Com o tema “Desplugue-se e lute! A vida vale mais”, manifestação nacional denuncia descaso do banco frente ao avanço de casos de covid-19 e reivindica respeito, saúde e segurança a bancários e sociedade
O Banco do Brasil insistiu em terminar com o home office e logo no começo deste ano divulgou novo Manual de Trabalho retirando item de grande importância na prevenção da covid-19, pois previa o encerramento do expediente na hipótese de confirmação de trabalhador contaminado nas últimas 72h. Com o avanço da variante Ômicron e a alta transmissibilidade por todo o País, a situação então se tornou crítica no BB, que só em São Paulo registrou mais de 500 casos até o último dia 19, número que pode ser muito maior.
Para protestar contra esse descaso, que coloca em risco a vida de bancários, clientes e usuários, nesta quinta, 27, tem dia nacional de luta pelas unidades do banco no País e intensa mobilização também nas redes sociais. A partir das 11h começa o tuitaço ´Desplugue-se e lute! A vida vale mais´, cobrando responsabilidade do BB com a saúde e segurança dos funcionários e clientes e a prioridade à vida e não às metas e lucro.
As entidades sindicais pedem o retorno imediato do home office para os funcionários com comorbidades e para todos que podem exercer suas atividades de maneira remota. Para as entidades o aumento exponencial de casos resulta da irresponsabilidade do BB pela convocação ao trabalho presencial mesmo diante do cenário crítico da pandemia com o avanço da Ômicron. Também se reivindica o cumprimento do Manual de Trabalho na íntegra, com todos os protocolos de segurança sanitária para reduzir as chances de contágio. O banco, entretanto, tem se mostrado resistente às demandas.
“Há um agravamento dos casos de covid-19 causado pela variante Ômicron e o banco, ao invés de reforçar as medidas de segurança sanitária, vai na contramão, fazendo consonância com o negacionismo do governo federal. Não podemos aceitar essa situação, pois ela representa risco real de mais gente contaminada, mais internações e, consequentemente, aumenta a possibilidade de novas mortes”, afirma o secretário jurídico do Sindicato e funcionário do BB Otoni Lima.