Bancária não atuou um dia sequer nessa função nos últimos meses
O Banco do Brasil destacou na última semana, em sua agência de notícias, como caixas nas Plataformas de Suporte Operacional (PSOs) têm colaborado com a venda de produtos nos guichês, uma prática adotada desde novembro passado, com a reestruturação. Segundo a publicação do BB, com isso foram ofertados quase R$ 62 milhões em crédito. A prática é rechaçada pelo Sindicato, porque vender não é função de caixa, e configura acúmulo de função.
A matéria publicada também pressiona os funcionários ao destacar que uma bancária de São Paulo, lotada em unidade de agência, figura entre as melhores vendedoras. Nos comentários da publicação, porém, colegas observaram que a bancária citada não havia atuado como caixa um dia sequer nos últimos meses, mas sim em outro ambiente, e em condições que propiciaram esse resultado.
Ranking - “Essa funcionária não atuou como caixa, e certamente quem atuou fez poucas ou nenhuma venda por conta da demanda de atendimento. As agências estão superlotadas com o sucateamento imposto pelo banco, que não contratou mais funcionários; ou seja, as funções se acumularam, o BB ganhou mais e os trabalhadores ficaram sobrecarregados e com maior risco de adoecimento”, aponta o diretor sindical Otoni Lima.
Há ainda denúncias relatando que, embora a meta de venda seja designada de forma genérica para cada unidade, à medida que os bancários realizam as vendas elas são publicadas, informando o colega que ajudou a cumpri-la. Ou seja, há uma divulgação individual dos resultados em ranking para todos os vinculados às PSOs, prática que também é rechaçada pelo Sindicato e deve ser combatida por configurar assédio moral e constrangimento.
Denúncias sobre essas e outras orientações que podem representar assédio devem ser encaminhadas ao Sindicato, pelo canal de denúncias do site (http://bancariosabc.org.br/index.php/denuncie) ou Whatsapp 11 99798-4732.
Fonte: Seeb ABC, com Redação
Charge da home: Márcio Baraldi