Mulheres vão denunciar retirada de direitos e que “eleição sem Lula é fraude”
Mais uma vez, uma onda feminista ocupará as redes e as ruas das cidades no Brasil e no mundo, no próximo 8 de março, “Dia Internacional da Mulher”, que celebra a luta das mulheres por direitos e alerta a sociedade sobre os graves problemas que impactam a vida das mulheres em todo o planeta.
Nos Estados Unidos e em diversos países da Europa e da América Latina elas farão greve do trabalho não remunerado. Nenhuma mulher vai cozinhar, nem lavar louça e muito menos passar roupa em forma de protesto, para denunciar a violência contra as mulheres e, sobretudo, a desigualdade econômica e o impacto das políticas de ajuste em suas vidas.
No Brasil, a CUT e diversos movimentos de mulheres, feministas e populares estão organizando, nos principais estados e cidades, uma Jornada de Luta das Mulheres em Defesa da Democracia e dos Direitos.
Com encerramento no dia 1º de Maio, a Jornada tem como principais desafios mobilizar e dialogar com as mulheres e população em geral, para além do dia 8 de Março. A ideia é denunciar o retrocesso dos direitos sociais e trabalhistas que impactam principalmente as mulheres, o avanço do conservadorismo, o desmonte das políticas públicas, o aumento da violência contra as mulheres e a dura perseguição e condenação, sem provas, do ex-presidente Lula.
“Estamos vivendo um estado de exceção desde o golpe, em 2016. Com apoio do capital, de uma parte da justiça, da mídia e do empresariado, uma presidenta eleita democraticamente foi impedida de governar o País por um crime que ela não cometeu. Depois que o ilegítimo e golpista Michel Temer assumiu o cargo a classe trabalhadora só perdeu direitos, principalmente as mulheres”, destacou a secretária Nacional da Mulher Trabalhadora, Junéia Martins Batista.
Sobre as medidas do governo ilegítimo, como a aprovação da terceirização irrestrita, da reforma trabalhista, da Emenda Constitucional (EC 95), que congela investimentos em direitos básicos, como saúde e educação, e as ameaças de reforma da Previdência e aprovação da PEC 181, que proíbe qualquer possibilidade de aborto no País, inclusive o aborto legal, permitido desde 1940, a secretária alertou que não se pode calar. "Iremos ocupar as ruas e redes durante o período da Jornada, especialmente no dia 8, para denunciar todos os tipos de violência e o descaso desse governo com a vida das mulheres”. Ela finaliza dizendo: “Ter Lula presidente do Brasil em 2019 nos faz ter esperança. Como ele mesmo já disse, é fundamental essas medidas serem revogadas e o nosso País voltar a ser feliz”.
Mobilização CUTista em outros estados - Trabalhadoras dos estados da Paraíba, Rondônia, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo já estão organizando atos, debates locais, rodas de conversa, diálogo nos bairros e locais de trabalho para o período da jornada de Luta das Mulheres em Defesa da Democracia e de Direitos. Para a Jornada, está programada uma caravana que irá percorrer a capital e cidades da Grande São Paulo e interior, com rodas de conversas, seminários, formações e atividades culturais para alertar as mulheres sobre os direitos perdidos desde que Michel Temer (MDB) tomou a Presidência por meio de um golpe.
Fonte: CUT