Bancários avaliam estratégias e discutem plano de lutas
O Comando Nacional dos Bancários se reuniu ontem (12), para fazer um balanço de todas as atividades realizadas em 2017. A reunião contou com a presença de todas as forças sindicais, que debateram um calendário de luta e reuniões para 2018.
O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) abriu o debate com uma apresentação sobre a atual situação do emprego bancário no País. Segundo análise, o total de bancários retornou ao nível de 1996, fechando o ano em 486 mil bancários, depois de 11 anos consecutivos de crescimento (de 2001 a 2012).
Os bancários discutiram o calendário de luta em defesa do emprego, dos direitos, da democracia, dos bancos públicos e do movimento sindical, além de debater ações de resistência. A proposta de agenda será levada para os sindicatos e federações e definida até 31 de janeiro de 2018.
A Campanha Nacional em Defesa do Emprego e dos Direitos, realizada ao longo do ano, foi avaliada de forma positiva pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten. “Encerramos o ano animados. Felizmente, as nossas mobilizações tiveram produtividade e junto com outras categorias e centrais sindicais conseguimos brecar algumas reformas, postergar votações e, mesmo em cenário de golpe, trazer alento e esperança para os trabalhadores bancários”, afirmou, acrescentando que também foi abordada a "entrega do Termo de Compromisso à Fenaban, no qual exigimos salvaguardas contra a ultratividade das cláusulas, a não validação de acordos individuais seja por qualquer tema ou condição, e a não contratação usando formas atípicas e precárias”, declarou o presidente da Contraf-CUT.
O encontro analisou ainda as negociações com a Comissão Bipartite. “Foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2011 e está prevista na Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários – CCT 2016/2018. Essas mesas são um importante espaço de debates sobre Saúde no Trabalho, Segurança Bancária, acompanhamento da Cláusula de Prevenção de Conflitos e combate às discriminações nos bancos através da promoção da Igualdade de Oportunidades”, explicou.
Também participaram da reunião os coordenadores da Comissão dos Empregados do Itaú (COE) e da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE) da Caixa.
Para Osten, o Comando Nacional encerra o ano com otimismo. “Verificamos a imensa quantidade de lutas desse ano, tanto no calendário do Comando quanto nas mesas temáticas, COE e CEE. A avaliação geral é de um ano muito duro, de intensa mobilização, no qual o Comando teve um papel muito importante para os enfrentamentos. Fechamos o ano com a certeza da nossa capacidade de luta para o ano que vem”, finalizou.
Fonte: Contraf-CUT