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Representante dos estudantes é agredida pela PM durante manifestação contra a privatização em SP

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Ana Leite é coordenadora da AMES-SP e precisou de atendimento médico, mas ainda não conseguiu registrar B.O.

nota de repudioUma das vítimas da repressão policial à manifestação contra a privatização de linhas da CPTM, no último dia 27 (leia aqui a nota de repúdio do Sindicato - https://www.bancariosabc.org.br/9075-nota-de-rep%C3%BAdio-%C3%A0-viol%C3%AAncia-da-pm-no-protesto-contra-a-privatiza%C3%A7%C3%A3o-de-linhas-da-cptm.html
), foi a estudante Ana Leite, coordenadora geral da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (AMES-SP) e diretora da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

“Somos contra a privatização porque ela vai causar demissões e piorar o serviço. Fomos apoiar os trabalhadores e familiares, estávamos dentro da Secretaria de Transportes para conversar e conquistamos uma negociação com o governo, tudo pacificamente. Mas, quando saímos de lá, já fomos sendo agredidos pela polícia”, explica.

Ana foi atingida com gás de pimenta e pancadas de cassetetes. Teve que ir para o hospital e recebeu dois pontos na cabeça. Desde então, relata, esteve em cinco delegacias de polícia e nenhuma delas registrou o Boletim de Ocorrência (B.O.) para que pudesse fazer o exame de corpo de delito. As alegações são as mais disparatadas possíveis, inclusive de que não vão registrar boletim contra outro policial, conta a estudante.
“Mesmo dizendo que eu só precisava do encaminhamento para poder fazer o exame do corpo de delito, mesmo com os hematomas, não registram o B.O. Um policial, muito rude, chegou a dizer que a gente tinha dado motivo para apanhar”, afirma Ana.

O Sindicato, que é contrário à privatização e destaca a legitimidade da manifestação, se solidariza com Ana e demais vítimas do protesto, exigindo esclarecimentos sobre a postura violenta da PM de São Paulo.

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