Em meio a um novo processo de reestruturação promovido pelo Banco do Brasil, intitulado Programa de Adequação de Quadros, diversos bancários receberam, na sexta-feira 12, pedido de informação sobre supostas fraudes ou falhas em serviços ocorridos em 2013 (Processos Gedip). O banco exigiu da Rerop – área de segurança responsável pelo procedimento – a abertura, a toque de caixa, de todos os processos, necessitando inclusive de realização de horas extras. Segundo funcionários da área, nunca houve tanta urgência nas demandas e sobrecarga de trabalho.
Os pedidos foram feitos de forma massificada e voltados aos bancários lotados nas redes de atendimento, e o momento não poderia ser menos oportuno: em meio a uma reestruturação que demanda nomeações em outros prefixos. Caso o banco não acate a resposta do colega sobre a questão investigada, o processo segue para nova fase, o que implica na impossibilidade de nomeação para cargos. O público atingido pelos pedidos de informações sobre possíveis fraudes ou falhas envolve o segmento de gerentes, caixas e assistentes da área negocial. Justamente o público alvo da restruturação, e que, conforme instruções do banco, necessita de concorrência ou nomeação para conseguir o deslocamento para nova unidade.
Embora o banco tenha afirmado que a restruturação não irá gerar descomissionamentos, foi criado clima de insegurança nos locais de trabalho, e muitos não acreditam nas declarações do banco de que não serão afetados, pois vários colegas não foram nomeados acompanhando suas carteiras, como prometido. Para o movimento sindical a abertura dos processos parece mais uma das traquinagens do ‘Caffarochio’: inventar impedimentos para nomear colegas, criando justificativas para não nomeação e consequente redução de salários.
O Sindicato acompanha a nova reestruturação do BB e todas as medidas que podem lesar os funcionários. Caso o bancário se sinta prejudicado, deve entrar em contato pelo WhatsApp (11 99798-4732). O sigilo é garantido.
Resposta – A Dipes informou que não se trata de processo orquestrado pelo banco e que a abertura dos processos ocorreu de forma regulamentar. Questionada sobre a possibilidade de a ação acarretar em prejuízo ao bancário, alegou que caso ocorram problemas nas nomeações e realocações dos bancários a situação será avaliada e solucionada pontualmente.
Fonte: Seeb SP, com edição
Arte na home: Márcio Baraldi