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Bancários querem trabalhar em paz

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Bancos são um dos setores que mais adoecem seus empregados: são responsáveis por apenas 1% dos empregos no Brasil, mas 5% dos afastamentos por doença

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Trabalhar em banco não pode fazer mal para a saúde. Mas atrás da aparência de tranquilidade nas agências e nos departamentos, se esconde uma rotina estressante de pressão por metas absurdas, desrespeito, assédio moral, sobrecarga de trabalho.

Saúde e condições de trabalho são os temas da pauta da terceira rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban), nesta quinta-feira (19), em São Paulo.

A categoria, que atua num dos setores mais pujantes da economia nacional, é uma das que mais se afasta em função de doenças relacionadas ao trabalho.

Para dar uma ideia do tamanho deste problema, basta mencionar um dado do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho: entre 2012 e 2017 os bancos foram responsáveis por apenas 1% dos empregos criados no país, mas por 5% dos afastamentos por doença.

Esse dado demonstra que a política de gestão das instituições financeiras com pressão e metas abusivas tem de mudar. Seis por cento do total de recursos utilizados em benefícios para afastados por doença relacionada ao trabalho, entre 2012 e 2017, tiveram relação com problemas de saúde dos bancários. Quando um ser humano adoece por causa do seu trabalho já é muito ruim, e isso é agravado pelo grande prejuízo social diante do impacto para o sistema previdenciário. 

A complementação salarial para afastados e a comissão permanente de saúde, de 1997; a licença-maternidade de 180 dias, de 2009; o instrumento de combate ao assédio moral, de 2010; a proibição da publicação do ranking de performance, de 2011; a proibição de envio de mensagens com cobranças por metas, para os celulares dos bancários, em 2013; cláusula específica de combate ao assédio moral, em 2014; mesas específicas de debate entre bancos e representantes dos trabalhadores para reduzir as causas de adoecimento, de 2015; a licença-paternidade de 20 dias em 2016, são algumas importantes conquistas da Campanha Unificada.

Fonte: Contraf-CUT

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