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Próximo encontro está marcado para 13 de julho

nego_santanderNa quinta negociação com os representantes do Santander, ocorrida nesta quarta, 6, o banco se mostrou um pouco mais flexível para discussão de temas como o sistema de modelo de gestão AQO - Avaliação de Qualidade Operacional, embora sem ainda apresentar contraproposta às reivindicações. Os principais avanços do encontro estão relacionados à concessão das bolsas de estudo para os elegíveis, pois algumas limitações foram derrubadas.

Entre elas está o condicionamento da concessão da bolsa aos que não apresentassem problema disciplinar e a aplicação do critério de meritocracia. As duas condições foram retiradas. “Mesmo de forma tímida, demos início a um diálogo. Esperamos que a conversa prossiga e a negociação se torne cada vez mais produtiva, para que possamos renovar o acordo aditivo com avanços”, aponta o secretário-geral da Fetec-CUT, Eric Nilson. A nova rodada de negociação está marcada para ocorrer no próximo 13 de junho.

Outro item discutido na reunião desta quarta foi o reajuste no valor do PPRS. O banco propôs que seja adotado o mesmo índice que for definido na campanha salarial deste ano. Mas, na avaliação do diretor sindical Ageu Moreira, essa não é uma boa proposta e nem tornaria mais justa a distribuição do programa, como se reivindica. “O PPRS não tem como base um índice, mas um bônus, a partir dos resultados do banco, o que é um valor muito maior. Não tem sentido abrir mão disso”, aponta Ageu.

Uma nova rodada de negociação com o banco deve ocorrer nesta quarta, 6 Trabalhadores do Santander de vários estados brasileiros participaram, na manhã dessa terça, 5, de atividade na Torre do banco, na Marginal Pinheiros, em São Paulo. O protesto reivindicou a inclusão de avanços na renovação do acordo aditivo. “Especificamente de São Paulo, conseguimos hoje reunir vários sindicatos, fortalecendo nossa reivindicação”, apontou Eric Nilson, secretário-geral da Fetec-SP, entidade que agrega 14 sindicatos no Estado. Até agora já ocorreram três rodadas de negociação com os representantes do Santander. Embora o banco assegure a renovação do acordo, o mesmo não acontece com a inclusão de itens que representariam avanços para os trabalhadores, especialmente nas áreas de saúde e condições de trabalho, que o Santander quer discutir em fóruns específicos. “Queremos que os avanços sejam garantidos e compromissados no acordo aditivo, como por exemplo a revisão da política de metas”, aponta o diretor do Sindicato Ageu Ribeiro, ao falar sobre o problema das metas abusivas. Uma nova rodada de negociação com os representantes do banco deve ocorrer nesta quarta, 6.

[caption id="attachment_11059" align="alignright" width="464"]imagemsantander Em cartaz divulgado pelo próprio banco, alteração nas funções dos caixas já é anunciada[/caption]   Banco desrespeita Cadastro Brasileiro de Ocupações e promove sobrecarga de trabalho; dia 5 tem protesto para que aditivo seja renovado com avanços, sem retrocessos Caixas do banco Santander poderão ter que contatar clientes para oferecer produtos, cobrar dívidas, acertar renegociações. A exemplo que ocorre com os gerentes, eles terão um portal para efetuar esses contatos, e as metas de atendimento estarão atreladas às metas comerciais. A informação já circula em várias agências do banco. Mas o Sindicato alerta: há aí um desvio de função e sobrecarga de trabalho. “Já levamos essa discussão ao banco, pois estamos negociando a renovação do aditivo e não queremos que os direitos dos caixas sejam atingidos. Mas a resposta do Santander foi evasiva”, esclarece o diretor sindical Ageu Moreira. Juridicamente, essa nova atribuição aos caixas é contestável, embasada no Cadastro Brasileiro de Ocupações, que discrimina as tarefas específicas desse profissional. O banco, porém, pode criar a função do ´agente comercial´ para fazer essa ´adequação´. Adoecimento - A sobrecarga de trabalho, ainda que venha com nova nomenclatura ou mesmo com status de promoção, apenas reforça o risco de adoecimento do bancário, que já é bem alto. “Queremos garantir itens que propiciem melhor qualidade de vida ao bancário na renovação do aditivo, e a mudança na função dos caixas vai de encontro a isso”, afirma Ageu, destacando a atividade que acontece no próximo 5 de julho na Torre para reivindicar a renovação, com avanços, do acordo aditivo com o Santander.  

 ritaargProposta apresentada pela coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano (foto), foi aprovada em encontro da UNI Americas Finanças na Argentina, que discutiu a importância dos bancos públicos

Adotar uma campanha de conscientização de alto impacto, similar à “Se é público, é para todos”, lançada no início de junho no Brasil. Essa é uma das propostas resultantes do III Encuentro Alianza Latinoamericana en Defensa de las Bancas Públicas, organizado pela Uni Americas Finanças na Argentina nos últimos dias 26 e 27.

A ideia de internacionalizar a campanha criada no País foi apresentada pela coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, com o apoio da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Os representantes dos diversos países presentes aprovaram. Será uma campanha global em defesa do papel público das empresas e dos serviços públicos, em contraposição à ofensiva neoliberal que se fortalece em locais como Brasil, Argentina e outros”, explica Rita.

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, o fato de a campanha ganhar corpo não só no Brasil, mas também na América Latina, expressa a preocupação dos trabalhadores destes países com os riscos às empresas públicas. “A campanha será adotada e adaptada à realidade de cada um, e esperamos que também possam contar com modelos de organização e mobilização positivos como ocorreu no Brasil”, afirma, lembrando que é preciso atenção o tempo todo frente à onda conservadora que se espalha pelo mundo e em especial nos países latino-americanos. A integração também é destacada pelo presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, que ressaltou a importância da participação das entidades brasileiras no encontro para fortalecer a luta em defesa dos bancos públicos.

Ao lado de palestrantes argentinos e do Uruguai, a coordenadora do comitê abordou o tema “Defesa dos Bancos Públicos após o golpe na Democracia”, falando sobre as mobilizações contra projetos privatistas (como o PLS 555/ PL 4918), o surgimento do comitê, a campanha em desenvolvimento e os riscos que correm as empresas e serviços públicos nesse momento, com o governo golpista de Michel Temer. O golpe no Brasil também é destacado no documento final resultante do encontro, que pode ser conferido na seção de downloads do sitewww.diganaoapl4918.com.br, assim como a apresentação da coordenadora.servicosarg

Outras propostas aprovadas no encontro foram a luta contra acordos internacionais que estabelecem práticas neoliberais, como o Tisa (Trade in Services Agreement, na sigla em inglês) e o TPP (Acordo de Cooperação Trans-Pacífico), e a difusão do documento final, que destaca a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento dos países e suas sociedades. Além do comitê, Contraf-CUT e Fenae, também participaram do evento a representante da UNI Finanças Mundial, a brasileira e bancária Rita Berlofa, e integrantes de sindicatos bancários.

“Foi muito gratificante a troca de experiências e debates. Além disso, tornar a campanha “Se é público, é para todos” internacional fortalece nossa iniciativa e impulsiona ações futuras. Vamos promover lançamentos também nos estados brasileiros e intensificar a mobilização, pois mesmo o PLS 555 tendo sido aprovado há muitos outros projetos que ameaçam os trabalhadores e a sociedade brasileira”, aponta Rita Serrano.

mb_gheorgeO coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco e diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Gheorge Vitti, participou nesta segunda, 27 de junho, do programa Momento Bancário, transmitido ao vivo via TV web pelo site do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Gheorge abordou o tema “Incorporação do HBC pelo Bradesco”, com ênfase à situação dos trabalhadores dos dois bancos.

Durante o programa, os convidados desmistificaram a falsa ideia de que a incorporação ajudaria a repor as 1.446 vagas fechadas no Bradesco, uma vez que trabalhadores das duas instituições sofrem com a sobrecarga de trabalho. E ainda ressaltaram que a grande luta é pela manutenção dos empregos.

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