Evento será realizado em 13 de maio em formato eletrônico
O Encontro Nacional das Mulheres Trabalhadoras do Ramo Financeiro, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), será realizado na quinta-feira (13). As mulheres bancárias tiveram um forte protagonismo na luta por direitos. Foram as primeiras a conquistarem uma cláusula específica para tratar da questão em convenção coletiva de trabalho. Posteriormente, a categoria conquistou também uma mesa permanente para tratar da questão de gênero e das questões identitárias.
“Tivemos importantes conquistas nessa última década como as ampliações das licenças maternidade e paternidade, direitos iguais para casais homoafetivos, dentre outros. Mais recentemente, conquistamos uma cláusula da convenção para tratar de da violência contra a mulher. É fundamental que as mulheres do ramo financeiro se organizem nesse momento tão difícil. As mulheres são as maiores vítimas da pandemia, com aumento das denúncias de violência doméstica. Vivemos um retrocesso em nossos direitos conquistados com esse presidente misógino, machista, responsável pelo caos que vivemos. Esse governo está acentuando as desigualdades.”, afirmou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis.
Desemprego
O peso do sustento das famílias carentes, maior para as mulheres, cresceu durante a pandemia, principalmente com o aumento do desemprego. “Nós, mulheres, que representamos mais da metade da população, sofremos com o desemprego e com o sustento da família. Caiu a participação de mulheres no mercado de trabalho a 45,8% no terceiro trimestre de 2020, o nível mais baixo desde 1990. Só no ano passado, foram registradas mais de 105 mil denúncias de violência domésticas contra as mulheres”, destacou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.
Participam do Encontro Nacional de Mulheres do Ramo Financeiro delegadas eleitas pelas federações. “Temos muito que debater nesse encontro nacional, até mesmo os avanços que as mulheres bancárias conseguiram no último período, com nosso movimento sindical garantindo que os bancos criassem canais de apoio às bancárias vítimas de violência doméstica. Como sempre, estaremos organizadas e pensando estratégias para conter todo o retrocesso que esse governo está tentando nos impor”, disse Elaine Cutis