Debates discutiram não só o futuro da categoria, mas de todos os trabalhadores do Brasil
Aconteceu neste fim de semana passado a 21ª Conferência Nacional dos Bancários. O evento, que reuniu mais de 600 representantes da categoria em São Paulo, debateu a atual situação do trabalhador bancário e a conjuntura política e econômica do País, além de definir estratégias e plano de ações para defender os direitos dos trabalhadores contra as reformas propostas pelo governo.
“Entre vários debates ocorridos na Conferência foi destacado a importância de manter a unidade da categoria, que é a única que possui uma convenção coletiva que engloba todo o País e, com isso, nos tornamos mais fortes par lutar em defesa dos nossos direitos”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato.
Mobilizações contra a Reforma da Previdência e contra a MP 881, que libera o trabalho aos sábados e domingos e feriados; em defesa da unidade da categoria bancária e da mesa única de negociação, em defesa da saúde, da soberania nacional, em da liberdade de imprensa e apoio ao jornalista Glenn Greenwald, pela apuração dos mandantes da morte de Marielle Franco, em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, que é um preso político e não teve julgamento justo; foram algumas das resoluções aprovadas na Conferência. “Além dessas resoluções, nós definimos também o calendário de lutas e a participação nas atividades das centrais sindicais (Veja abaixo)”, completou Belmiro.
Moções
As moções aprovadas tratavam da defesa da Amazônia e um modelo de desenvolvimento com Justiça Ambiental, contra a Polícia de São Paulo e o governador do Estado João Dória, pela derrota das políticas do governo Bolsonaro, que são prejudiciais ao povo brasileiro; pela soberania nacional, em repúdio a tortura e seus defensores, contra o uso de agrotóxico e em defesa da vida, em defesa da democracia, contra a prisão de Preta Ferreira e os outros cinco militantes do movimento de moradia, pela cota mínima de mulheres, com inclusão de pelo mens 30% quando forem definidas as liberações de dirigentes dos seus locais de trabalho para a atuação sindical, e pela liberdade imediata do companheiro Daniel Ruiz.
Calendário
Os delegados e delegadas da 21ª Conferência Nacional dos Bancários aprovaram a participação nas atividades do calendário de luta das centrais sindicais, como as manifestações contra a reforma da Previdência (6/8) e em defesa da Educação (13/8).
Banco do Brasil
9/8 – Dia Nacional de Luta contra a reestruturação
22/8 – Dia de Luta pela Cassi
Setembro – Plenária e atividades em locais de trabalho em defesa da Cassi
Encontro Nacional sobre a Cassi
Abaixo-assinado contra a cobrança de 1/24 avos acumulado e aumento da coparticipação na Cassi
Caixa
Campanha Nacional de defesa do Saúde Caixa para todos
Conversar com os parlamentares defendendo a aprovação do PDC 956/2008 da deputada Érica Kokay, que susta a resolução 23 da CGPAR
14/8 – Atos pelo Saúde Caixa
4/9 – Atividades contra a reestruturação e em defesa do Saúde Caixa
Campanha contra o fechamento de unidades envolvendo a população das agências afetadas
Audiência Pública em todos os estados e municípios em defesa dos bancos públicos
7/10 – Apoiar a luta pela moradia
Aproveitar o público que está indo às agências da Caixa para sacar o FGTS e fazer campanhas em defesa dos bancos públicos e do FGTS
Valorização da Diversidade
Durante a 21ªConferência Nacional dos Bancários, a secretaria de Políticas Sociais da Contraf-CUT apresentou a Campanha de Valorização da Diversidade. A proposta é uma conquista da categoria bancária durante as mesas de negociação com a Fenaban e tem o objetivo de criar agentes da diversidade nos locais de trabalho e na sociedade para combater a discriminação e promover atitudes inclusivas e oportunidades igualitárias. A Campanha acontece ao mesmo tempo em que é aplicado o 3º Censo da Diversidade.
Para que a atuação dos agentes da diversidade seja efetiva, foi criada uma carta de compromisso, que determina as responsabilidades do agente:
- Promover o respeito à diversidade e a cultura de paz, para a construção de um ambiente mais saudável, democrático e pacífico
- Combater toda e qualquer forma de discriminação contra as mulheres, negros, LGBT+, imigrantes, jovens, idosos e pessoas com deficiência.
- Combater a intolerância religiosa e política.
- Não ter, nem participar de atitudes e/ou fala machistas, racistas, LGBTfóbicas, xenofóbicas, de cunho discriminatório contra pessoas com deficiência, geracional e nem de intolerância religiosa.
- Defender a igualdade salarial entre homens, mulheres, brancos e negros.
- Não cometer assédio moral ou sexual.
- Defender a acessibilidade para pessoas PCD
- Respeitar o nome social e identidade de gênero das pessoas travestis e transexuais.
- Resolver os conflitos com base no diálogo e no respeito.
- Não silenciar diante dos casos de assédio sexual ou violência doméstica e denunciá-los aos órgãos competente.