Banco aumentou patamar em 32%, o que inviabiliza ao bancário o recebimento da PLR
O Coletivo Nacional do Banco Mercantil do Brasil (BMB), que representa os trabalhadores, se reuniu na tarde de ontem (12) com dirigentes sindicais de todo o Brasil. Em pauta, o lucro recorde da empresa e o anúncio de aumento de metas. O encontro, virtual, discutiu essa proposta do banco de acordo próprio de PLR para 2023, entre outros assuntos.
O diretor do Sindicato, Yasuki Niiuchi, participou da reunião. Ele destaca que o Mercantil obteve lucro recorde em 2022, de R$ 201 milhões, graças ao esforço dos bancários, mas agora quer aumentar a meta para concessão da PLR. Em 2022 a meta anual foi de R$ 250 milhões, mas para 2023 passou a R$ 330 milhões, representando aumento de 32%. “É um aumento excessivo, exagerado, que foge à realidade e praticamente inviabiliza que o trabalhador receba PLR. O banco tem que explicar o motivo dessa mudança absurda”, afirma Yasuki.
Pesquisa - Os representantes dos trabalhadores vão realizar uma pesquisa entre os funcionários do Mercantil em todo o País sobre a proposta de programa próprio apresentada pelo banco. Além das expectativas sobre a PLR, o estudo quer saber dos bancários se eles estão sofrendo pressão por metas abusivas e/ou assédio moral para adotar novas investidas que combatam o sofrimento e adoecimento dos funcionários do Mercantil.
Próxima reunião - Ficou estabelecido que a próxima reunião dos representantes dos trabalhadores do banco com a direção do Mercantil sobre o programa próprio de PLR 2023, em data ainda a ser definida, deverá ser realizada preferencialmente de forma híbrida e com a participação de representantes dos sindicatos que possuam agências do Mercantil em suas respectivas bases territoriais.