A nova direção do Banco Mercantil, em sua cruel escalada por lucros exorbitantes, vem efetuando cortes de orçamento e diversas demissões injustificadas, que criam um ambiente de insegurança entre os trabalhadores. Há denúncias de que alguns novos executivos de mercado estão aterrorizando funcionários com pressão por metas abusivas e, quando não são cumpridas, há perseguições e inconsequentes demissões.
Também segundo as denúncias, videoconferências estão sendo utilizadas como forma de monitoramento de resultados e exposição dos trabalhadores. Isto confira ranqueamento, prática expressamente vedada pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.
Segundo a cláusula 39 da CCT (Monitoramento de Resultados), “os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados”. Em seu parágrafo primeiro, a cláusula também veda, ao gestor, “a cobrança do cumprimento de resultados por mensagens, no telefone particular do empregado”.
Segundo o coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados do banco (COEBMB), Vanderci Antônio, “as demissões que estão ocorrendo no prédio da Administração Central do Mercantil são inapropriadas e desumanas. São funcionários que dedicaram grande parte da vida à instituição, muitos com mais de 30 anos de banco. É uma pena que o Mercantil não valorize as pessoas, que são tratadas como peças descartáveis".
Para o movimento sindical, a nova direção do Mercantil também utiliza a ameaça de demissão como ferramenta de gestão para que os bancários batam metas cada vez mais abusivas: uma falta de compromisso do banco com seus clientes e trabalhadores, repudiada pelo Sindicato.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH, com edição