Mobilização virtual ocorre em todo o Brasil, denunciando outras ações da gestão Rial que prejudicam trabalhadores do banco
Hoje é Dia Nacional de Luta (pela internet) no Santander. O motivo central é a dispensa de trabalhadores que, segundo divulgado pela imprensa, pode atingir 20% dos funcionários do banco durante a pandemia de coronavírus. A manifestação é nacional e ao meio-dia tem tuitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil.
Apesar de demissões em massa ainda não ocorrerem no Grande ABC, há muitas questões a serem discutidas na atual gestão Sérgio Rial, e algumas bem específicas da região. Entre elas está um comportamento selvagem na cobrança de metas - até palavrões foram ouvidos durante reunião de Regional, devidamente denunciados pelo Sindicato.
Há, ainda, de modo geral, a alteração no plano de saúde - sem diálogo com os trabalhadores e que resultou em piora no atendimento e mais custo - e mudanças na data de pagamento em folha, do dia 20 para 30 (ocasionando transtornos para honrar compromissos) e na bandeira dos cartões alimentação/refeição, praticamente obrigando os bancários a oferecer produtos nos restaurantes na hora do almoço, já que a nova bandeira do cartão é produto do Santander.
Finalmente, o banco acabou com o patrocínio do Plano de Previdência complementar (SantanderPrevi) para os novos funcionários, um desrespeito à isonomia. “Temos que nos organizar e mostrar ao Santander que, ainda que virtualmente, estamos atentos e mobilizados contra essas ações”, aponta o diretor sindical Ageu Ribeiro.
Ele destaca ainda vídeo com entrevista de Rial em que o presidente do banco aborda o processo de home office e afirma que os que optarem pelo sistema poderiam, voluntariamente, “dividir alguma coisa” com o banco, “abdicando” de salários e/ou benefícios. “Um verdadeiro absurdo”, avalia o diretor sindical.