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Em plena pandemia, pressão por metas absurdas aterroriza e deprime funcionários do Mercantil do Brasil

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Assédio moral deve ser denunciado ao Sindicato

Como se não bastassem a insegurança e o excesso de clientes nas agências do Mercantil do Brasil (principalmente quando ocorre o pagamento dos beneficiários do INSS), aumentando o risco de contágio pela covid-19, os funcionários do banco estão sofrendo com a truculência e a desumanidade da área comercial, que vem aumentando a pressão para o cumprimento de metas absurdas. Esses superintendentes utilizam técnicas perversas por meio das já temidas video e áudio conferências, ligam para telefones privados dos funcionários várias vezes ao dia, gritam e usam palavras depreciativas para exigir metas inatingíveis, além de taxar os que não conseguem alcançá-las de incompetentes e desinteressados.

Segundo denúncias recebidas pelo Sindicato a área comercial chega ao absurdo de propor e exigir a venda de seguro de vida e outros produtos sem o conhecimento dos clientes, o que é considerado prática abusiva e ilegal de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. As denúncias vêm também de clientes insatisfeitos com essas práticas. Em 2018 o banco foi alvo de cobrança junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. À época foi viabilizado acordo entre o Instituto de Defesa Coletiva, Procon-BH e Defensoria Pública do Estado em que a instituição financeira se comprometia a adotar regras de boas práticas relativas à contratação e à renovação de empréstimos.

Mas atualmente, além das cobranças, no caso dos trabalhadores há ainda vigilância excessiva por câmeras de segurança instaladas nas agências e uma sobrecarga na jornada, com funcionários permanecendo nas unidades de 8 a 9 horas ininterruptas diariamente. São situações que vêm deprimindo e adoecendo os trabalhadores, que já não suportam tanta ganância e prepotência por parte da área comercial. “Há assédio moral, que é ilegal, adoece e deprime. É importante que as denúncias sejam feitas ao Sindicato”, reforça o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira. 

Pelas denúncias recebidas de todo o País pode-se verificar que funcionários que trabalham nas agências estão entre aqueles mais afetados pelo assédio moral – exposição a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas como forma de gestão para cobrança de metas e resultados absurdos. “Os sindicatos estão mobilizados para acabar com essa prática cruel e deixar claro para o Mercantil que é obrigação dele fiscalizar os atos nocivos praticados pelos superintendentes comerciais, pois agem em nome do banco e, portanto, responsabilizam a instituição por prejuízos que venham a causar”, acrescenta.

Para denúncias acesse o site do Sindicato ou entre em contrato pelo WhatsApp (11) 99798-4732. O sigilo é garantido.

Redação, com informações do Seeb BH

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