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Além de contratação já para repor os empregados que saíram, comissão dos empregados cobra reversão da retaliação aos grevistas e responsabilidade da Caixa na Funcef

ceecaixa-cobra-devolucao-do-desconto-da-greve_d300db17b5a2eb0726d485f58e07e0daEm reunião da mesa permanente de negociações, ocorrida nesta quinta-feira (25), em Brasília, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE), voltou a cobrar da Caixa Econômica Federal a retomada imediata da contratação de mais empregados, protestando ainda contra o processo de desmonte da empresa e contra o ataque aos direitos dos trabalhadores. A reivindicação é por nenhum direito a menos, com exigência de mais transparência e respeito à categoria.

“O que defendemos, desde que foi lançado o Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) e até os Planos de Apoio à Aposentadoria realizados em 2015 e 2016, é que a Caixa reponha as vagas dos que estão saindo. Com a saída de cerca de cinco mil empregados e a falta de contratações, o que temos hoje é um dia a dia de sobrecarga e adoecimentos nas unidades de todo o país, situação que tende a se agravar ainda mais com o processo de desmonte da empresa”, diz Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa e diretor da Região Sudeste da Fenae.

"Além de toda a negociação discutida nessa reunião, nós defendemos a intensificação da luta por uma Caixa 100% pública e de que ela continue com sua importância na execução de políticas sociais", disse Jorge Furlan, diretor do Sindicato e funcionário da Caixa, que participou da reunião representando a Fetec-SP.

Foi dito também que os problemas nas unidades de todo o país se agravaram com a liberação de saques das contas inativas do FGTS. A esse respeito, a Caixa assumiu uma posição de muita intransigência: não haverá novas contratações, nem mesmo para repor os empregados que aderiram ao PDVE. Os negociadores do banco alegaram que, no lugar da reposição de trabalhadores, o compromisso é de equalização com no máximo remanejamento de empregados de uma área para outra, para suprir eventuais carências de pessoal.

A Contraf-CUT deixou claro que o lucro líquido da Caixa no primeiro trimestre de 2017, de R$ 1,5 bilhão, reforça a necessidade de explicações sobre o resultado de 2016, que foi de R$ 818 milhões. Esses números, segundo os representantes dos empregados, revelam que a empresa não está quebrada, como afirmou irresponsavelmente a agência de classificação de risco Fitch há duas semanas, e mostram a importância da manutenção da Caixa 100% pública.

PCDs

Foram cobrados esclarecimentos sobre como anda o processo de contratação de concursados com deficiência. Na ocasião, os representantes dos empregados expuseram opinião de ser inadmissível que a Caixa insista no descumprimento da Lei 8.213/91, que determina que empresas com mais de mil empregados tenham 5% dos cargos ocupados por PCDs.

Em relação a esse assunto, fica evidente a falta de vontade da direção da empresa. Ocorre que, dos mais de 30 mil aprovados no concurso de 2014, mais de 3 mil são PCDs, estando hoje nessa situação um 1,4% do contingente, faltando em torno de 3.500 pessoas para que a cota mínima seja cumprida. A Contraf/CUT desafiou a Caixa a realizar essas contratações, pois quando deixa de assim proceder adota uma prática de discriminação, que atinge o conjunto de trabalhadores com deficiência, as quais tem reduzida sua chance de colocação no mercado de trabalho.

Verticalização/Reestruturação

Esclarecimentos sobre o projeto de reestruturação, que prevê fechamento de agências e retirada de funções, também foram cobrados pelos representantes dos empregados na negociação da mesa permanente desta quinta-feira. Diante disso, a Caixa voltou a argumentar de que a reestruturação das filiais que havia principiado em 2016 chegou ao seu final, alegando que hoje o processo se resume a adequações em algumas filiais. Como houve fortes pressões, o banco ficou de repassar posteriormente mais detalhes a respeito do andamento de todo esse processo.

Quanto à verticalização nas agências, os representantes dos empregados manifestaram contrariedade com os estragos provocados por esse processo, que abre mão de um nicho considerado positivo para a Caixa e adota um outro, que não passa de uma grande aventura. Com a verticalização, por exemplo, e para manter suas funções, o gerente Pessoa Jurídica terá que ter uma carteira de pelo menos 300 contas qualificadas, cabendo ainda ao gerente Pessoa Física carteira com 900 contas qualificadas. Essa dinâmica tem a meta de estimular contas com clientes de alta renda, o que contraria o caráter social desempenhado pelo banco.

Sipon

A representação nacional dos empregados voltou a cobrar maior agilidade da Caixa na implantação do login único no Sistema de Ponto Eletrônico (SIpon) para os empregados das agências e demais unidades. Foi dito que os problemas relacionados à jornada são provocados pela falta de empregados para atender adequadamente as diversas demandas. Para justificar a demora em solucionar essa questão, que é uma reivindicação antiga do conjunto dos empregados, a Caixa alegou mais uma vez dificuldades tecnológicas.

A Contraf/CUT esclareceu, no entanto, que a implantação do login único para os empregados do banco será uma conquista que vai melhorar as condições de trabalho e ajudar a evitar fraudes no ponto eletrônico, uma vez que o trabalhador só poderá logar em apenas uma máquina por vez. Isso, inclusive, diminuirá as chances de algum empregado trabalhar na máquina de outro colega, levando a que o bancário também tenha resguardadas no sistema as horas extras que fizer.

Também foi pedido esclarecimento sobre a retirada do aplicativo que impedia irregularidades na marcação do ponto. A Caixa, por outro lado, ficou de verificar um prazo para a instalação do login único no Sipon e resolver problemas com o temporizador.

Processos Seletivos Internos

A Caixa promoveu uma série de mudanças no Processo Seletivo Interno (PSI), sem qualquer negociação com a representação nacional dos empregados. A Contraf/CUT cobrou informações sobre a retomada dos PSIs, que são uma conquista dos empregados e cuja falta atrapalha o processo de ascensão funcional dos trabalhadores. Foi reivindicada um amplo debate sobre essa questão, para possibilitar o aprimoramento desse modelo.

Funcef

A situação da Funcef também esteve na pauta da mesa permanente, com destaque para a questão do contencioso, incorporação do REB pelo Novo Plano e a falta de pagamento aos aposentados. Os representantes dos empregados disseram que, mais do que a desvalorização de investimentos, o passivo judicial gerado por causas trabalhistas contra a Caixa é hoje um dos principais fatores de deficit na Fundação, existindo pelo menos 16 mil ações tramitando na Justiça para revisar benefícios dos participantes, situação que forçou a Funcef a provisionar R$ 2,4 bilhões em 2016.

A falta de solução para o contencioso, um problema antigo, provoca uma perspectiva ruim. Os representantes dos empregados apontaram mais uma vez a responsabilidade da Caixa e disseram que, a continuar assim, em poucos anos, o contencioso irá inviabilizar os planos de benefícios da Funcef. Foi criticado ainda o fato de, apesar do movimento sindical ter conseguido a criação de um grupo para debater esse e outros temas, a Funcef não ter viabilizado sua realização.

Foi cobrada mais uma vez agilidade no processo de incorporação do REB ao Novo Plano, como forma de equiparar os direitos e benefícios desses participantes aos dos demais trabalhadores do banco. Essa questão começou a ser debatida em 2006 e foi analisada por diversas vezes até ser aprovada nas instâncias decisórias do banco e do fundo de pensão em 2014. Desde então, a proposta está engavetada, enquanto os participantes do REB acumulam uma série de prejuízos.

Para colocar essa questão de volta na agenda de debates da Funcef, a Contraf/CUT reiterou a demanda pela incorporação do REB ao Novo Plano, reivindicação prevista na cláusula 61 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2016-2018). A metodologia da incorporação foi elaborada em grupo formado por representantes da Fundação, Caixa e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). O objetivo da proposta é eliminar a desigualdade de acesso a benefícios entre os participantes de um mesmo fundo de pensão.  A Funcef, no entanto, permanece em silêncio a respeito da questão.

A não atualização das cotas dos empregados que participam dos planos REB e Novo Plano da Funcef vem gerando preocupação entre os empregados. Diante desses questionamentos, a empresa respondeu que essa atualização está na dependência do desempenho da carteira de investimentos da Fundação.

Os negociadores do banco disseram que, tão logo o balanço de 2016 seja finalizado, as cotas bem como os extratos serão atualizados pela Funcef. Segundo a empresa, a regularização dessas cotas deverá ocorrer a partir de 20 de junho, enquanto o cronograma de pagamentos dos próximos lotes de resgates deverá ser regularizado em 23 de junho.

A Contraf/CUT criticou o fato de a gestão da Funcef não ter se preparado para organizar esse processo. É inadmissível a falta de transparência da Fundação, que não avisou que iria demorar em relação ao pagamento dos resgates. Ocorre que esses fatos já eram do conhecimento dos gestores da Funcef antes do lançamento do PDVE.  Para os representantes dos empregados, não há porque existir maiores dificuldades na solução desse problema, dado que o REG/Replan Saldado e Novo Plano são segregados e o resgate do saldo de conta no Novo Plano é um processo bem simples.

Dias de luta: 15 de março e 28 de abril

Os representantes dos empregados cobraram a reversão dos dias descontados no salário dos trabalhadores relativos à paralisação do dia 15 de março e à greve geral de 28 de abril, contra as reformas do governo Temer e contra o desmonte dos bancos públicos, contando com grande adesão dos empregados do banco.

A Caixa efetuou o desconto, apesar de o movimento sindical ter colocado pautas primordiais aos trabalhadores nesses dias e ter conseguido liminar na Justiça impedindo o procedimento, até que essa situação seja negociada com os representantes dos trabalhadores. A Contraf/CUT esclareceu, na ocasião, que a greve é prevista por lei e os bancários não podem sofrer retaliações por terem lutado por seus empregos e direitos.

Outros temas

Outros pontos da pauta foram o descomissionamento arbitrário, como o ocorrido com as bancárias em licença-maternidade, conforme previsto na nova versão do RH 184, implementada em 9 de maio, e a reivindicação pelo pagamento correto das horas extras com adicional de 100% para o trabalho aos sábados. Os representantes dos empregados contestaram veementemente o descumprimento pelo banco do compromisso de informar aos sindicatos as agências que iriam abrir no fim de semana, assumido perante às Procuradorias Regionais do Trabalho.

Também foi reivindicado o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) pelo lucro líquido recorrente, proposta prontamente rejeitada pela Caixa, que alegou dificuldades em atendê-la, sobretudo por causa de impedimentos legais estabelecidos pelo Ministério da Fazenda.

Para a Contraf/CUT, a recusa da empresa em rever os valores da PLR, fazendo uma nova distribuição com base no lucro recorrente, é uma prova de que a direção do banco não adota, já algum tempo, uma política de valorização dos empregados. Se assim procedesse, haveria uma ampliação na margem para pagamento tanto na regra básica quanto na parcela adicional e na PLR social, o que representaria para a maioria dos empregados um ganho a mais em relação ao valor que receberam.

Foi lembrado que diversos bancos já fizeram o pagamento da PLR nesses moldes e isto está dentro dos parâmetros do acordo coletivo, funcionando como uma política de reconhecimento dos empregados.

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

Evento acontece no próximo 7 de junho em Brasília Será realizado no próximo 7 de junho, no San Marco Hotel, em Brasília, o seminário Em Defesa das Empresas Públicas. Organizado pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, com o apoio da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), o evento terá início às 9h e vai contar com debates sobre a realidade brasileira, análise dos projetos em trâmite do Congresso Nacional que atingem essas empresas, apresentação de pesquisa sobre percepções e valores da população sobre serviços e empresas públicas e, ao final, encaminhamento de propostas para atuação conjunta das entidades presentes. Especialistas e parlamentares participam dos painéis, além de representantes de entidades associativas e sindicais. A abertura será feita pela coordenadora do comitê, Rita Serrano, e o presidente da Fenae, Jair Ferreira. A partir das 9h30 tem início a mesa Análise e Debate sobre a Realidade Brasileira, com a participação de Paulo Vannuchi, que representa o País na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), além de atuar na TVT e Rádio Brasil Atual. Vannuchi foi ministro-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (2005-2010) e presidiu o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, entre outras instâncias. Da mesma mesa participa Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Sociólogo, Ganz também foi fundador e coordenador-técnico do Observatório Social e integra o Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho e Instituto de Economia da Unicamp (Cesit). A partir das 11h terá início a apresentação da pesquisa Percepções e valores da população sobre serviços e empresas públicas,realizada pela Fundação Perseu Abramo. Vilma Bokany, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da entidade, vai abordar os dados aferidos pelo estudo, em especial a questão de como serviços, bens e empresas públicas são compreendidos pela população das periferias paulistas. Vilma é mestra em Ciências Sociais pela PUC-SP e seu trabalho em Sociologia Urbana enfatiza temas ligados como exclusão social, alteridade, e direitos humanos, além de comportamento político e eleições no Brasil. Após o intervalo de almoço o seminário retoma as atividades às 14h com dois temas: Situação Atual das Empresas Públicas e Análise de Projetos no Congresso Nacional e Articulações. A apresentação do primeiro tema será de Luiz Alberto dos Santos, advogado, professor universitário e autor do livro A Reforma da Previdência no governo Temer e o desmonte da Previdência Pública no Brasil. O outro tema será abordado por Neuriberg Dias, jornalista, analista político e assessor legislativo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Ambos assessoram o comitê e a Fenae. A partir das 15h30 o seminário abre o debate com os representantes das centrais sindicais e demais entidades presentes para encaminhamento de propostas de articulação conjunta no enfrentamento às ameaças que pesam sobre as empresas públicas no governo Temer. Na sequência será realizado ato em defesa dessas empresas e a aprovação de uma carta-aberta, que será divulgada à sociedade. “O seminário é uma grande oportunidade para que possamos discutir as ameaças que o governo Temer vem tentando impor às empresas públicas e as formas de resistência que adotaremos conjuntamente. Já estamos nesse caminho desde a criação do comitê, mas é preciso ampliar os debates e intensificar nossas ações para evitar novas perdas à sociedade”, destaca a coordenadora Rita Serrano. Não há custo para inscrição no evento. As entidades podem inscrever seus representantes até 31 de maio pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Para saber mais sobre o trabalho do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas acesse o site www.comiteempresaspublicas.com.br ou a página www.facebook.com/comiteempresaspublicas   Comitê – O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas foi criado em janeiro de 2016, inicialmente para fortalecer a luta contra o PLS 555, que mais tarde se tornaria o Estatuto das Estatais. A mobilização trouxe avanços no texto da lei e evidenciou a necessidade de uma grande organização em defesa das empresas públicas. No dia 6 de junho de 2016 foi lançada a campanha “Se é público, é para todos”, que ganhou alcance nacional. Participam do comitê as centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical, Conlutas, UGT e Nova Central, além de centenas de entidades representativas de trabalhadores.   Programação 9h - Abertura com Maria Rita Serrano (coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas) e Jair Ferreira (presidente da Fenae) 9h30 – Mesa Análise e Debate sobre a Realidade Brasileira, com a participação do representante da Comissão Interamericana de Direitos Humanosda Organização dos Estados Americanos (OEA), Paulo Vannuchi, e do diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Clemente Ganz Lúcio. 11h - Apresentação da pesquisa Percepções e valores da população sobre serviços e empresas públicas,realizada pela Fundação Perseu Abramo. A exposição será feita por Vilma Bokany, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da entidade.   13h – Almoço 14h - Análise de Projetos no Congresso Nacional e Articulações. Com os assessores do comitê e da Fenae, Luiz Alberto dos Santos, advogado e professor universitário, e Neuriberg Dias, analista político e assessor legislativo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). 15h30 - Debate com os representantes das centrais sindicais e demais entidades presentes para encaminhamento de propostas. 16h30 -Ato em defesa das Empresas Públicas e elaboração de carta-aberta. 17h – Encerramento.   Inscrições até 31 de maio de 2017 pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.   Leia boletim do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas: boletim comite 11 pdf

encontro-nacional-dos-funcionarios-dos-bancos-privados-acont_d669282fc4f22474097e4b3ad2e7bab1

Começa no dia 6 de junho o Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados, em São Paulo. O objetivo do evento é debater estratégias de mobilização e lutas frente aos temas de emprego, saúde e condições de trabalho dos bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco Mercantil do Brasil e Bic Banco.

O encontro contará ainda com a apresentação de um comparativo do Dieese do balanço dos bancos no terceiro trimestre.

Veja a programação completa:

Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Bradesco

Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Santander

Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Itaú Unibanco

Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Mercantil do Brasil

Encontro Nacional dos Funcionários do Bic Banco

Fonte: Contraf-CUT

Reestruturação quase não tem impacto no resultado, mas reduz empregos e prejudica os funcionários

O Banco do Brasil, no 1º trimestre de 2017, obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 2,5 bilhões, que representou um crescimento de 95,6% em doze meses e 43,9% no trimestre. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 10,4%, com alta de 4,8 pontos percentuais no período.

Mesmo com um excelente resultado, o banco fechou 970 pontos de atendimento e acabou com 9,9 mil postos de trabalho, por meio do plano de reorganização institucional e Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI) colocados em prática por Michel Temer. As medidas reduzem oportunidades de trabalho em plena recessão, dificultam o crescimento na carreira para seus funcionários e tornam ainda mais duras as condições de trabalho, o que aumenta o estresse e piora a qualidade do atendimento aos clientes.

Tarifas perfazem 114,9% das despesas de pessoal

Segundo a análise do balanço feita pelo Dieese, a  receita com prestação de serviços e a renda das tarifas bancárias cresceram 10,5% no período, totalizando R$ 6,2 bilhões. As despesas de pessoal, considerando a PLR, caíram 2,2%, atingindo R$ 5,4 bilhões. Portanto, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 114,9%.

Enxugamento maior que o anunciado

O número de agências se reduziu em 551 unidades, em doze meses. O Plano de reorganização institucional previa, no decorrer de 2017, o fechamento de 402 agências, com outras 379 passando a ser postos de atendimento, a mas pelos dados apresentados, a rede própria do banco foi reduzida em 970 pontos de atendimento, número superior ao anunciado.

Veja aqua íntegra da análise do Dieese

Fonte: Contraf-CUT e Dieese

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