dentro das agências. É a quarta manifestação deste mês, já que duas outras ocorreram em Santo André (dias 2 e 15) e São Bernardo (8).

A atividade desta terça acontece novamente em São Bernardo, em agências da rua Marechal Deodoro e alguns bairros da cidade, como o Baeta Neves. Além do alerta à sociedade as atividades incluem apresentação de performance teatral para dialogar com clientes e usuários e a distribuição do Jornal do Cliente, produzido pelo Sindicato. Na avaliação da entidade, a ´seleção´ de quem entra ou não na agência obedece a critérios que apontam para um verdadeiro apartheid social e econômico, já que clientes que vão fazer transações com valores inferiores a R$ 1 mil são ´empurrados´ para o autoatendimento ou correspondentes bancários (supermercados, lotéricas etc). O impedimento fere a resolução 3694 do Banco Central, que veda a restrição ao acesso. Além disso, amplia a insegurança, já que estes locais dispõem de menos dispositivos de prevenção de assaltos.

Bradesco - Embora todos os bancos adotem a prática, a situação é mais grave nas agências do Bradesco. E o fato está diretamente relacionado à dispensa de trabalhadores: quanto menos funcionários, mais os clientes são ´empurrados´ para as máquinas. No caso específico do Bradesco foram cortados 1.640 empregos nos primeiros nove meses de 2014.

O banco também tem colocado barreiras para fazer a seleção dos clientes, utilizando balcões antes das portas giratórias e funcionários. Durante as manifestações já promovidas pelo Sindicato foram muitas as reclamações de clientes e usuários, impedidos de realizar depósitos até R$ 1 mil ou pagar taxas diretamente nos caixas. Em vários casos a entidade interveio para garantir o direito dos consumidores bancários.

Atividade acontece nesta terça, 9, em agências do Bradesco da rua Marechal Deodoro, em São Bernardo O Sindicato realiza nesta terça, 9, atividade em defesa dos direitos de clientes e usuários de bancos em agências do Bradesco na rua Marechal Deodoro, em São Bernardo. A manifestação denuncia a postura adotada pela instituição financeira de tentar ´empurrar´ os usuários para o autoatendimento em caso de movimentação de valores considerados baixos. Ou seja: um verdadeiro apartheid social e econômico. A prática, que fere resolução do Banco Central, não é exclusiva do Bradesco, mas o banco foi escolhido porque ali a situação é ainda mais grave, com a colocação de barreiras (balcões e/ou funcionários) para tentar impedir o acesso. Durante a atividade, a reportagem acompanhou o relato de várias pessoas aos diretores sindicais. Cliente do banco há mais de 20 anos, um homem reclamava de que não queriam lhe deixar pagar o IPVA no caixa. Outro havia sido mandado para o autoatendimento para quitar uma taxa de R$ 10. “Estou encerrando minha conta”, afirmou. Já uma senhora tinha dificuldade em fazer um depósito dentro da agência, e outra cliente contou que todas as vezes em que tenta depositar menos de R$ 1 mil é mandada para as Casas Bahia (correspondente bancário). Nos casos em que os usuários desejavam fazer as transações diretamente com os caixas o Sindicato interveio, com sucesso. “É um direto dos clientes e usuários que não pode ser desrespeitado”, afirmou o secretário de Finanças do Sindicato Belmiro Moreira. Funcionários – A manifestação, dentro das premissas do Sindicato-cidadão – preocupado não somente com as questões da categoria bancária, mas de toda a sociedade – também chamou a atenção dos bancários para a questão do emprego e condições de trabalho. Quanto mais demissões, mais clientes serão ´empurrados´ para fora das agências, e pior serão as condições de trabalho e de atendimento. Esta é a segunda atividade em defesa dos consumidores bancários promovida pela entidade nessa semana (a primeira ocorreu no dia 2, em Santo André). Além da participação de atores, que conversam com a população durante performance, há a distribuição do Jornal do Cliente, produzido pelo Sindicato e que orienta sobre direitos e canais de denúncia e proteção do consumidor.

Mesmo obtendo um lucro líquido ajustado de R$ 11,227 bilhões nos primeiros nove meses de 2014, um crescimento de 24,7% em relação ao mesmo período do ano passado, o Bradesco cortou 1.640 empregos, o que é totalmente injustificável. A redução de postos de trabalho mostra que o banco anda na contramão da economia brasileira que entre janeiro e setembro deste ano gerou 904.913 novos empregos com carteira assinada. 

Se forem comparados os últimos 12 meses, o banco promoveu o fechamento de 2.561 vagas. Assim, o número de empregados da holding em setembro de 2014 caiu para 98.849 ante 101.410 em setembro de 2013, o que representa uma queda de 2,5%, segundo análise da Subseção do Dieese da Contraf-CUT com base no balanço do Bradesco, divulgado nesta quinta-feira (30).

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

Menos agências e PAs, mais correspondentes

O banco também fechou as portas de 38 agências e 263 postos de atendimento (PAs) nos últimos 12 meses, sendo 15 agências e 89 PAs entre janeiro e setembro de 2014. 

Ao mesmo tempo, a terceirização se intensificou através da ampliação das unidades do Bradesco Expresso. O número desses correspondentes bancários cresceu em 3.406 dependências, dos quais 2.156 somente este ano, totalizando 49.020 em setembro. 

O fechamento de agências e PAs mostra a política equivocada de redução de custos e de precarização do atendimento, com o objetivo de aumentar ainda mais os lucros do banco. 

Mais operações de crédito

As operações de crédito cresceram 7,7% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 442,2 bilhões. As operações com pessoas físicas evoluíram 8,6% em relação a setembro de 2013, chegando a R$ 138 bilhões, o que representa 31% do total das operações de crédito.  Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 306,2 bilhões, com elevação de 7,2% em comparação ao 1º trimestre de 2013, totalizando 69% do total do crédito.

Esse crescimento das operações traz mais serviços e, com a redução de funcionários, aumenta ainda mais a sobrecarga e a pressão no trabalho, afetando a saúde dos bancários e a qualidade de atendimento dos clientes. 

O índice de inadimplência superior a 90 dias manteve-se estável em relação ao terceiro trimestre de 2013, ficando em 3,6% (subindo 0,1 ponto percentual no trimestre). O banco elevou as suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 3,2% em 12 meses, atingindo R$ 10,7 bilhões.

Receitas de tarifas x Despesas de pessoal

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 11,9% em 12 meses, totalizando R$ 16 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 12,3%, chegando a R$ 10,8 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 148,46% no 3º trimestre de 2014. 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

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