Trabalhadores do banco exigem proposta e se reunirão no dia 8 em assembleia para avaliação
A Caixa Econômica Federal não apresentou propostas para as reivindicações dos empregados durante a mesa de negociação com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) realizada nesta quinta-feira (2), em São Paulo. Todos os itens discutidos foram norteados pela cobrança da manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados do banco.
A mesa de apresentação de proposta do banco foi marcada para o dia 7, na sequência da esperada mesa de negociação entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com o Comando Nacional dos Bancários. No dia 8, os bancários de todo o País realizarão assembleias para avaliação da contraproposta, que deve ser apresentada pela Fenaban no dia 7.
PLR e PLR Social - Os empregados cobraram a garantia da PLR e da PLR Social. Para o movimento sindical é inadmissível que o acordo não abranja a todos, resguardando contra os abusos da nova lei trabalhista. O objetivo é manter conquistas históricas e não restringir direitos, mas ampliá-los.
Saúde Caixa - A Caixa afirmou que irá aplicar a resolução 23 da CGPAR e não garantiu a manutenção do modelo Saúde Caixa da forma em que foi criado. O Saúde Caixa é conquista da greve de 2003.
Contratações e Vedação do Descomissionamento de Gestantes - A CEE cobrou da Caixa o fim dos descomissionamentos de gestantes e a contratação de mais empregados, já que a regra do banco para os descomissionamentos é omissa. O objetivo é obter vedação para não descomissionamento da gestante e a segurança de que após a volta ao trabalho ela possa ter mais 6 meses de garantia para não ter o descomissionamento da função. As contratações também são urgentes, vez que a situação de sobrecarga de trabalho nas agências é muito preocupante. O banco não apresentou proposta para ambas as reivindicações e indicou a possibilidade de contratar terceirizados para atividade fim.
Bancário Temporário - A revogação do RH 037 mais uma vez esteve em pauta na mesa de negociação, porém, novamente a resposta da Caixa foi negativa à reivindicação. O normativo, que passou por atualização em agosto de 2017 para se adequar à Lei da Terceirização, permite a contratação de trabalhadores temporários sem qualquer vínculo empregatício com o banco, por meio de empresas que fornecem mão de obra terceirizada, para a realização de tarefas de técnico bancário.
Os empregados também discutiram sobre a criação de um programa de tratamento para dependentes químicos. Foram apresentados todos os pontos discutidos no último Conecef, como: a defesa da Caixa 100% pública, nenhum direito a menos e saúde e condições de trabalho sem respostas do banco.
A Comissão Executiva da Caixa marcou uma reunião com o banco no dia 7 para apresentação de uma proposta. Os empregados esperam que a proposta seja de fato apresentada, para que seja avaliada junto com a da Fenaban nas assembleias que ocorrerão em todos os sindicatos do País no dia 8.
Fonte: Fenae, com edição