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Imprensa brasileira escondeu atos do Fora Bolsonaro. Mídia estrangeira destacou

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Com raras exceções, a cobertura dos atos foi superficial. E os jornalões ignoraram as manifestações para destacar assuntos alheios aos interesses da população 

29M matériasOs atos contra o presidente Jair Bolsonaro em todo o país neste sábado (29) tiveram pouco espaço na maioria da mídia comercial. E pouco espaço nos telejornais, ao contrário dos atos pelo impeachment da então presidenta Dilma Rousseff (PT), com cobertura ao vivo, em tempo integral. As manifestações realizadas ontem em mais de 200 localidades brasileiras, que acabaram com a Avenida Paulista lotada à tarde, ficaram de fora dos principais jornais. Exceto a Folha de S.Paulo, que deu foto na capa.

Já a imprensa estrangeira destacou os atos em páginas na internet, com muitas fotos, e também em seus canais no YouTube. A queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro em função da condução da pandemia, que já matou mais de 460 mil pessoas no país, e os trabalhos da CPI da Covid foram destacados também.

“A popularidade de Bolsonaro despencou durante a crise do coronavírus, que matou mais de 460.000 brasileiros enquanto o líder de extrema direita minimizava sua gravidade, descartava o uso de máscaras e lançava dúvidas sobre a importância das vacinas”, destacou a Agência Reuters. “Na capital Brasília e no Rio de Janeiro (os atos) foram pacíficos, mas na cidade nordestina de Recife, a polícia lançou gás lacrimogêneo e balas de borracha.”

A agência destacou também o encontro dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso no início de maio. “Uma demonstração pública de seu propósito comum de impedir que Bolsonaro ganhe um segundo mandato nas eleições presidenciais do próximo ano.”

Pressão sobre Bolsonaro

A BBCde Londres deu manchete sobre o Brasil: Manifestantes culpam Bolsonaro pela crise de Covid. “A popularidade de Bolsonaro despencou com sua resposta à pandemia. O Brasil registrou quase 460.000 mortes – o segundo maior número de mortes no mundo, depois dos Estados Unidos”. “Os protestos de sábado aumentaram a pressão sobre Bolsonaro enquanto o Senado do Brasil realiza um inquérito sobre a forma como seu governo lida com a pandemia e a lenta implantação do programa de vacinas, sem se preocupar com as consequências”.

 

A rede pública britânica ainda informou com detalhes o que vêm sendo apurado na CPI, como as ações do presidente para atrasar a compra de vacinas, inclusive desprezando contatos de fabricantes, como a Pfizer. E mesmo o Butantan, representante no Brasil da chinesa CoronaVac.

Responsabilidade de Bolsonaro

O canal Al Jazeera, do Catar, destacou as manifestações e as denúncias dos movimentos sociais sobre a responsabilidade de Bolsonaro na crise da covid-19. “O presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, está enfrentando uma investigação do Senado sobre a forma como seu governo está lidando com a pandemia”, informou a rede de TV.

 
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