O acordo é resultado de intensas negociações, que duraram quatro meses, garantem ampliação de direitos sociais e o reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Coletivo Nacional dos Financiários, os sindicatos de todo o país e a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) assinaram, nesta quinta-feira (10), a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, com vigência até 2026.
O acordo é resultado de intensas negociações, que duraram quatro meses e garantem a ampliação de direitos sociais e o reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios.
Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, "a assinatura representa uma grande conquista para os financiários de todo o país. Depois de meses de intensas negociações, conseguimos garantir não apenas a manutenção dos direitos, mas também avanços importantes em questões sociais e econômicas. O reajuste salarial e a criação de comissões para discutir temas como PLR e violência contra a mulher mostram que estamos comprometidos com o bem-estar e o futuro da categoria."
A secretária do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, acredita que a assinatura dessa convenção coletiva reforça o papel da entidade como defensores dos direitos dos financiários. “Além do reajuste salarial e da PLR, conseguimos inserir temas fundamentais, como o combate ao assédio sexual e moral, que são urgentes no ambiente de trabalho. Vamos continuar lutando para que esses avanços sejam implementados de forma justa e eficaz."
O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários, Jair Alves, afirmou que o acordo assinado é fruto da união e da mobilização dos trabalhadores. “Ele vai além das questões salariais, trazendo a construção de um grupo de trabalho que irá mapear a realidade dos financiários, para que possamos construir políticas mais adequadas às necessidades da categoria. Esse é um passo essencial para garantir condições de trabalho mais dignas e justas para todos."
2024:
- Reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios.
- Pagamentos retroativos das diferenças salariais de junho a outubro até a folha de pagamento de novembro de 2024.
- Pagamentos retroativos das diferenças dos benefícios a serem pagas até 30 de outubro de 2024.
- Antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com pagamento até 8 de novembro de 2024.
2025:
- Reajuste salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente ao período de junho de 2024 a maio de 2025 mais 0,3% de aumento real, a ser pago em junho de 2025.
- Mudança da data-base para outubro de 2026, com aplicação do INPC referente ao período de junho a setembro de 2025, acrescido de 0,3% de aumento real a ser pago em outubro de 2025.
- Negociações para uma nova CCT em outubro de 2026.
PLR:
- Para 2024, a regra de pagamento da PLR permanece inalterada, mas será criada uma comissão paritária em até 60 dias após a assinatura do acordo, com conclusão até abril de 2025. A comissão terá o objetivo de apresentar propostas para eventuais mudanças na PLR a partir de 2025.
- Outras cláusulas importantes:
- Convênio médico: Não haverá alteração na cláusula 21, no entanto, as empresas que desejarem implementar a coparticipação deverão negociar diretamente com os sindicatos, estabelecendo regras específicas.
- Violência contra a mulher: Ficou acordado que será construída uma cláusula sobre o tema.
- Combate ao assédio sexual e moral: Será feita uma redação conjunta de modo que contemple a realidade do financiário.
- Grupo de trabalho paritário: Um grupo será criado para realizar uma pesquisa inédita no setor financeiro, para construir o rosto dos financiários e outros aspectos relevantes à categoria.
Fonte: Contraf-CUT