Banco não aceitou mudança, justificando decisão por conta de seu público-alvo, formado por aposentados e pensionistas
O Sindicato dos Bancários de BH e Região e a Fetrafi-MG/CUT cobraram do setor de Recursos Humanos do Mercantil do Brasil, nesta quarta, 25, que o banco implemente novo horário de atendimento, das 10h às 14h, como orientado pela Fenaban. A reivindicação foi feita para todas as agências, nacionalmente. Mas o banco respondeu que, em razão de seu público alvo - beneficiários e pensionistas do INSS - as agências vão ficar abertas em horário normal, até 16h, inclusive com a antecipação de abertura para as 9h.
Como justificativa, o Mercantil levantou a questão social e a vulnerabilidade dos aposentados e pensionistas que necessitam receber seus benefícios para subsistência. Segundo o RH do banco, a Fenaban não estipula, mas sim orienta o horário dos bancos e cada instituição é responsável por seu próprio horário, de acordo com sua especificidade e dentro do tempo mínimo suficiente.
Já em relação ao número de clientes atendido por agência o Mercantil garantiu que serão atendidos, no máximo, dez clientes simultaneamente por unidade, mesmo nas de grande porte. Nas unidades de pequeno porte os atendimentos devem ser feitos, em média, de três em três clientes. Também segundo o banco estão suspensas as demissões durante o período de pandemia.
O Sindicato e a Fetrafi-MG/CUT seguem pressionando para que sejam implementadas políticas de prevenção e bem-estar para os funcionários do Mercantil diante da atual disseminação do coronavírus.
Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil, diretor do Sindicato e coordenador nacional dos empregados do banco, destacou que o movimento sindical cobra constantemente medidas protetivas aos funcionários. “A redução do horário e o atendimento exclusivo aos clientes prioritários são avanços para preservar a saúde de todos, tanto funcionários quanto os próprios beneficiários do INSS, que são o grupo mais vulnerável às complicações do coronavírus. Por isso, o Mercantil terá que rever esse conceito de manter o horário normal”, afirmou.
Já Magaly Fagundes, presidenta da Fetrafi-MG/CUT, afirmou que a entidade cobrou medidas de proteção ao emprego e foi atendida com a garantia de que nenhuma demissão sem justa causa poderá ocorrer no Mercantil nesse momento de pandemia. “Cobramos, também, a antecipação do 13º salário e demais garantias e proteção aos trabalhadores. Nossa luta sempre será a favor dos bancários”, ressaltou.
Veja, abaixo, fragmento das orientações da Febraban aos bancos sobre o horário de atendimento:
Novos horários - Com o objetivo de assegurar a prestação de um serviço essencial, preservando o compromisso do setor com a garantia de segurança no atendimento ao público, especialmente os segmentos mais vulneráveis da população, a Febraban informa que seus bancos associados manterão as agências bancárias abertas em horários diferenciados, nos próximos dias.
Em regime contingenciado, ou seja, com limite de pessoas no interior das agências e apenas com transações essenciais, as agências realizarão atendimento ao público pelo período mínimo das 10 horas às 14 horas, enquanto for necessário para atender às necessidades de combate à disseminação do coronavírus.
Para atendimento exclusivo para idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiências, o atendimento será das 9h às 10h.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região