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BB: com atraso nas consultas por telemedicina, banco ainda divulga novo manual contra covid-19 que ignora recomendações de segurança

Banco do Brasil
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Descaso coloca em risco bancários e seus familiares e clientes e usuários do banco


BB TelemedicinaA direção do Banco do Brasil divulgou novo manual de segurança contra a covid-19 na última terça-feira (4), sem qualquer discussão com os representantes dos trabalhadores. Esse descaso se soma às denúncias já comprovadas de atraso extremo para atendimento na telemedicina da Cassi, criando um cenário de alto risco na saúde para os bancários e seus dependentes.

 “Ao mesmo tempo em que altera as regras para o combate à covid-19 o bancário do BB fica sem respostas para atendimento ágil na Cassi, que se molda ao que o banco quer”, aponta o diretor sindical Otoni Lima. O BB já vinha descumprindo as medidas previstas no manual anterior, produzido com base nas reivindicações das trabalhadoras e dos trabalhadores e acordado junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) no âmbito federal.

Um dos pontos de segurança excluídos pelo banco neste novo manual é o que estabelece o encerramento de unidades e dispensa de trabalhadores para fins de higienização das dependências, quando confirmada a contaminação de um funcionário nas últimas 72 horas. Esse protocolo, em especial, foi um dos pontos discutidos exaustivamente com o movimento sindical no início de novembro, durante debates para garantir o máximo de segurança no processo de retorno ao trabalho presencial.

“No momento em que o País volta a registrar o aumento de casos de covid-19 e, agora, de epidemia cruzada com a gripe provocada pela H3N2, o banco, de forma unilateral, divulga um novo protocolo retirando medidas de segurança baseadas na ciência, aumentando os riscos de contaminação e de transmissão entre os funcionários e os clientes”, afirma o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Testes regulares, sem burocracia - Para o diretor sindical Otoni Lima o banco deveria agilizar o acesso a testes regulares de covid-19 e gripe, deixando de lado qualquer burocracia para priorizar a vida. “Os testes deveriam ser feitos normalmente, sem necessidade de consulta ou pedido médico. Da mesma forma o afastamento deveria ser automático em caso de suspeita de contaminação, protegendo a vida de bancários, clientes e usuários”, avalia.

Segundo o coordenador da CEBB o movimento sindical está acionando o MPT diante do descaso do banco e da decisão unilateral em mudar os protocolos de segurança. Também continua a pressão para garantir aos trabalhadores segurança por meio do trabalho remoto.

Denuncie - O aumento de casos de covid-19 já é realidade no banco em vários estados. O Sindicato segue monitorando os locais de trabalho e alertando os bancários, que devem denunciar inclusive casos em que gestores se recusam a tomar as medidas devidas para proteção de todos. Aqueles que sentirem seus direitos ameaçados podem entrar em contato imediatamente. O sigilo é garantido.

Redação, com informações da Contraf-CUT

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