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BB confirma medida que coloca em risco funcionários e suas famílias

Banco do Brasil
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Banco afirma que é “opção administrativa”, mas faz ressalva que nada tem a ver com acordo emergencial

Em reunião realizada ontem (22), por videoconferência, com a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), o Banco do Brasil informou que não vai rever a medida que permite o retorno ao trabalho dos funcionários que coabitam com pessoas que fazem parte de grupos de risco da covid-19. Segundo o banco essa foi uma opção administrativa, sem qualquer relação como acordo coletivo de trabalho emergencial firmado por conta da pandemia.
No entanto, ainda de acordo com a instituição, a medida não implica na convocação de todos os funcionários que coabitam com pessoas de risco à doença e, se gestores assim o compreenderam é por mal entendimento da comunicação ou por estarem necessitando de pessoal para os trabalhos presenciais. O banco possui 11.662 funcionários que se autodeclararam como coabitantes com pessoas de grupos de risco.

Segundo o coordenador da CEBB, João Fukunaga, é o governo federal, como controlador do Banco do Brasil, que pressiona pela aplicação de portaria (Portaria Conjunta 20, de junho passado) do Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e Ministério da Saúde, que altera a caracterização dos grupos de risco. Para o diretor sindical Otoni Lima, também funcionário do BB, é uma irresponsabilidade expor trabalhadores e suas famílias ao risco. “É o único banco que está promovendo o retorno desse grupo, uma decisão unilateral e desumana”, aponta.

Retratação - Os representantes dos funcionários também cobraram do Banco Brasil uma retratação por alguns gestores terem afirmado que a medida estava respaldada no ACT emergencial da covid-19, o que é mentira. Ainda durante a reunião a Diretoria de Pessoas Regional de São Paulo fez uma retração sobre o equívoco e encaminhou ao gestor que mandou mensagem aos funcionários fazendo tal afirmação.

Definição da data - Outro ponto de questionamento foi a definição do dia 27 para o retorno ao trabalho, data com a qual os representantes dos empregados não concordam, já que aumentam os casos de contágio e mortes em todos os locais onde houve flexibilização das medidas de controle da doença.

O banco afirmou que resolveu deixar uma semana para que as pessoas pudessem encontrar alguma forma para não colocar os que moram com elas em risco, mas é evidente que isso é impossível, já que a pandemia dificulta alternativas, existem pessoas com filhos em idade escolar e as escolas não voltaram a abrir e em algumas cidades nem o transporte coletivo funciona.

Reuniões - Os representantes do Banco do Brasil informaram ainda que fariam nova reunião com os gestores para deixar claro que a medida é opção administrativa do banco e não tem nenhuma relação com o ACT emergencial e que, além do trabalho presencial, existem outras opções para que os funcionários cumpram seu expediente, inclusive a manutenção do home office.

Acrescentaram que fariam reunião para ver se há a possibilidade da emissão de um novo comunicado esclarecendo estes pontos e para verificar se é possível alteração ou suspensão da data de retomada do trabalho presencial, mas sem se comprometer nem com a emissão deste comunicado nem com a suspensão ou alteração da data.

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