Área restrita

Movimento sindical divulga curta-metragem inspirado em Fígaro, o Barbeiro de Sevilha, na campanha pelo respeito à identidade visual dos bancários do Bradesco

A campanha para que os bancários do Bradesco tenham liberdade de exercer seu direito à individualidade, por meio de identidade visual, só cresce. Não é proibido usar barba. Nada consta nos normativos do banco. Nem poderia, porque configuraria prática discriminatória. Para incentivar ainda mais o desafio àqueles que desejam permanecer ou usar barba, o Sindicato dos Bancários de SP lançou um curta-metragem inspirado em Fígaro, o Barbeiro de Sevilha, ópera composta por Rossini e popularmente interpretada por Pavarotti. Por meio da tradicional irreverência, o que se busca expor problemas dos locais de trabalho, com o objetivo de dar voz aos bancários e defender os direitos da categoria. Em 2010, o Bradesco foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar indenização de R$ 100 mil, destinada ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), por discriminação estética a seus funcionários que usavam barba. Mesmo assim, no ano passado, um bancário foi demitido da instituição exatamente por esse motivo, apesar de o banco alegar que não foi essa a motivação para a dispensa. Clique aqui e assista ao vídeo.

20160229055548O Sindicato paralisou hoje (29/02), 10 agências do HSBC no ABC em resposta ao anúncio que o banco fez na semana passada de que não fará o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR 2015), nem do Programa Próprio de Remuneração (PPR Administrativo). A informação foi veiculada em um comunicado interno e a justificava para o não pagamento foi resumida a “considerando o resultado do Grupo HSBC no Brasil”.

Nesta mesma semana o HSBC anunciou lucro global de US$ 13,52 bilhões em 2015, uma queda de 1,2% no lucro líquido e um prejuízo inesperado no quarto trimestre (US$ 858 milhões). Apesar da redução no volume de negócios (2,36%), o presidente do banco, Douglas Flint, chamou o desempenho do grupo de “globalmente satisfatório”.

“Esse anúncio feito pelo banco, além de surpreender os bancários causou revolta, pois aguardavam os resultados com uma expectativa favorável, até porque, em agosto do ano passado, um comunicado do banco anunciou o crescimento de 247% do lucro do HSBC no Brasil”, explica Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e funcionário do banco.

A notícia do não-pagamento sem a divulgação dos resultados do HSBC no Brasil em 2015 gerou insatisfação e revolta nos bancários. “Não é justo essa atitude do banco de não pagamento da PLR e da PPR, pois os resultados do bando foram conquistados graças aos bancários”, finaliza Belmiro.

As dez agências paralisadas ficarão fechadas o dia todo.

Clique AQUI para ver mais fotos da atividade

Instituição lucrou R$ 14,4 bilhões em 2015, 28% mais em relação a 2014, mas reduziu 2.437 postos de trabalho, o que causa adoecimento na categoria e prejudica população
Está lá no site do Banco do Brasil: “a responsabilidade socioambiental do BB é uma política empresarial que propõe incorporar princípios do desenvolvimento sustentável no planejamento de suas atividades, negócios e práticas administrativas”. Mas será que isso faz sentido em um banco que lucrou R$ 14,4 bilhões em 2015, acréscimo de 28% em relação a 2014, mas reduziu 2.437 postos de trabalho no mesmo período? O corte foi influenciado pelo plano de aposentadoria incentivada, implantado pelo banco.  Mas enquanto postos de trabalho são eliminados, o funcionalismo adoece, há bancários sobrecarregados, preocupados com a questão do descomissionamento, com produtos que precisam vender e metas quase sempre abusivas. Em todo o país, o Banco do Brasil fechou 95 unidades, terminando o ano com 5.429 agências. O lucro líquido ajustado do BB, que exclui os efeitos de itens extraordinários, atingiu R$ 11,594 bilhões no ano, variação 2,2% superior ao observado em 2014. A rentabilidade ajustada no período foi de 13%. O resultado obtido em 2015 foi impactado pela receita da operação Cateno – acordo de associação entre BB Elo Cartões e Cielo no ramo de meios eletrônicos de pagamento – que gerou resultado de R$ 3,212 bilhões no lucro líquido no período. O patrimônio líquido do BB cresceu 1,14% e alcançou o montante de R$ 81,536 bilhões. O índice de inadimplência – relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada – alcançou 2,38% em dezembro de 2015,ou 0,35 pontos percentuais acima de dezembro de 2014. Apesar do pequeno aumento da inadimplência, a despesa de PDD subiu significativamente (44,7%) em relação a 2014 e alcançou o montante de R$ 25,776 bilhões. Fonte: Seeb SP, com edição

A Contraf-CUT, que faz parte do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, convoca as federações e sindicatos de todo o país e as entidades que lutam para barrar o PLS 555/2015, a ampliar as mobilizações e intensificar a nossa pressão nos dias 1º e 2 de março, em Brasília.
De acordo com o Comitê, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 555 deverá ser o primeiro item da pauta de votação do Senado em 1º de março.
Segundo o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, a atenção da classe trabalhadora deve ser redobrada. “Depois desta quarta-feira (24), onde aconteceu a aprovação, pelo Senado, do PLS 131, do senador José Serra (PSDB-SP), que retira da Petrobras a exclusividade de exploração do pré-sal e abre a operação à petrolíferas estrangeiras, temos que ampliar nossa presença e intensificar nossa pressão”, argumentou.
 

Mais Artigos...