Durante terceira rodada de negociação banco se comprometeu a fazer levantamento do sistema de avaliação para torna-lo mais justo
Na terceira rodada de negociação entre representantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e do Santander, nesta quarta, 8,um dos pontos centrais de discussão foi o sistema de modelo de gestão denominado AQO - Avaliação de Qualidade Operacional, que faz uma espécie de sistematização das reclamações dos clientes e tem dificultado o recebimento da variável nas agências. Já em relação à renovação do acordo aditivo o banco reafirmou a disposição em assinar, mas não avançou em nenhum dos temas propostos.
Pelo modelo da AQO uma simples reclamação (justa ou não) pode ocasionar o desconto de pontos de toda a equipe para o recebimento da variável. E um erro individual pode impactar na premiação de toda a equipe. Há também casos como reclamação referente a cartão de crédito que, nada tendo a ver com o atendimento nas unidades, é colocada em questão para o desconto dos pontos. Todas essas condições foram relatadas aos representantes do Santander.
Segundo o banco, a AQO existe apenas para garantir que as normas regulatórias e os procedimentos sejam cumpridos. O objetivo do modelo, portanto, é diferente do alcance das metas, até porque 95% das agências estão com o índice positivo. Após o exposto na reunião, ficou acertado que o Santander fará um levantamento dos casos apontados para tentar deixar a avaliação mais justa.
Aditivo - Para tratar das cláusulas de saúde e condições de trabalho do acordo aditivo, o banco pretende que a discussão se dê em fóruns específicos. Mas os representantes dos trabalhadores estão cansados da ausência de avanço nesses quesitos ao longo dos anos. “Queremos garantir avanços e que estes sejam compromissados no acordo aditivo, como por exemplo a revisão da política de metas”, aponta o diretor do Sindicato Ageu Ribeiro.