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Banco Mercantil chega a R$ 100 milhões de lucro no segundo trimestre, mas segue pressionando funcionários

Mercantil do Brasil
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Mercantil ignora dedicação de seus trabalhadores e mantém ambiente de trabalho ruim, com metas altíssimas e adoecimento

Lucrosmercantil2023Pela primeira vez na história, o Banco Mercantil atingiu um lucro líquido trimestral de nove dígitos: R$ 100 milhões no segundo trimestre de 2023. O resultado representa alta de 108% em relação ao mesmo período do ano passado, quando obteve R$ 48,2 milhões. Funcionárias e funcionários, porém, seguem sofrendo com a alta rotatividade e cobranças abusivas.

Ao mesmo tempo em que cresce o número de clientes, alta anual de 35% e um total de 7,2 milhões no segundo trimestre, o que prevalece entre trabalhadoras e trabalhadores é um sentimento de insegurança. Isto porque a instituição tem uma rotatividade anual em torno de 24%. Ou seja, cerca de um quarto do corpo funcional é substituído todos os anos.

Isto se soma ao assédio moral, pressões constantes, poucas oportunidades de promoção, ameaças de demissão e pouca diversidade dentro da instituição financeira. A categoria bancária é, inclusive, a que mais sofre no Brasil com adoecimento e afastamentos causados por transtornos mentais ligados ao trabalho.

“O bom resultado apresentado pelo banco é mérito do esforço de bancários e bancárias. No entanto, o Mercantil segue ignorando esse fato e mantendo um ambiente de trabalho ruim, com metas altíssimas, que adoece mais a cada dia”, afirma o diretor do nosso Sindicato Yasuki Niiuchi.

“É preciso oferecer condições dignas de trabalho, pois o lucro não pode estar acima da saúde física e mental dos trabalhadores”, acrescenta Marco Aurélio Alves, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Mercantil (COEBMB).

Já para Vanderci Antônio, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, a direção do banco tem que entender que uma empresa é feita das pessoas que fazem parte da sua história. “A alta rotatividade traz insegurança e angústia entre funcionárias e funcionários. Não basta desenvolver talentos, é preciso uma boa política para retê-los”, destacou.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região e Revista Exame, com edição

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