Casos vêm acontecendo em várias regiões do País e aposentados acabam tendo de migrar para outro banco
O banco Mercantil vem fechando agências em várias regiões do País e causando transtornos a clientes e usuários, especialmente aposentados, que em alguns locais passaram a ser atendidos pelo Itaú.
O fato já foi relatado também no Grande ABC, em Diadema e Santo André.
Na última terça, 1 de outubro, o problema foi reportado pelo jornal Estado de Minas, que produziu reportagem com foco em unidade de Belo Horizonte, na capital mineira.
No texto, o jornal retrata os transtornos causados aos aposentados.
Como consequência, a agência do Itaú começou a registrar lotação e longas filas.
Segundo a reportagem do Estado de Minas, não houve qualquer justificativa aos clientes sobre a mudança no atendimento.
Ainda de acordo com o jornal, “o Banco Mercantil esclareceu que a troca de instituições financeiras ocorreu devido ao fechamento da agência 299”, e que “o encerramento das atividades faz parte de um ajuste interno”.
“Não é de hoje que denunciamos o descaso do Banco Mercantil com funcionários e clientes, situação que tem se aprofundado nos últimos anos”, afirmou o coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil, Vanderci Antônio.
O mesmo problema foi denunciado na cidade de Jundiaí, interior de SP, em reportagem do dia 7 de setembro no Jornal da Região.
Na cidade de Taubaté, em SP, também ocorreram mudanças de migração dos benefícios previdenciários vindos do banco Mercantil e Bradesco, sobrecarregando os funcionários das agências que assumiram esses procedimentos e exigindo ação do sindicato local.
Na nossa região o Sindicato também acompanha os desdobramentos para exigir providências.
Afinal, além dos clientes e usuários, o fechamento de agências prejudica funcionários de outros bancos, que se veem sobrecarregados.
“É um verdadeiro desrespeito o que tem sido feito pelo Mercantil, que tem como público-alvo as pessoas acima de 50 anos”, apontou o coordenador da COE/BMB.
Problema generalizado – Infelizmente, este não é um problema apenas do Mercantil. Os bancos alegam adequação a uma nova realidade de ampliação da digitalização dos serviços bancários, mas, na prática, é redução dos custos para aumentar a rentabilidade e o lucro, em prejuízo de bancários, clientes e usuários.
Apesar disso, as tarifas seguem sendo cobradas, mesmo com as pessoas sendo penalizadas e às vezes até sem saber onde serão atendidas.
Fonte: Contraf-CUT, com edição