Área restrita

Em mensagem enviada no último dia 23 de dezembro aos funcionários, o presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, anunciou mudanças na estrutura organizacional do banco. Pedro Coutinho não é mais o vice-presidente executivo comercial. Ele foi substituído por Juan Moreno, que era vice-presidente da Banca Comercial do Santander México.

Juan Moreno, que está no Grupo Santander desde 1997, ficará responsável pela Rede Comercial, Universidades e Canais, reportando ao vice-presidente executivo sênior de varejo, Conrado Engel.

Pedro Coutinho foi nomeado para a recém-criada Vice-presidência Executiva de Desenvolvimento de Novos Negócios, que reportará diretamente ao presidente do Santander.

Expectativas

A saída de Pedro Coutinho abre a possibilidade de mudança na gestão do banco. Esse modelo baseado em demissões, rotatividade, falta de funcionários, cobrança de metas abusivas, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento não serve e só tem piorado as condições de trabalho e o atendimento aos clientes.

O Santander foi o banco que mais cortou postos de trabalho nos primeiros nove meses de 2013, fechando 3.414 empregos, conforme análise do Dieese. Pioraram até os serviços de limpeza, uma vez que muitas agências passaram a ter somente algumas horas de faxina por dia. Essa redução de custos é ruim para o atendimento, o desempenho e a imagem do banco. Não é à toa que o Santander foi o banco que liderou no ano passado o ranking mensal de reclamações de clientes no Banco Central.

Fonte: Contraf-CUT

Estão abertas as inscrições até o próximo dia 24 de janeiro para o Programa de Bolsas de Graduação de 2014 do Santander, que se destina aos funcionários que estão cursando ou desejam iniciar a primeira graduação de nível superior. O auxílio-educação é de até 50% do valor da mensalidade, limitado a R$ 442,80 por mês, no total de até 2.500 bolsas.

O direito está previsto na cláusula nona do acordo aditivo do Santander 2012/2014 à convenção coletiva, assinado no dia 11 de setembro de 2012 entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos com a direção do banco espanhol, em São Paulo.

Conforme o aditivo, as bolsas foram reajustadas este ano pelo reajuste de 8% conquistado pela categoria na Campanha Nacional 2013, passando de R$ 410 para R$ 442,80. No ano passado não houve correção do valor.

Quem tem direito

Para participar, é preciso ser funcionário do Santander há mais de 4 meses e estar cursando a primeira graduação, em curso reconhecido pelo MEC, com no mínimo 2 anos de duração.

Se o número de inscritos for maior que o de bolsas disponíveis, serão aplicados critérios de desempate, como menor salário, maior tempo de empresa e maior número de filhos.

Como se inscrever

As inscrições podem ser feitas em Intranet > As Pessoas > Portal RH > Benefícios > Reembolso > Solicitar Reembolso > Bolsa Graduação > Solicitar Bolsa. 

Os inscritos receberão retorno da área de Recursos Humanos do Santander até o dia 29 de janeiro, informando se a bolsa foi aprovada.

Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato com o Fale com o RH em Intranet > As Pessoas > Portal RH > Autoatendimento > Fale com RH ou pelo telefone (11) 3012-3456, opções 2 > 4.

Os interessados devem manter o cadastro no Portal RH atualizado, em Intranet > As Pessoas > Portal RH > Autoatendimento > Atualize seus dados > Atualize seus dados pessoais.

Confira o que diz a cláusula nona do aditivo:

Serão concedidas aos empregados do SANTANDER e das empresas listadas na Cláusula Abrangência deste Acordo Coletivo, até 2.500 (duas mil e quinhentas) bolsas de auxílio estudo, em valor correspondente a 50% da mensalidade, limitada a R$ 410,00 (quatrocentos e dez reais) cada, até o mês de dezembro de 2013. A partir de janeiro de 2014 o limite de R$ 410,00 (quatrocentos e dez reais) será corrigido de acordo com o índice de reajuste salarial definido na CCT de 2013/2014.

Parágrafo primeiro A concessão se dará a partir do mês de fevereiro de 2013 para o ano letivo de 2013 e a partir de fevereiro de 2014 para o ano letivo de 2014.

Parágrafo Segundo Serão garantidas 12 (doze) parcelas podendo, a critério do aluno, optar por 11 (onze) mensalidades mais a matricula ou 12 (doze) mensalidades.

Parágrafo Terceiro As regras que regulamentarão a concessão das bolsas de auxílio estudo serão definidas entre as partes, ficando já acertado, os seguintes parâmetros: empregados com pelo menos 04 (quatro) meses de contrato de trabalho, destinadas, exclusivamente, à 1ª graduação em nível de Bacharelado e Licenciatura e critérios de desempate, tais como: empregado já contemplado com a bolsa no ano anterior, menor salário, tempo de contrato no Banco e/ou nas empresas listadas na Cláusula Abrangência deste Acordo Coletivo e números de filhos.

Parágrafo Quarto Os cursos abrangidos pela presente cláusula e parágrafo terceiro são: Administração de Empresas, Marketing, Ciências Contábeis, Tecnologia da Informação, Economia, Direito, Comércio Exterior e Matemática. Além dos cursos específicos de Gestão de Sistema da Informação, Gestão de Tecnologia da Informação e Propaganda e Marketing, sendo estes últimos três citados, caracteristicamente, com formação em nível de Tecnólogo.

Parágrafo Quinto Ficam convalidadas as regras para concessão das bolsas auxílio estudos do exercício de 2012, para o exercício de 2013, sendo que a concessão não será automática, devendo o empregado interessado se inscrever quando tiver interesse e as inscrições forem disponibilizadas.

Fonte: Contraf-CUT

Protesto integra Dia Nacional de Luta pelo fim das demissões e melhores condições de trabalho

Os bancários retomaram nesta quinta (19) as paralisações no Santander. No Grande ABC as manifestações atingiram três agências da região central de São Bernardo (duas na rua Marechal Deodoro e uma no Paço Municipal) e uma de Diadema (Praça da Moça). A reivindicação é por melhores condições de trabalho, fim das demissões e metas abusivas e contra o assédio moral, em especial na regional de São Bernardo, que desloca funcionários para trabalhar em São Paulo, cobra metas para caixa, permite o assédio moral e persegue trabalhadores adoecidos. “Também promove demissões e não concede o benefício da folga no aniversário do bancário, conquista garantida na convenção da categoria” afirma o presidente do Sindicato, Eric Nilson.

Os motivos da atividade no Santander foram esclarecidos à população e clientes em boletins distribuídos pelo Sindicato. O banco teve lucro de R$ 4 bilhões e abriu agências para clientes de alta renda (Select), mas para muitos de seus funcionários restou apenas a demissão e a cobrança: em um ano foram demitidos 4 mil e eliminados 1.124 postos de trabalho no Brasil. “Os bancários estão estressados. Há muitos tomando remédios tarja preta, outros afastados porque adoeceram no trabalho; o quadro de pessoal das agências está reduzidíssimo”, explica Eric.Com isso, fica naturalmente prejudicado o atendimento a clientes e usuários, levando o Santander ao primeiro lugar no ranking de reclamações do Banco Central. “Reivindicamos mudanças na gestão do banco e vamos continuar realizando manifestações enquanto essa situação não for resolvida”, finaliza o presidente do Sindicato.

Nacional – A atividade realizada no Grande ABC integra o Dia Nacional de Luta no Santander, que nesta quinta promove paralisações e protestos em todo País contra o descaso do banco espanhol com o emprego e as condições de trabalho. As condições oferecidas e as demissões promovidas são totalmente injustificáveis, já que o lucro do Santander no Brasil representa 24% do lucro mundial da empresa, o maior resultado entre todos os países em que atua.

santander_sbc-1912    

O Santander se negou a suspender a implantação das mudanças unilaterais feitas nos planos de saúde dos funcionários, com exceção da Cabesp, durante apresentação realizada nesta terça-feira (17) para uma comissão de dirigentes sindicais, em São Paulo. As alterações entraram em vigor em novembro e terão impacto sobre cerca de 2.200 aposentados e aproximadamente 3.400 demitidos (que podem ficar até dois anos nos planos após o desligamento) a partir de janeiro de 2014.

Conforme os representantes do banco, o modelo anterior (vigente até outubro) previa que aposentados e demitidos pagavam custo médio por pessoa, independente da idade.

O novo modelo, implementado sem qualquer negociação com as entidades sindicais, estabelece que aposentados e desligados passam a contribuir, através da implantação da cobrança por faixa etária, com subsídio do banco por cinco anos, assumindo o custo integral em 2018.

Os dirigentes sindicais criticaram as mudanças, lembraram que o banco havia assumido compromisso de negociar com o movimento sindical antes das medidas entrarem em vigor e salientaram que a Resolução Normativa 279 da ANS não obriga a cobrança por faixa etária.

"Essas mudanças aumentarão, e muito, os custos sobretudo para os atuais e os futuros aposentados e, por isso, certamente inúmeros colegas não terão condições financeiras de arcar com os novos valores e permanecer nos planos, mesmo tendo dedicado anos e anos de trabalho para o crescimento do banco, ficando desprovidos dos benefícios dos planos na velhice, justamente quando a assistência médica é mais necessária para a saúde das pessoas", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Apesar da reivindicação feita pelas entidades sindicais na última reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), ocorrida no dia 27 de novembro, os representantes do banco não forneceram cópia dos contratos dos planos nem dos estudos atuariais que embasaram os novos valores.

"Apesar da negativa do Santander, reiteramos a necessidade de suspender as mudanças e garantir acesso às informações sobre os planos de saúde, pois é inaceitável que o banco altere o atendimento à saúde para reduzir custos e aumentar ainda mais os seus lucros", conclui Ademir.

Também participaram da apresentação sobre os planos de saúde o diretor da Fetec-CUT/SP, Isane Pereira, o diretor da Fetraf RJ-ES, Paulo Garcez, o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Wagner Cabanal, o diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Orlando Pucceti, e o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes.

Atividade é pelo fim das demissões e por melhores condições de trabalho

Nesta terça-feira (17), os bancários de duas agências do Centro de São Bernardo do Campo e a da Praça da Moça em Diadema paralisaram suas atividades em protesto às péssimas condições de trabalho, pelo fim das demissões, contra o assédio moral e pelo fim das metas abusivas. “A situação nas agências está cada vez mais insustentável, diante da enorme falta de funcionários, das metas abusivas e do assédio moral, principalmente na Regional de São Bernardo do Campo, que desloca funcionários para trabalhar em São Paulo, cobra metas para caixa, comete assédio moral, persegue trabalhador adoecido, demite e não concede o benefício da folga no aniversário do bancário”, disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e funcionário do banco.

Durante a paralisação os bancários distribuíram material para a população explicando os motivos da atividade. “O banco teve um lucro de R$ 4 bilhões e demite mais de 4 mil brasileiros em um ano e, também, ao mesmo tempo que abre agências de alta renda ´Select´, elimina 1.124 postos de trabalho no Brasil”, explica Ageu Ribeiro, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

Toda essa situação gera um desconforto no trabalhador que, além de ser pressionado por conta das demissões, sofre com as cobranças dentro das agências. “Os bancários estão estressados, muitos tomando remédios tarja preta, outros já adoeceram no trabalho e estão afastados. O quadro de pessoal das agências está reduzidíssimo”, explica Eric.

Com essa situação o atendimento aos clientes e usuários fica prejudicado e, por isso, o banco está em primeiro lugar no ranking de reclamações de clientes no Banco Central. “Nós reivindicamos mudanças na gestão do banco e vamos continuar realizando outras manifestações enquanto essa situação não for resolvida”, finaliza Eric.santander_sbc-1712 (1)santander_sbc-1712 (2)

santander_sbc-1712 (3)

A Contraf-CUT, federações e sindicatos denunciaram nesta quinta-feira (12) o descaso do Santander com o emprego no Brasil, durante audiência com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, em Brasília. Os dirigentes sindicais salientaram que a política de demissões, rotatividade, corte de postos de trabalho, terceirizações e adoecimentos é nociva não somente para o emprego e as condições de trabalho, como também para a sociedade, que acabando pagando mais seguro-desemprego e auxílio-doença diante do afastamento cada vez maior de bancários.

Messias ouviu atentamente os bancários, reiterou o compromisso do Ministério em combater a alta rotatividade no país e se comprometeu a estudar as medidas que podem ser tomadas no âmbito do governo contra o processo de demissões no Santander e em defesa do emprego.

O Santander passou o Itaú e é hoje o banco que mais está cortando postos de trabalho. Isso ocorre ao mesmo tempo em que o banco obtém aqui 24% do lucro mundial, o que é um desrespeito com o Brasil e os brasileiros.

Com tantas demissões, faltam caixas e coordenadores na rede de agências, causando sobrecarga de serviços, desvio de função, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários, piorando as condições de trabalho e prejudicando a qualidade de atendimento aos clientes. O banco piorou até os serviços de limpeza, pois as agências passaram a ter somente algumas horas de faxina por dia.

Demissões em massa em 2012

O processo de demissões em massa ocorrido antes do Natal do ano passado foi discutido em duas audiências no Ministério, mas o banco negou o fato.

Após a determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que obrigou o banco a entregar para a Contraf-CUT os dados do Caged de janeiro a dezembro de 2012, o Dieese elaborou em janeiro deste ano um estudo comprovando as demissões em massa. Enquanto a média mensal de demissões sem justa causa era de 182 entre janeiro e novembro, o banco dispensou 1.153 funcionários em dezembro, o que impactou no corte de 975 empregos.

Clique aqui para ver o estudo do Dieese entregue para Messias.

O MPT entrou com uma ação civil pública contra o Santander, que se encontra aguardando sentença na 14ª Vara do Trabalho de Brasília.

Campeão de demissões em 2013

Novo estudo realizado pelo Dieese, com base nos balanços publicados pelos cinco maiores bancos do país nos primeiros nove meses deste ano, revela que o Santander lidera a redução de postos de trabalho, cujos cortes foram efetuados mensalmente ao longo do ano.

O levantamento mostra que o banco eliminou 3.414 empregos até setembro. Apenas no terceiro trimestre, a instituição decepou 1.124 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, a redução foi de 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários, que ficou em 50.578 em setembro.

Confira os números dos cortes dos bancos, exceto a Caixa, até setembro: - Santander: -3.414 - Itaú: -2.883 - Bradesco: -1.975 - Banco do Brasil: -1.529 - Caixa: +3.826

Clique aqui para ler o estudo do Dieese também entregue para Messias.

Todas essas demissões não são normais, como alegou o vice-presidente executivo sênior do Santander, José Paiva, durante reunião com dirigentes sindicais. O estudo aponta que, enquanto se verifica o sacrifício dos postos de trabalho, "assiste-se ao crescimento da remuneração dos executivos do banco, tanto no Brasil como em escala mundial". Entre 2010 e 2013, o ganho médio anual de um diretor do Santander cresceu 67% no país, chegando a R$ 7,915 milhões.

Além disso, observa-se que cresceu anualmente entre 2003 e 2013 o retorno total do acionista do Santander em todo mundo. Terceirização das homologações

Os dirigentes sindicais ainda denunciaram para Messias que, com a falta de pessoal na rede de agências e para reduzir custos, o banco deixou de enviar funcionários do banco como prepostos nas homologações junto à maioria dos sindicatos, passando a utilizar terceirizados.

O procedimento foi adotado no momento em que o movimento sindical está em guerra contra o Projeto de Lei (PL) 4330, que prevê a terceirização em todas as áreas das empresas.

A medida tem sido rejeitada pelas entidades sindicais, uma vez que a admissão e o desligamento são atividades-fim das empresas, não cabendo a terceirização.

Messias também ficou de estudar o assunto no Ministério do Trabalho. Participação

Também participaram da reunião no Ministério representantes da Fetec-SP, Feeb SP-MS, Fetraf RJ-ES, Fetraf MG, Fetrafi RS, Fetrafi NE, Fetec-CN, Fetec PR e Fetec SC e dos sindicatos de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Florianópolis, ABC e Guarulhos, e da Afubesp.

Fonte: Contraf-CUT

Mais Artigos...