Atividade reuniu diversas entidades e encaminhou reivindicações
Foi realizada ontem, 17 de junho, a 13ª edição da Caminhada de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa, organizada pelo Grupo de Articulação para Moradia de Idosos na Capital (Garmic) e a Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo (Abaesp).
O secretário jurídico do nosso Sindicato e diretor de Aposentados da Fetec-SP, Natalino Fabbrini Filho, participou do evento, ao lado de Antonio Marcelo Mendes Ribeiro (presidente da Abaesp) e Cícero Augusto (Abaesp), além de lideranças como Ernesto Izumi e Sergio Siqueira. Várias outras entidades integraram a atividade, como o Sindicato dos Bancários de SP.
O ato começou em frente ao Pátio do Colégio, no centro velho de SP, e a caminhada seguiu até a Prefeitura, onde foi entregue documento com as reivindicações da população idosa. Durante o mês de junho, no dia 15, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2011.
A caminhada teve como tema “Verbos que se encontram: cuidar e envelhecer”, com o objetivo de lutar por políticas públicas, moradia e segurança alimentar e nutricional para a população idosa. E ao mesmo tempo chamar a sociedade para um debate com o propósito de combater todas as formas de violência sofrida pela população idosa.
Junho Violeta - Apenas nos primeiros cinco meses de 2023 o Disque 100 recebeu mais de 47 mil denúncias que apontam para cerca de 282 mil violações de direitos contra os idosos. No ano passado os registros oficiais revelaram mais de 150 mil violações a partir de mais de 30 mil denúncias. Isso representa aumento 57% nas denúncias e de 87% nos registros de violações de direitos estatisticamente. Os números são do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
Em 2024, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), lançou a campanha “Junho Violeta – Liberdade Não tem Prazo de Validade”, em parceria com a Assessoria Especial de Comunicação Social (Ascom/MDHC), com o propósito de sensibilizar a sociedade sobre o enfrentamento à violência contra a pessoa idosa.
Para o diretor Natalino Fabbrini Filho são necessárias políticas públicas para o combate de todas as formas de violência contra os idosos. Ele ressaltou ainda a necessidade de uma reforma na previdência justa, bem diferente daquela ocorrida no governo Temer, que que aumentou as idades mínimas para aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.
“O mercado de trabalho para pessoas com mais de 50 anos já é escasso. Além disso, pessoas nessa faixa etária ainda ativas no mercado de trabalho encontram inúmeras barreiras para ascensão profissional e até para a manutenção de seus empregos, vez que a grande maioria das empresas está mais focada em trabalhadores(as) mais jovens, discriminando a pessoa idosa”, destacou.