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Banco Central atende reivindicações da Contraf-CUT

Coronavírus
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Duas das propostas foram atendidas: a redução no horário de atendimento e o controle no acesso às agências; Sindicato denunciou aglomeração nos bancos públicos registrada ontem (19)

O Banco Central emitiu ontem (19) circular atendendo a duas das reivindicações apresentadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em ofício enviado no dia anterior. A entidade sindical cobrou padronização das medidas adotadas pelos bancos para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e clientes em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19), além de mais agilidade na implantação delas, como no caso do contingenciamento de acesso às agências e redução do horário de atendimento.

A Circular 3.991 do Banco Central determina aos bancos que “assegurada a prestação dos serviços essenciais à população, as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem ajustar o horário de atendimento ao público de suas dependências enquanto perdurar, no País, a situação de risco à saúde pública decorrente do novo coronavírus (covid-19), dispensada a antecedência de comunicação de alteração, de que trata o art. 4º da resolução 2932, de 28 de fevereiro de 2002”.
A circular informa ainda que “os bancos múltiplos com carteira comercial, os bancos comerciais e as caixas econômicas estão dispensados do cumprimento, em suas agências, do horário obrigatório e ininterrupto de que trata o art. 1º, § 1º, inciso I, da Resolução nº 2.932, de 2002”, que é no mínimo de 5 horas. E que as instituições bancárias “devem afixar aviso em local visível em suas dependências, bem como comunicar os clientes, pelos demais canais de atendimento disponíveis, sobre o horário de atendimento e caso venham a instituir limitação de quantidade de clientes e usuários ou outras condições especiais de acesso às suas dependências, destinadas a evitar aglomeração de pessoas”.

“O Banco Central determina a redução do horário, mas mantém uma liberalidade com relação ao contingenciamento. O controle de acesso é fundamental para garantir a segurança e a saúde dos bancários e dos clientes. Esperamos que os bancos atendam essa reivindicação”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Mas, estamos enviando ofício ao Ministério da Saúde solicitando que os bancos sejam obrigados a fazer o controle de acesso para resguardar a saúde dos trabalhadores, dos clientes e usuários e evitar a propagação ainda maior da doença”, completou.

Ela ressaltou que o contingenciamento é apenas para que seja garantido o atendimento às pessoas que não têm o cartão para saque em unidades de autoatendimento, os aposentados que não tenham outra alternativa para sacar os benefícios da Previdência, que não possuem conta corrente, trabalhadores que tenham que sacar o FGTS, ou desempregados que tenham que sacar o seguro-desemprego, entre outros.

“A limitação precisa priorizar o atendimento a esse público para que eles tenham como manter sua subsistência”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, acrescentando que o trabalho nos departamentos que não envolvam o atendimento bancário a situação é diferente e deve ser liberado o máximo possível de pessoas para realizar trabalho home office ou férias.

Irresponsabilidade - Para piorar a situação, o ministro da Economia anunciou de forma irresponsável uma medida de concessão de auxílio aos autônomos e informais. Fazer tal anúncio sem que haja regras definidas para os procedimentos a serem realizados e sem a definição exata do público que será beneficiado e sem preparar a estrutura de atendimento é, no mínimo, uma irresponsabilidade, pois isso aumentou a demanda nas agências da Caixa sem necessidade: ontem houve uma correria às agências de bancos públicos, pois as pessoas queriam sacar o tal benefício, o que acabou gerando aglomeração e aumentou o risco a que os trabalhadores estão expostos.

ABC - “Registramos o fato em agências da região (aglomeração nas por conta do anúncio do benefício) e denunciamos à imprensa”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, destacando que a entidade está fiscalizando as ações adotadas nos locais de trabalho e recebendo informações e denúncias de bancários sobre a pandemia. Leia a reportagem publicada no Diário do Grande ABC neste link: https://www.dgabc.com.br/Noticia/3356872/apesar-de-recomendacoes-bancos-permanecem-lotados


As centrais sindicais também elaboraram e apresentaram na última terça, 17, proposta para garantir a subsistência das pessoas que estão ou ficarão desempregadas por causa da epidemia. O documento foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.


Fonte: Redação, com informações da Contraf-CUT