Comissão exige manutenção dos salários até solução definitiva, incorporação justa para funcionários de longa data e respeito às regras de mobilidade interna
Na tarde da última quarta-feira (22), representantes da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniram com o banco, em Brasília, para tratar do andamento das questões acordadas na campanha salarial e das pendências em aberto, com destaque para a situação dos caixas.
O principal ponto discutido foi o prazo de manutenção do pagamento do adicional dos caixas. O banco sinalizou inicialmente que o salário seria reduzido a partir de fevereiro, o que gerou forte mobilização da Comissão, que cobrou que os salários sejam mantidos enquanto não houver uma solução definitiva para a questão.
“Exigimos que o Banco do Brasil cumpra o que foi acordado, garantindo a manutenção do salário de todos os caixas e das cidades onde vivem. É inaceitável que um funcionário tenha que mudar toda a sua vida para continuar exercendo sua função. Isso é desrespeitoso e inviável para quem depende de estabilidade e planejamento”, afirmou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.
Além disso, a Comissão reforçou a necessidade de ampliar as vagas para assistentes, garantindo que nenhum atendimento seja comprometido, e a abertura de um canal para reavaliação dos cálculos de incorporação salarial, especialmente para os trabalhadores que têm 10 anos ou mais de atuação na função de caixa.
“Estamos recebendo muitas reclamações de funcionários sobre a incorporação salarial para quem já tem 10 anos de função. Pedimos que o banco reavalie os cálculos e, principalmente, melhore o atendimento aos trabalhadores que estão questionando o processo. Não podemos aceitar que essa situação continue”, destacou Fernanda Lopes.
Outro ponto crítico levantado foi o descumprimento do programa Talento e Oportunidade (TAO), que deveria garantir critérios claros e objetivos na seleção para vagas. Segundo relatos, os critérios estão sendo definidos de forma subjetiva pelos gerentes, o que prejudica a transparência e aumenta a insatisfação dos funcionários.
A reunião abordou ainda a situação dos supervisores de atendimento que tinham jornada de 6 horas e não querem migrar para a nova função de especialista, com salário próximo e jornada de 8 horas.
Os representantes do banco se comprometeram a levar as reivindicações à diretoria e prometeram uma devolutiva na próxima semana, quando novas reuniões deverão ocorrer para tratar do tema.