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Sindicatos apontam demissões da Latam como resultado da 'reforma' trabalhista

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Companhia divulgou na semana passada que 1,3 mil de seus funcionários serão substituídos por terceirizados. Entidades e trabalhadores alertam para a precarização dos serviços

Sindicalistas do setor aéreo asseguram que as demissões dos trabalhadores da Latam nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, são reflexo do desmonte da legislação trabalhista causado pela “reforma” de Michel Temer. De acordo com as entidades representativas dos trabalhadores, a terceirização, que será empregada pela Latam para substituir os 1.300 funcionários dispensados, irá afetar a qualidade dos serviços prestados aos viajantes.

Na terça-feira da semana passada (21), a Latam confirmou, em nota à imprensa, a Orbital/WFS como a nova prestadora de serviços e afirmou que os trabalhadores terceirizados iniciariam as atividades na primeira semana de setembro. No entanto, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, o dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac-CUT) Orisson de Souza Melo afirmou que alguns destes trabalhadores já estão exercendo atividades sem equipamentos de segurança exigidos.

"Essa empresa que foi contratada pela Latam já começa antes de iniciar efetivamente o contrato a colocar os trabalhadores para trabalhar sem EPI (equipamento de proteção individual), o mínimo de segurança possível", aponta Melo. Os trabalhadores demitidos destacam ainda que a companhia área agiu com pouca transparência e de forma "desrespeitosa" por mascarar os planos de demissão em massa que estavam em curso.

As entidades sindicais conseguiram, em negociação com a empresa na sexta-feira (24), algumas garantias aos trabalhadores, como a extensão por um período de seis meses do vale-alimentação e do plano de saúde. "Conseguimos alguns benefícios no sentido de abrandar. Abrandar porque o que ocorreu é, na prática, o que a reforma trabalhista veio fazer, que é precarizar (as relações de trabalho)", disse o dirigente da Fentac-CUT.

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