Justiça concede liminares e banco recua da tentativa de descontar 1% dos trabalhadores
Poder doar algo para instituições beneficentes é tudo de bom, mas a decisão, obviamente, tem que ser de quem doa. O Santander não levou isso em conta e, querendo fazer caridade com o dinheiro alheio, lançou a campanha “Sonhos que transformam”, para que seus funcionários fizessem doações a entidades escolhidas pelos próprios no valor de 1% da remuneração variável, incluindo o programa de PLR. O problema é que quem não quisesse fazer a doação precisaria entrar no site e marcar a opção “não”.
O movimento sindical foi à Justiça, que concedeu liminares em favor dos bancários. “O banco criou um fato constrangedor para todos os empregados, uma vez que não há voluntarismo algum na relação patrão-empregado. Há, sim, uma ´saia-justa´, e eventos desse tipo já ocorreram recentemente no trabalho “voluntário” aos sábados”, afirma o diretor sindical Ageu Ribeiro, destacando que essa é “mais uma vitória dos trabalhadores contra mais uma imposição do banco Santander”.