Gheorge Vitti concedeu entrevista ao programa Repórter Diário TV na última sexta, 4
O presidente do Sindicato, Gheorge Vitti, concedeu na última sexta-feira, 4 de março, entrevista ao programa Repórter Diário TV, com os jornalistas Carlos Carvalho e Leandro Amaral e a participação do vereador de São Bernardo Júlio Fuzari (União Brasil). O ponto central da discussão foi a questão do atendimento bancário e a chamada “lei das filas”, já que a Câmara de São Bernardo havia aprovado, no dia anterior, projeto de lei de autoria do vereador que prevê advertências e multa a bancos que não atenderem clientes e usuários em no máximo 30 minutos.
O presidente do Sindicato explicou que as cidades do Grande ABC já contam com a legislação há vários anos, pois entre 2005 e 2007 houve grande cobrança do movimento sindical bancário para que fosse feita essa delimitação, lembrando que os bancos são concessão pública e devem ter responsabilidade com a sociedade. Em Santo André, inclusive, a lei é ainda anterior, de 1999. No entanto, destacou Gheorge, a falta de fiscalização, que deveria ser feita pelos municípios, torna a lei praticamente inócua, pois acaba por não ser respeitada na prática. “Melhor atendimento também passa por contratar mais bancários, criar dois turnos de trabalho, gerar emprego”, explicou. No entanto, os bancos vão na contramão, demitindo, fechando e transformando agências em unidades de negócios.
Somada à digitalização, a pandemia também criou um distanciamento físico dos clientes, e nesse cenário os bancos conseguiram economizar nada menos do que R$ 2,1 bilhões. Apenas no ano passado a categoria perdeu cerca de 10 mil bancários, o que na região representa uma carência aproximada de 2 mil trabalhadores, segundo Gheorge. Ele apontou que é necessário que exista vontade política da prefeituras e ações que envolvam vereadores, entidades sindicais, o consórcio regional das sete cidades e outros atores da sociedade civil, incluindo usuários e clientes, para cobrar responsabilidade dos bancos.
Já o vereador Fuzari disse que a lei anterior estava obsoleta e que seu projeto prevê multas de 15 salários em caso de descumprimento, 30 em reincidência e perda do alvará por 30 dias caso as multas não resolvam. O presidente do nosso Sindicato destacou ainda que é importante deixar claro que a culpa pela demora é do banqueiro, e não do bancário, pois também ele é vítima dessa situação.
O Sistema Financeiro Nacional (STF) e as transformações do trabalho bancário na era digital também foram abordados por Vitti. Para assistir à entrevista na íntegra acesse: