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Reunião no Sindicato discute reestruturação na Caixa e os impactos para os tesoureiros

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Encontro definiu pelo envio de duas reivindicações à Caixa

tesoureiros caixaUm encontro realizado no último dia 9 na sede administrativa do Sindicato, em Santo André, discutiu a reestruturação anunciada pela Caixa e os impactos para os tesoureiros. Também foram abordadas questões relativas à rotina de trabalho nesta função.

A reunião contou com os diretores sindicais Hugo Saraiva, Jorge Furlan, Inez Galardinovic e Gheorge Vitti. Os tesoureiros reclamaram que todas as mudanças que estão sendo feitas não têm transparência, pois ocorrem sem consulta aos empregados, que são quem conhece a fundo o dia a dia na empresa.

Para o diretor Furlan, essa situação resulta de uma forte política de retração da Caixa, com PDV e fechamento de agências. “A reestruturação está inserida nesse contexto”, ressaltou. Já Saraiva destacou a necessidade de os empregados se manterem em alerta e permanentemente mobilizados, “porque além da reestruturação iminente temos uma campanha nacional em breve, com risco de retirada de outros direitos”.

Foram elaboradas duas reivindicações que serão encaminhadas à direção do banco. Uma diz respeito à rotina de trabalho, que está em processo de precarização, e, a outra, a oportunidades de ascensão na carreira.

 

Riscos aos empregados e ao País

A reestruturação na rede anunciada pela direção da Caixa no início de dezembro passado prevê mudanças na rede de atendimento, incluindo a aplicação da “verticalização” a todos os gerentes, a ampliação da segmentação, com a criação de agências ou ambientes para atendimento exclusivo de determinados perfis, e a criação do conceito de “gestão operacional” nas agências, com impactos como a extinção da função de tesoureiro. Parte das agências não teria caixas.

Já os riscos para a sociedade são visíveis e aumentam a cada dia. Depois de vender a Lotex, no ano passado, o governo Bolsonaro anunciou, neste mês, nova ação para reduzir o papel da Caixa pública: a abertura de capital da Caixa Seguridade, divisão de seguros da empresa. Segundo divulgado, parte dos recursos obtidos com o IPO da Caixa Seguridade deve ser utilizada “para a Caixa amortizar sua dívida com o Tesouro Nacional no âmbito dos chamados instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD)”. A Caixa Seguridade e a Tokio Marine também anunciaram a criação de sociedade para explorar por 20 anos os ramos de seguros habitacional e residencial da rede de distribuição da Caixa. Todos esses desdobramentos têm como objetivo a privatização da empresa, o que traria imenso prejuízo à sociedade e soberania nacional

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