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O desmonte dos bancos públicos no governo Temer e suas consequências para o povo brasileiro é o tema dessa reportagem exibida ontem (7) pela TVT. A partir do anúncio de PDVE na Caixa são destrinchados vários temas relativos às privatizações, em entrevistas com Maria Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, e o economista Guilherme Melo. Assista. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=S-koRy8S9rI&feature=youtu.be[/embed]

Estratégia do banco é privatizar sem ter de recorrer a leilões, alerta Rita Serrano A Caixa anunciou ontem (6) as regras de um novo programa de demissão voluntária, com o objetivo de dispensar 10 mil empregados. As adesões já começam nesta terça, 7, e prosseguem até dia 20. É mais um passo para o desmonte do banco, numa estratégia que não precisa recorrer a leilões para a privatização e que trará graves consequências para os trabalhadores da empresa e a sociedade brasileira, como já denunciou a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e diretora do Sindicato, Rita Serrano, recém-eleita conselheira do Conselho de Administração da Caixa. “Com o programa de demissão voluntária e a privatização de operações haverá uma queda drástica do número de empregados na Caixa. Ou seja, você está acabando com a empresa sem necessariamente abrir o capital ou vender num leilão da Bolsa como era feito na década de 1990. Você vai acabando com ela aos poucos”, aponta, lembrando que operações como cartões e loteria já estão na mira privatista, assim como os recursos do FGTS e do FAT estão na mira dos bancos privados. “O que estamos vendo é o patrimônio público sendo entregue e investimentos e programas sociais voltados aos brasileiros de menor renda sendo deixados de lado para atender ao capital privado”, enfatiza, acrescentando que se não tiver a Caixa para investir em habitação e infraestrutura “não serão o Bradesco e o Itaú que vão fazê-lo”, e que é fundamental ampliar a informação à sociedade para que seja possível a reação. Regras - Na Circular Interna com as regras do plano de demissões (PDVE), a Caixa alega que o programa é de caráter extraordinário e se dará apenas em 2017. Conforme a CI, estão aptos a participar do PDV empregados aposentados pelo INSS ou que podem se aposentar até 30 de junho deste ano; trabalhadores com no mínimo 15 anos de efetivo exercício de trabalho na empresa ou com adicional de incorporação de função de confiança; cargo em comissão ou função gratificada até a data de desligamento (sem exigência de tempo mínimo de efetivo exercício na Caixa). A Caixa está propondo como incentivo financeiro para os desligamentos 10 remunerações-base do empregado, considerando data de referência 31 de janeiro deste ano. E a manutenção por tempo indeterminado do Saúde Caixa somente para os trabalhadores já aposentados pela Previdência Social ou que vão se aposentar até 30 de junho e empregados admitidos já na condição de aposentados pelo INSS com o mínimo de 120 meses de contribuição para o Saúde Caixa. No entanto, para os empregados que atendem às demais exigências o plano será assegurado por apenas 24 meses.  

Coordenadora do comitê nacional em Defesa das Empresas Públicas aborda o desmonte que vem sendo promovido pelo governo Temer, com graves consequências ao País A coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano, concedeu na manhã desta terça, 7, entrevista à TV dos Trabalhadores, TVT. Rita, que também é conselheira eleita do Conselho de Administração da Caixa e dirigente sindical no Sindicato dos Bancários do ABC e Contraf-CUT, abordou a questão dos bancos públicos, submetidos a um verdadeiro ataque no governo Temer. Ela falou sobre as reestruturações no Banco do Brasil e Caixa (que anunciou hoje a abertura de PDV para dispensar 10 mil empregados), a venda de ativos nesses bancos e o processo de privatização por operações, como cartões e loteria. Também destacou a redução nos programas sociais voltados para a população de menor renda - caso, por exemplo, da valorização do agronegócio em detrimento do pequeno agricultor, no BB; ou do recente anúncio de que o programa de habitação popular Minha Casa Minha Vida, gerido pela Caixa, será ampliado para os que têm renda familiar até R$ 9 mil, sem priorizar a faixa com salários mais baixos. A intenção de levar para os bancos privados recursos do FGTS e do FAT, o corte de investimentos para as pequenas e médias empresas via BNDES, o uso do Banrisul como moeda de troca para pagamento de dívidas com a União foram outros itens abordados na entrevista. “É preciso entender que tínhamos um modelo de bem-estar social voltado à população mais carente, com estímulo ao crescimento, e hoje o que se tem é um modelo de Estado mínimo, voltado apenas ao capital privado”, comparou. A entrevista está prevista para ser exibida nesta noite, no programa Seu Jornal, a partir das 19h15 pelos seguintes canais: ABCD (canal 12 da Net); Grande São Paulo (canal 8.1 na TV digital) e Mogi das Cruzes (canal 46 em UHF analógico e canal 13 da Net digital). Em Brasília a transmissão se dá pela rede Cidade Livre, canal 10, das 19h às 19h30.   Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

Os dirigentes sindicais aproveitaram a oportunidade para reivindicar a antecipação do pagamento da segunda parcela da PLR

contraf-cut-assina-acordo-da-pcr-do-itau_2ae7efe9de62a439de1406e23df8274bA Contraf-CUT assinou, nesta segunda-feira (6), os Acordos Coletivos de PCR 2017/2018 e Ponto Eletrônico com o Banco Itaú. A proposta para renovação do acordo do Programa Complementar de Resultados (PCR) do Itaú segue os reajustes da Campanha Nacional fechados com a Fenaban.

O valor sobre o qual o reajuste será calculado vai variar de acordo com a rentabilidade do banco, a ROE (retorno sobre o patrimônio líquido). Se a ROE for até 23%, o PCR será de R$ 2.468 mais INPC e 1% de aumento real. Se a ROE for maior que 23%, o valor passa a R$ 2.587,00 mais INPC e 1% de aumento real. Esse acordo é extensivo aos financiários da holding Itaú, Luizacredi e Microinvest.

“Fechamos um ciclo por dois anos de negociação da PCR, que é um programa de remuneração complementar linear, o qual consolidamos com o passar do tempo”, explicou roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Contraf-CUT reivindica antecipação da PLR

Na mesma oportunidade, os dirigentes sindicais reivindicaram a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Nesta terça-feira (7), o Banco Itaú-Unibanco S.A. divulga o balanço referente ao exercício do ano de 2016.

“A Contraf-CUT reivindica a antecipação pois os bancários aguardam com expectativa o recebimento o mais breve possível da segunda parcela da PLR, tendo em vista inclusive, diversas obrigações financeiras que pesam no orçamento familiar no início de ano”, completou Roberto von der Osten.

Fonte: Contraf-CUT

Após cobrança da Contraf-CUT o Santander informou ontem (6) que vai pagar a segunda parcela da PLR no dia 20 de fevereiro. Na data, além do pagamento do salário, o banco fará o pagamento de regra básica da PLR, do adicional de PLR, da PPRS e da variável semestral para os elegíveis. A primeira parcela da PLR foi paga em outubro do ano passado.

Antecipação - A título de antecipação, os bancários receberam em outubro de 2016 a primeira parcela da PLR, ou 54% do salário mais fixo de R$ 1.310,12 limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco (o que ocorrer primeiro) apurado no primeiro semestre daquele ano. Esta parcela será descontada do total que será depositado no dia 20. Regra da PLR - A PLR é composta por regra básica e parcela adicional. A regra básica corresponde a 90% do salário do bancário mais uma parte fixa de R$ R$ 2.183,53 (limitado ao valor individual de R$ 11.713,59). O montante a ser distribuído deve alcançar pelo menos 5% do lucro líquido do banco. Se isso não ocorrer, os valores são aumentados até que atinjam os 5% do resultado ou cheguem a 2,2 salários dos funcionários, o que ocorrer primeiro (com teto de R$ 25.769,88). Mesmo em face de o lucro gerencial ter crescido 10,8% em 2016 e dos excelentes resultados, o banco, frustrando seus funcionários, informou a Contraf-CUT que na majoração da PLR será usado o indutor de 1,2845. Com essa medida, os funcionários não receberão a PLR cheia de 2,2 salários, como muitos esperavam. O banco informou ainda o valor da PLR adicional que é de 3.808,27 para cada funcionário. O valor da PPRS é de no mínimo 2.200,00 conforme aditivo à Convenção Coletiva assinado no ano passado. Como exemplos, veja as tabelas abaixo: Sem PPRS Com PPRS PLR sem IR – Desde 2013, fruto da mobilização do movimento sindical, os bancários também têm direito a uma tabela de tributação exclusiva da PLR, que garante isenção para quem recebe até R$ 6.677,55 e descontos a partir desse valor. Assim, todos pagarão menos imposto de renda, independentemente de quanto recebem como participação nos lucros. É importante lembrar que a tributação se dá sobre a PLR da CCT somada ao valor dos programas próprios de participação nos lucros de cada banco. E também que a cobrança da Receita tem como referência todos os valores recebidos dentro do ano fiscal, ou seja, a segunda parcela da PLR do ano anterior, que é paga até março, e a primeira parcela da PLR do ano corrente, paga no segundo semestre. Por exemplo, se o trabalhador receber agora R$ 5 mil como segunda parcela da PLR 2015, não terá nenhum desconto de IR, mas o tributo será recalculado quando for creditada a primeira parcela da PLR 2016. Ainda assim, os bancários pagam bem menos imposto graças à conquista da tabela progressiva. O desconto ocorre sempre na fonte, já que as novas regras estabelecem que a PLR não faz parte dos valores contabilizados na declaração de ajuste anual.

Fonte: Contraf-CUT

 

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil se reuniu com o banco na última sexta, 3, em Brasília, para mais debates sobre o processo de reestruturação e também para mais uma rodada da Mesa Temática de Prevenção de Conflitos, com o tema BB Digital. Confira o resultado: Reestruturação - O banco apresentou os números da reestruturação até o momento, envolvendo movimentações laterais e nomeações de ascensão, descensos e descomissionamentos, em cada cargo. Pelos números divulgados pelo banco, ao final do processo de reestruturação, mais de 2500 funcionários perderão seus cargos e terão salários cortados quase que pela metade, juntando aos milhares que já tiveram seus salários reduzidos, por somente conseguirem realocação em cargos inferiores. Os representantes dos funcionários cobraram do banco a implantação de VCP Permanente para todos os funcionários, incluindo os caixas. O VCP é uma Vantagem de Caráter Pessoal que complementa o salário em caso de perda do cargo. O banco afirmou que ainda não tem resposta quanto ao VCP Permanente e já havia respondido desde o último dia 31/01 que não implantaria VCP para os caixas. A Comissão de Empresa afirmou que o caixa sempre foi percebido como o primeiro cargo comissionado do banco ao longo de décadas e hoje recebe uma gratificação de função, pontua mérito pelo exercício da função e, ainda assim, o banco insiste em dizer que não implanta VCP pelo caixa não ser comissão é uma quebra de cultura da empresa. Os representantes dos funcionários denunciaram casos de funcionários que estão trabalhando nas agências que foram extintas em condições precárias e até fazendo serviço de faxina, sem a presença de vigilantes em locais de acesso à rua. Desta forma, os funcionários estão expostos a riscos desnecessários por omissão do banco em contratar vigilantes. O banco ficou de verificar a situação em cada local. Foi cobrado do BB sobre o início de VCP somente depois do fechamento das unidades, e o banco reafirmou que mantém o compromisso de somente iniciar VCP depois da unidade estar fechada. Também foi solicitado que houvesse uma grade de cursos obrigatórios para os funcionários de unidades de apoio que sejam realocados em unidades de negócio e que fosse flexibilizada também a exigência de CPA-10. Os representantes dos funcionários reafirmaram que não concordam com os critérios utilizados, que têm sido em muitos casos privilégios para amigos, acertos de contas, perseguição a delegados e militantes, bem como uma forma de preterir as mulheres grávidas na realocação. Outra cobrança feita ao banco é que nos processos seletivos do TAO normal seja considerada a pontuação do cargo anterior. O banco informou que ainda não tem resposta sobre a reivindicação. Para Wagner Nascimento, Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, os números apresentadados pelo próprio banco mostram que não deu tudo certo no final, conforme fala recorrente da direção do BB. “A conta não fechou e são milhares que perderam os cargos. O mínimo que o banco poderia fazer é estender a Vantagem de Caráter Pessoal (VCP) até que sejam realocadas todas as pessoas. Na prática, a preocupação com as pessoas vai até na hora de colocar a mão no bolso. Não adianta falar que se preocupa e não querer gastar um real a mais para proteger funcionários e suas famílias na perda de renda,  provocada pelo próprio banco”, ressalta Wagner Nascimento. BB Digital - Na sequência da reunião sobre reestruturação aconteceu mais uma rodada sobre BB Digital, como parte da Mesa Temática de Resolução de Conflitos, prevista no acordo coletivo 2016/2018. O objetivo é debater sobre as consequências do modelo e seus impactos para os funcionários. Para a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a implantação dos escritórios digitais são parte integrante da reestruturação e seus impactos deverão ser amplamente debatidos no sentido de melhorar as condições de trabalho e garantir cargos e remuneração dos funcionários envolvidos neste processo. Foi denunciado ao banco que em alguns locais os escritórios digitais não têm ambiência e ergonomia necessárias, como também estão apenas atuando como uma grande central de oferta ativa de produtos, como uma grande call center. O banco informou que não é essa a lógica do modelo, sendo o maior interessado  em não transformar os escritórios em call centers. O banco assumiu o compromisso de reforçar essas premissas em comunicado aos funcionários e administradores. Os representantes do banco apresentaram os números dos escritórios abertos e os que ainda estão para inaugurar, sendo 14 prontos de um total de 34 escritórios Pessoa Física e 28 MPE - Micro e Pequenas Empresas. O Banco informou que ainda não tem o cronograma dos 256 escritórios digitais anunciados pelo presidente do BB à imprensa, pois ainda estão em estudos técnicos. Foram denunciados problemas com migração de nomes e CNPJ de Escritórios e a informação que muitos têm dado, de que não precisa seguir regras do TAO - sistema de recrutamento do BB, para os novos prefixos. O banco informou que em todos os prefixos serão seguidas as regras do TAO e confirmou problemas com alguns CNPJ de escritórios, que foram migrados para não afetarem o cronograma de funcionamento. Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, é necessário acompanhar cada mudança neste momento. “É fundamental ouvir bastante os funcionários que estão migrando para os escritórios de atendimento digital e cada situação, como aumento nos números de clientes por carteira e quais as condições de trabalho para que os serviços sejam executados. E, o mais importante, é ficar de olho e denunciar qualquer irregularidade nos processos seletivos. Em um momento que temos milhares perdendo os cargos, os escritórios não podem ser variantes para acomodação de "escolhidos", sem seleção transparente”, alerta Wagner Nascimento. Uma nova rodada sobre a reestruturação e BB Digital está marcada para acontecer até o dia 15 de fevereiro.

Fonte: Contraf-CUT

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