Retrocessos afetam trabalhadores e clientes deste banco centenário
No próximo dia 12 de janeiro a Caixa Econômica Federal celebra seus 160 anos de fundação, no entanto, neste dia as “comemorações” serão transformadas em protestos pelo retrocesso e desmonte que o banco está passando prejudicando tanto os trabalhadores como os clientes desta instituição financeira fundada em 1861.
A Caixa, que apesar de ser o maior banco público da América Latina, tem seu lado social fundamental para os brasileiros pois é ela que centraliza as operações do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Programa de Integração Social (PIS) e Habitação popular (Programa de Arrendamento Residencial - PAR, Carta de Crédito, FGTS, entre outros). É agente pagador também do Bolsa Família, programa de complementação de renda do Governo federal do Brasil e do Seguro-desemprego. Atua ainda no financiamento de obras públicas, principalmente voltadas para o saneamento básico, destinando recursos a estados e municípios.
“Mesmo com a importância que a Caixa tem para o desenvolvimento do País, o que estamos vendo nos últimos anos é um desmonte deste banco patrocinado pelo atual governo representado hoje, pelo presidente da instituição, senhor Pedro Guimarães”, diz Jorge Furlam, diretor do sindicato e da Apcef/SP e membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.
Entre os vários retrocessos apoiados por Guimarães estão: A venda da Caixa Seguridade, a reestruturação imposta unilateralmente, a inserção do GDP na promoção por mérito, a não contratação de funcionários, a não renovação da CCV entre outros.
“Esse desmonte promovido pelo senhor Pedro Guimarães, patrocinado pelo governo federal, é um claro sinal da intenção de privatizar a Caixa e isso não podemos deixar. A nossa luta tem que continuar forte para que a instituição não deixe de ter seu papel social para todos os brasileiros, por isso, no dia 12, não vamos comemorar, e sim protestar contra todo esse retrocesso”, conclama Furlan.
Mobilização Nacional
No dia 28 de dezembro passado foi lançada a Campanha de Valorização dos Bancários(as) da Caixa que será finalizada no dia 12 de janeiro, data de aniversário do banco, com um Dia Nacional de Lutas, com mobilização e atividades em todo o País.
“É muito importante a participação de todos nessas atividades para mostrar a nossa indignação contra o retrocesso e dizer para todos que queremos uma Caixa forte em benefício de todos os brasileiros”, finaliza Furlan.
Participam da mobilização a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) e Sindicatos dos Bancários de todo o país.