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Mercantil do Brasil terá dia de luta contra demissões

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Será nesta quarta, 8; funcionários também definem pauta de reivindicações

Em repúdio às demissões e solidariedade às dezenas de pais e mães de famílias que perderam seus empregos em meio à pandemia, funcionários do Banco Mercantil Brasil realizam no próximo 8 de junho (quarta-feira) Dia Nacional de Lutas contra as Demissões. A data será marcada por série de intervenções urbanas e mobilizações virtuais.

A atividade foi definida na semana passada, quando funcionários do banco definiram pauta de reivindicações e ações de repúdio às recentes dispensas. Em meio à pandemia da covid-19, a instituição demitiu cerca de 60 de funcionários. Segundo o coordenador da COE do Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves, o número de desligados pode ser ainda maior, já que a divulgação desses dados não é transparente.

Segundo o representante da COE no Mercantil do Brasil as demissões ocorreram com a transformação de várias agências bancárias em Postos Avançados de Atendimento. “Esses postos têm uma estrutura mais enxuta e não possuem retaguarda operacional. O banco alega que nessa nova configuração de atendimento não haveria espaço para esses profissionais. Muitos trabalhadores demitidos tiveram ascensão das carreiras e, por conta dessa ascensão, foram dispensados, o que é uma grande contradição”. Avalia. 

A economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Vivian Machado explica que o Mercantil do Brasil registrou lucro líquido de R$ 121,4 milhões em 2019, alta de 127,3% na comparação com o ano anterior. Os bons resultados seguem tendência de crescimento em 2020. Nos primeiros três meses deste ano o banco registou lucro líquido de R$ 46,9 milhões, com crescimento de 67,3% em doze meses e de 14% em relação ao 4º trimestre do ano passado, quando o lucro foi de R$ 41,1 milhões.

“As demissões não se justificam. O banco está indo muito bem. Foi muito bem no ano passado registrando um resultado que mais do que dobrou. Ao contrário da maioria dos bancos privados o Mercantil cresceu mais de 60% no primeiro trimestre deste ano”, afirma Vivian.

O Mercantil do Brasil encerrou o 1º trimestre de 2020 com 2.870 empregados, fechando 65 postos de trabalho no período. Criou quatro pontos de atendimento totalizando 236 unidades em março de 2020. A base de clientes também cresceu para aproximadamente, 2,4 milhões ativos. Ainda segundo Marco Aurélio, mesmo diante de índices expressivos as negociações com o banco para tratar das demissões não evoluíram.

O encontro da última semana também definiu pela divulgação de moção de repúdio para a 22ª Conferência Estadual dos Bancários de Minas Gerais, realizada no último sábado, 4, e a pauta de reivindicações que tem como primeiro item a manutenção do emprego. Confira: 

• Assinatura de compromisso do Banco Mercantil do Brasil pela manutenção dos empregos durante o estado de calamidade da pandemia de COVID19;
• Resolução imediata da situação dos mais de 120 funcionários do grupo de risco do Banco Mercantil do Brasil que estão afastados, em casa, e sem Home office;
• Extensão do plano de saúde e indenizações, além das já previstas na CCT, para todos os bancários do Mercantil do Brasil demitidos em 2020;
• Programa de vacinação universal e gratuita contra o vírus influenza H1N1e COVID19, quando for disponibilizada comercialmente, para todos os funcionários do Mercantil do Brasil e seus dependentes legais;
• Teste de COVID19, gratuitos, para todos os bancários do Mercantil do Brasil;
• Rodízio de funcionários do Mercantil do Brasil nas agências bancárias e departamentos.

Fonte: Fetrafi-MG, com edição

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