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Banco Central eleva Selic para 11,25% e agrava crise econômica: impacto severo sobre famílias, empresas e União

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Banco Central eleva Selic Nesta quarta-feira (6), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou mais um aumento na já elevada taxa básica de juros do país (Selic), que passou de 10,75% para 11,25% ao ano. A decisão, que visa conter a inflação, tem sido amplamente criticada por economistas, sindicatos e representantes da sociedade civil, que alertam para os danos irreparáveis ao desenvolvimento econômico do Brasil.  

A elevação da Selic encarece o crédito em todo o sistema financeiro, tornando mais difícil para empresas e famílias acessarem financiamento. Isso resulta no aumento do endividamento daqueles que dependem de empréstimos e enfrentam dificuldades para honrar suas dívidas. Pequenas e médias empresas, que já sofrem com um ambiente econômico desafiador, estão particularmente vulneráveis.  

De acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic implicará um acréscimo de R$ 26 bilhões nos gastos da União com juros dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Esse montante, que poderia ser investido em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura, será destinado ao pagamento de credores da dívida pública.  

Para Gheorge Vitti, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, a medida é um golpe contra o país no momento em que mais de mil empresas já solicitaram recuperação judicial no acumulado do ano, um recorde histórico.  “Enquanto o Brasil enfrenta uma onda de falências e milhares de trabalhadores perdem seus empregos, o Banco Central segue priorizando o lucro dos rentistas em detrimento da produção e do consumo. O aumento da Selic é um fardo insustentável que penaliza toda a sociedade, sobretudo os mais pobres”, critica Vitti.  

A elevação dos juros não apenas trava o crescimento econômico como também desestimula investimentos produtivos, ampliando a recessão e o desemprego. Para especialistas, o modelo atual de combate à inflação é inadequado em um cenário de crise, agravando ainda mais as desigualdades sociais e prejudicando o potencial de recuperação econômica do país.  

O impacto dessa decisão reforça o debate sobre a necessidade de reformular a política monetária do Brasil, buscando alternativas que não sacrifiquem a economia real e os trabalhadores para beneficiar o sistema financeiro.  

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