Preocupação da entidade é que punições não atinjam bancos, mas sim trabalhadores
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), determinou na noite de ontem (13), em decreto, novas regras a serem obedecidas por agências bancárias e lotéricas da cidade para conter a disseminação do coronavírus. No entanto, apesar da boa intenção, não houve diálogo com representantes bancários para garantir que qualquer eventual punição recaia sobre os bancos, e não sobre os trabalhadores.
“Encaminhamos ofício a todas as prefeituras da região e com certeza poderíamos contribuir na elaboração de ações, estratégias e divulgação para ampliar a segurança de bancários, clientes e usuários dos bancos, pois nossa categoria conhece mais do que ninguém a realidade do que vem ocorrendo nas agências”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.
Além disso, acrescenta Belmiro, é preciso que a própria Administração assuma a responsabilidade em organizar as pessoas do lado de fora das agências, tarefa que não cabe ao trabalhador bancário. “E, assim como o Sindicato já vem fazendo desde o início da pandemia, tanto o banco quanto o Poder Público devem orientar aos usuários para que a ida aos bancos ocorra somente em casos essenciais”, afirma.
Das sete prefeituras às quais o Sindicato encaminhou ofício solicitando providências sobre a pandemia apenas Diadema apresentou resposta até agora, mas de forma sucinta, informando apenas que a cidade realizará “o que foi pedido” pela entidade “com o objetivo de diminuir a contaminação”.
Dentre os novos itens propostos pela Prefeitura de São Bernardo está a limitação ao acesso interno por meio de funcionário designado exclusivamente para esta função (uma pessoa por caixa presencial e uma para caixa eletrônico) e a higienização dos dispositivos eletrônicos e demais compartimentos do banco com álcool gel. Além disso, deve haver demarcação com espaçamento de dois metros entre os clientes.