Sindicato participou do movimento pela preservação do local
O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico e Artístico e Turístico (Condephaat) decidiu pelo tombamento da área que abriga a Fábrica de Sal, em Ribeirão Pires. A decisão foi tomada na última segunda, 12, e ocorre após uma grande mobilização pela preservação do local, que marcou o ano de 2016. Várias entidades participaram dessa luta, entre elas o Sindicato dos Bancários do ABC.
A mobilização gerou tensão entre moradores locais e o Poder Público, representado pelo atual prefeito Saulo Benevides (PMDB), autor de projeto que previa a instalação de um shopping no lugar. A Fábrica de Sal parou de funcionar no final dos anos 1990, mas durante a segunda gestão da então prefeita Maria Inês o local foi transformado em complexo educacional. Em 2009, porém, a área correspondente à fábrica foi interditada por resquícios de contaminação de sal, o que propiciou a deterioração do espaço.
Para o diretor do Sindicato, Otoni Lima, que também é morador na cidade, o tombamento reflete a vontade da sociedade, que se empenhou pela defesa do espaço e enfrentou interesses econômicos e políticos que não correspondiam às suas necessidades e desejos. “Foi um movimento democrático que garantiu a preservação histórica e a apropriação do espaço público por seus legítimos donos, o povo”, avaliou.