Bancários aguardam por contraproposta decente e índice de reajuste que contemple suas necessidades
A nona rodada de negociação com a Fenaban, ontem (23), se estendeu até tarde e acabou sendo suspensa para ser retomada nesta sexta, 24.
Os bancos recuaram da proposta de retirar o pagamento integral da PLR para trabalhadoras em licença-maternidade e mantiveram as cláusulas sobre pagamento de salário substituto e adicionais de insalubridade e periculosidade.
Mas não apresentaram índice de reajuste compatível com as necessidades e reivindicações da categoria.
A proposta anterior, recusada pelos representantes bancários, contemplava apenas o reajuste com base na variação do INPC-IBGE acumulado.
Depois, ofereceram 0,5% de aumento real, mas mexendo em cláusulas da convenção coletiva, o que também não foi aceito, já que a luta é pela manutenção e ampliação de direitos.
Além da Fenaban, Banco do Brasil e da Caixa também voltam a debater questões específicas assim que for concluída essa fase de negociações com a federação dos bancos.
“Nós estamos na décima rodada de negociação com a Fenaban. Queremos conversar e chegar a um desfecho favorável para a categoria, que segue alerta e pressiona para evitar a retirada de direitos, como ocorreu com o caso da PLR das mulheres em licença-maternidade. Essa é uma campanha atípica e difícil, por conta da reforma trabalhista, mas se os banqueiros não nos oferecerem uma contraproposta decente estarão nos empurrando para a greve”, aponta Belmiro Moreira, presidente do Sindicato.
Ele destaca que a mobilização é nacional e que, especificamente na região do Grande ABC, já atingiu centenas de agências e milhares de bancários com as atividades que vêm sendo promovidas quase que diariamente pelo Sindicato.
Foto da home: Júlio César Costa / Contraf-CUT