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O funcionalismo do Banco do Brasil vai eleger em votação direta, entre os dias 2 e 6 de fevereiro, um representante para o Conselho de Administração do banco (Caref). A diretoria do Sindicato destaca, apoia e indica para a reeleição de Rafael Matos  - F8369846, A voz do funcionalismo. O representante eleito no Caref participa da instância máxima de decisão da empresa, onde se define a política de gestão de pessoas, o orçamento, as estratégias de investimento, política de crédito e de produtos e as questões mais relevantes da empresa. Rafael Matos afirma que irá continuar cobrando do banco o reconhecimento ao esforço dos funcionários e defender melhores condições de trabalho. Além disso luta por uma política de gestão de pessoas que respeite os trabalhadores; defende melhorias salariais; melhorar ainda mais a PLR; combater assédio moral e lutar contra o autoritarismo e o arbítrio. Rafael Matos tem 14 anos de BB, é graduado em História pela USP, especializado em Conomia do Trabalho e Sindicalismo pela Unicamp. Fez MBA em Gestão de Pessoas pela FGV-RJ e MBA em Meio Ambiente e Sociedade pela Fesp-SP. "Consolidar o Caref como a voz dos funcionários no Conselho de Administração, esse é meu principal objetivo", explica Rafael Matos.

Atendendo a reivindicação dos funcionários, durante a Mesa Temática sobre a Forma de Cobrança de Metas, o Banco do Brasil informou à Contraf-CUT que o aplicativo Painel de Informações Negociais (PIN) terá o seu acesso limitado aos administradores. A mudança já foi encaminhada à Diretoria de Tecnologia para os ajustes necessários no sistema.

Esta era uma das demandas dos funcionários da área negocial levadas pela Contraf-CUT, federações e sindicatos à Mesa Temática, uma vez que o PIN estava sendo usado indevidamente como critério de seleção e, ainda, sendo liberado o seu acesso a qualquer funcionário, também caracterizava uma forma de ranqueamento.

No dia 4 de dezembro do ano passado, a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, se reuniu com o BB para debater formas de cobrança de metas e a forma de coibir os abusos praticados nos locais de trabalho.

A mudança nesse aplicativo era necessária e foi importante para consolidar a importância dessa mesa temática sobre a forma de cobrança de metas, no entanto, é fundamental a continuidade dos debates com funcionários da área negocial nos locais de trabalho, a fim de aprimorar os sistemas e melhorar as condições de trabalho nas unidades de negócio do banco. 


Fonte: Contraf-CUT

Apesar do lucro líquido ajustado de R$ 8,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2014, crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2013 e rentabilidade de 15,2% em 12 meses, o Banco do Brasil eliminou 749 postos no período. Mesmo tendo sido abertos 357 postos de trabalho no terceiro trimestre, o número foi insuficiente e manteve o saldo negativo de geração de empregos. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (5).

Com isso, o quadro do BB ficou em 111.904 funcionários em setembro de 2014, contra 112.653 em setembro de 2013, conforme análise da subseção do Dieese na Contraf-CUT. 

 Clique aqui para ler a análise do Dieese.

O lucro no terceiro trimestre foi de R$ 2,9 bilhões, queda de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A rentabilidade ajustada sobre o patrimônio líquido anualizado (ROE) foi de 15,2%, queda de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2013.

A pressão nos ambientes de trabalho é muito grande pela falta de funcionários, o que vem causando estresse e problemas de saúde. Esse balanço demonstra o descaso do banco que, apesar da alta lucratividade, mantém déficit de empregos, o que prejudica as condições de trabalho e a atuação do BB como banco público. 

Na Campanha Nacional 2014, as entidades sindicais garantiram no acordo aditivo do BB a contratação de 2 mil funcionários, sendo 1 mil até dezembro deste ano e 1 mil até dezembro de 2015. "

Outro destaque na avaliação do Dieese é que, mesmo com a queda da inadimplência, o banco aumentou a provisão para créditos duvidosos, o que terá impacto no cálculo da PLR dos funcionários no segundo semestre. 

O índice de inadimplência superior a 90 dias caiu 0,57 ponto percentual em 12 meses, ficando em 2,09% em setembro de 2014. Apesar dessa baixíssima inadimplência, o banco elevou as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 22%, totalizando R$ 13,9 bilhões.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 6,7% em 12 meses. As despesas de pessoal, por sua vez, tiveram elevação de 5,8%, passando de R$ 13,544 bilhões para R$ 14,325 bilhões em 12 meses. A relação entre essas despesas e as receitas de prestação de serviços e renda de tarifas subiu de 126,43% para 127,56%. 

Conforme o Dieese, o resultado do BB foi impulsionado principalmente pela expansão do crédito. A carteira de crédito imobiliário cresceu 73,1% em 12 meses, totalizando R$ 35 bilhões. As operações com pessoa física subiram 6,9% em relação a setembro de 2013, chegando a R$ 175,1 bilhões, o que representa 23,9% do total das operações de crédito.

A carteira de crédito ampliada atingiu a cifra de R$ 732,7 bilhões, com crescimento de 12,3% (alta de 2% no trimestre) em relação ao mesmo período de 2013. O destaque foi a expansão das carteiras de crédito "Pessoa Jurídica" (23,4%) e "Agronegócios" (21,8%). O BB permanece na liderança do financiamento da agricultura no país. A carteira do agronegócio totaliza R$ 158,4 bilhões, representando 21,6% do total da carteira do banco. 

Os ativos do BB ultrapassaram R$ 1,43 trilhão, com crescimento de 13,7% em 12 meses.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato tem recebido várias denúncias de práticas antissindicais do Banco do Brasil, que vão de encontro ao que foi acordado na cláusula 57ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da 67ª do Acordo Aditivo. O Sindicato alerta que a compensação das horas paradas durante a greve não pode ser usada como forma de pressão.

“A compensação tem de ser feita com bom senso e de acordo com a necessidade. Não pode ser usada como instrumento de pressão e muito menos como castigo contra quem exerceu o legítimo direito de greve”, explica Marilda Marin, diretora do Sindicato e funcionária do banco.

A Cláusula 57ª da CCT diz que os dias não trabalhados entre 30 de setembro  e 06 de outubro de 2014, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com a prestação de jornada suplementar de trabalho, limitada a 1 (uma) dentro do prazo estabelecido na Cláusula 67ª do Aditivo que diz:

a)            Para os empregados que no período de paralisação cumpriam jornada de 6 (seis) horas, a compensação dar-se-á de 15/10 a 05/11;

b)           Para os empregados que no período de paralisação cumpriam jornada de 8 (seis) horas, a compensação dar-se-á de 15/10 a 13/11.

“Faça exercer esse direito e qualquer abuso entre em contato com o Sindicato para que possamos tomar as medidas necessárias”, finaliza Marilda.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram nesta segunda-feira 13, em São Paulo, o acordo coletivo do Banco do Brasil, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que inclui reajuste de 8,5% no salário (2,02% de aumento real), reajuste de 9% no piso (2,49% de anho real) refletindo na tabela de antiguidade do PCR e também na carreira de mérito, além de avanços nas substituições. O ato ocorreu depois da assinatura da CCT entre as entidades sindicais e a Fenaban, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

Pagamento da PLR

Durante a assinatura do acordo, o BB comunicou que o crédito da PLR do primeiro semestre foi realizado na segunda-feira, 13. Já as diferenças salariais serão pagas na folha deste mês de outubro, enquanto o acerto dos vales refeição e alimentação ocorrerá em novembro.

Confira os valores da PLR do primeiro semestre:

Escriturário: R$ 3.254,27
Caixas: R$ 3.685,42
Comissionados - quantidades VR
. Primeiros Gestores: 1,33
. Demais Gestores: 1,13
. Primeiro Nível Assessoramento UE: 1,13
. Gerência Média: 1,11
. Demais analistas e assessores: 1,11
. Comissionados FG e FC (plenos): 1,06

Para efeitos de comparação, o balanço deve utilizar o valor recebido de PLR no segundo semestre de 2013 e reduzir 1,5% devido a redução do lucro do banco nos primeiros seis meses deste ano.

Principais cláusulas do acordo específico com o BB

> Reajuste de 8,5% (2,02% de aumento real) nos salários e benefícios, como negociado com a Fenaban.

> Reajuste de 9% (2,49% acima da inflação) do piso em toda a carreira do PCR.

> Substituição de Gerente de Módulo nas PSO - Módulo Suporte Operacional (SOP) por caixas, conforme instruções internas.

> Substituição de funções gerenciais nas Unidades de Negócios com somente uma Gerência Média, conforme instruções internas.

> O BB contratará dois mil funcionários, sendo mil até 31 de dezembro de 2014 e mil até 31/12/2015.

> O banco retroagirá a 1º de setembro de 2005 a pontuação de mérito dos caixas. Os efeitos financeiros e o pagamento serão retroativos a 1º de setembro deste ano. 

> Elevação do valor da Unidade de Saúde de R$0,36 para R$0,55 (52%).

> O BB pagará Vantagem em Caráter Pessoal (VCP) por 120 dias para descomissionamentos de funcionários que tenham mais de 5 anos na comissão; excluídos os descomissionamentos por sanção disciplinar e por desempenho (3 ciclos avaliatórios).

> Instalação de mesa temática sobre Gestão de Disciplina e Perdas (Gedip).

> Pagamento em dinheiro de todas as horas extras prestadas (fim do banco de horas).

> O banco bloqueará, até dezembro de 2014, o acesso às estações de trabalho para todos os funcionários que estiverem com a jornada de trabalho encerrada no ponto eletrônico. 

> O BB disponibilizará aos funcionários o pagamento do vale-transporte em dinheiro, observadas as regras do programa.

> O novo curso "Conciliação: Mediação para Gestores" passará a ser pontuado nas oportunidades do sistema TAO para concorrências às funções de Gerente Geral em Unidades de Negócios.

> O banco desenvolverá curso sobre Assédio Moral e Sexual, incentivando a participação de todos os funcionários, com pontuação para as concorrências a funções gerenciais.

> O BB disponibilizará no mínimo 30 turmas da Oficina Gestão do Clima Organizacional, a fim de capacitar gestores a aprimorar o clima de suas unidades.

> O banco permitirá, de outubro a dezembro de 2014, a realização de jornada extraordinária, vinculada ao Plano de Funções, na forma das instruções normativas que tratam do assunto. 

> Na questão da igualdade de oportunidades, além de uma correção em relação à pontuação de mérito dos delegados sindicais, o banco também corrigirá a PLR dos dirigentes sindicais que recebem menos que seus pares com o mesmo cargo. São contemplados os dirigentes cedidos para as entidades que detinham cargo comissionado à época da cessão e a fórmula segue a regra do acordo dos demais funcionários. O BB era o único banco que pagava PLR menor para os dirigentes sindicais.

> Renovação do Acordo Coletivo (acordo marco) sobre CCV por 2 anos, sem cláusula de suspensão de ações judiciais por 180 dias.

> Prorrogação por mais seis meses da possibilidade de realização de horas extras para os funcionários que aderiram a funções gratificadas, na forma prevista no plano de funções;

> Reclassificação das faltas de greve realizadas no primeiro semestre de 2013, por conta do plano de função;

> Realização de mesa temática sobre CABB.


Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinam nesta segunda-feira (13) com a Fenaban a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014-2015, conquistada com a greve na Campanha Nacional 2014, que garante aumento real de salário pelo 11º ano consecutivo, além de avanços nas reivindicações sobre condições de trabalho, como mecanismos de combate às metas abusivas e ao assédio moral, além de igualdade de oportunidades. A solenidade será realizada às 15h, no hotel Macksoud Plaza, em São Paulo. 

Na mesma data, horário e local, serão também assinados os acordos coletivos com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que garantem avanços específicos para os trabalhadores de cada banco público.

Após uma greve nacional de sete dias, que chegou a paralisar 10.335 agências e centros administrativos de bancos públicos e federais nos 26 estados e no Distrito Federal, as assembleias aprovaram na última segunda-feira (6) a proposta da Fenaban, que reajusta os salários e demais verbas em 8,5% (aumento real de 2,02%), o piso salarial em 9% (2,49% acima da inflação) e o vale-refeição em 12,2% (5,5% de ganho real). Também foram aprovadas em assembleias as propostas negociadas com o BB e a Caixa.

AS PRINCIPAIS CONQUISTAS DA CONVENÇÃO COLETIVA

Reajuste - 8,5% (2,02% de aumento real).

Piso portaria após 90 dias - 1.252,38 (9% ou 2,49% de aumento real).

Piso escritório após 90 dias - R$ 1.796,45 (9% ou 2,49% acima da inflação).

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.426,76 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando reajuste de 8,87% e 2,37% de aumento real).

PLR

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.837,99, limitado a R$ 9.859,93. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82.

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.675,98.

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Antecipação da PLR

Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015. 

Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.837,99.
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Auxílio-refeição - R$ 26,00 (R$ 572,00 ao mês), reajuste de 12,2%, ou 5,5% de aumento real.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 431,16. (Somados, os auxílios refeição e cesta-alimentação resultam em R$ 1.003,13 por mês, o que representa reajuste de 10,76%).

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 358,82.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 306,96.

Gratificação de compensador de cheques - R$ 139,44.

Requalificação profissional - R$ 1.227,00.

Auxílio-funeral - R$ 823,30.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 122.770,20.

Ajuda deslocamento noturno - R$ 85,94.

AS CONQUISTAS SOCIAIS

Combate às metas abusivas - Bancos incluirão na Convenção Coletiva o compromisso de que "o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho". Trata-se de mais um passo no combate às metas abusivas, que tem provocado adoecimento e afastamento de bancários. Além disso, a cobrança de metas passará a ser proibida não somente por SMS, mas também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.

Dias parados - A compensação dos dias parados durante a greve será de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas, e uma hora por dia no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha oito horas.

Certificação CPA 10 e CPA 20 - Quando exigido pelos bancos, os trabalhadores terão reembolso do custo da prova em caso de aprovação.

Adiantamento de 13º salário para os afastados - Quando o bancário estiver recebendo complementação salarial, terá também direito ao adiantamento do 13º salário, a exemplo dos demais empregados.

Reabilitação profissional - Cada banco fará a discussão sobre o programa de retorno ao trabalho com o movimento sindical. 

Gestantes - As bancárias demitidas que comprovarem estar grávidas no período do aviso prévio serão readmitidas automaticamente. 

Casais homoafetivos - Os bancos divulgarão a cláusula de extensão dos direitos aos casais homoafetivos, informando que a opção deve ser feita diretamente com a área de RH de cada banco, e não mais com o gestor imediato, para evitar constrangimentos e discriminações.

Novas tecnologias - Realização de seminários periódicos para discutir sobre tendências de novas tecnologias.

Campanha sobre assédio sexual - Os bancos assumiram o compromisso de realizar uma campanha junto com os bancários para combater o assédio sexual no trabalho.


Fonte: Contraf-CUT

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