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Com mais de 1.500 mortes no ABC, covid-19 ainda é doença pouco conhecida pela ciência

Coronavírus
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Infarto, AVC e pneumonia podem ser consequência da enfermidade, assim como diferentes tipos de sequelas

A covid-19 ainda é uma doença pouco conhecida pela ciência. Sabe-se que ela pode levar a infarto, miocardite, trombose e acidente vascular cerebral, além da pneumonia, que é uma das complicações mais relatadas. Além disso, não está claro qual será o quadro de sequelas dos que sobrevivem à doença, o que torna ainda mais importante manter medidas de isolamento social e, claro, o uso de máscaras.

No Grande ABC, com letalidade de 4,5%, segundo instituto ABC Dados, a doença já matou, até ontem (22), 1.588 pessoas, e há 35.259 infectados. Como há subnotificações dos casos e também atestados que não mencionam o vírus, apenas suas complicações, o número pode ser muito maior, tanto de doentes quanto de mortos.

Além disso, com informações desencontradas para a sociedade – o governo federal insistindo que a doença não é grave e as organizações de saúde nacionais e internacionais reforçando que pode ser gravíssima, levando a óbito – há até mesmo a politização do tema, como se a vida humana não estivesse acima de qualquer discussão.

Categoria - Na categoria bancária da região muitas vidas já se perderam durante essa pandemia. Nessa semana foi registrado o caso da funcionária do Itaú, Sílvia Jovina dos Santos Silva, da 5471, no Jardim Campanário, em Diadema, pela covid-19. Sílvia trabalhava no Itaú desde 1988, estava afastada de suas funções desde março passado por pertencer ao grupo de risco e ficou 10 dias internada, tendo complicações graves causadas pela doença.
O Sindicato também lamentou nesta semana a morte do professor Fábio França, que atuou como bancário nos anos 1990 em São Caetano e assessorou a entidade. No caso dele, porém, é preciso uma ressalva: de acordo com nota publicada pelo Sindicato dos Bancários de SP, onde Fábio atuava atualmente em cursos preparatórios, sua morte decorreu de AVC e pneumonia.

Ainda especificamente para a categoria bancária, é importante destacar que o movimento sindical repudia as recentes iniciativas de bancos que pressionam pela volta ao trabalho presencial, mesmo com as escolas ainda fechadas ou àqueles que convivem com pessoas em grupos de risco. O home office resultou de uma intensa negociação com os bancos para resguardar a categoria, entre várias outras medidas protetivas. O retorno deve ser realizado de forma segura, e é evidente que essa não é a hora, já que não houve redução dos casos da doença. Embora seja uma conta impossível, é evidente que o afastamento do trabalho protegeu e salvou muitas vidas.

Para o Sindicato, a proteção tem que se estender também aos mais vulneráveis. Justamente para isso, foi criada uma campanha solidária que recebe doações de roupas, alimentos, produtos de limpeza e dinheiro (veja abaixo como participar).

“Nós vivemos um momento de grandes incertezas. Há uma doença ainda desconhecida, um presidente da República que dá mais valor à economia do que ao povo que deveria proteger e uma crise econômica que já existia, mas se amplia agora. E nesse cenário iniciamos também nossa campanha nacional. Com tantas adversidades, nossa melhor alternativa é a da união: pela vida, pelo emprego, pelos direitos, pelo respeito e dignidade”, destaca o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.

Doe – Leve suas doações à sede administrativa do Sindicato - rua Xavier de Toledo 268, centro de Santo André, das 10h às 16h - ou solicite retirada no local desejado (pelo telefone 11 99798-4732). Para depósito em espécie, a conta corrente é a 00001809-0 - agência 2075 da Caixa, operação 003. E pelo sistema PagSeguro, via internet, o valor fixo de doação é de R$ 50, com acesso pelo link https://pag.ae/7VZiouZb8.